Sherlock foi o primeiro a sair do carro, estava ansioso para começar o interrogatório com o misterioso Willian, mas estava ainda mais desesperado para reencontrar Molly, sentir seu perfume e apreciar aquele rostinho de boneca, pelo menos era com o que comparava a garota, uma boneca que precisava ser protegida dentro de um potinho.
Quando se deu conta de seus pensamentos, seu cérebro entrou em uma tremenda confusão. Desde quando corria e ficava ansioso para reencontrar uma mulher? E o pior de tudo. Como conseguia achar espaço em sua vida para pensar em alguém a não ser o trabalho? Nem ele mesmo estava se reconhecendo.
Esqueceu tudo aquilo e avançou ainda mais rápido em direção ao elevador, agora tentando ocupar sua mente com o caso que tinha que resolver.
– Sherlock, espere. – Gritou John ainda saindo do carro. – Nem sabe em qual quarto ele está.
– Ele sabe o que procurar Dr.Watson. – Mycroft andava em direção a porta de entrada do hospital.
– Como assim?
– Dr.Watson, pedi para que uma guarda especializada ficasse disposta para a proteção exclusiva do homem baleado.
Sem se preocupar em continuar o questionário, John seguiu Mycroft até a recepção do hospital. ficou surpreso com o poder do Holmes mais velho, já tinha conhecimento do grande cargo que ocupava no governo britânico e que também ajudava o governo brasileiro, apesar de nunca saber em que exatamente ele trabalhava, mas aquilo tudo já era demais.
Assim que entraram, todos da recepção cumprimentaram o Holmes mais velho, como se este fosse o dono do lugar, entraram no elevador onde duas senhoras, que conversavam e riam, ao encararem Mycroft implantaram uma expressão de seriedade em seus rostos.
– Boa Tarde Sr.Holmes. – as duas falaram quase em couro.
John não entendia o motivo de tudo aquilo, mas se espantou ainda mais quando as duas senhoras se desculparam pelo incomodo, como se houvesse algum, saíram da cabine do elevador afirmando que poderiam pegar outro.
– Eles são sempre assim com você? – John pergunta, observando a porta do elevador se fechar e as duas senhoras do lado de fora.
– Respeito Dr.Watson, apenas respeito. – Mycroft falava com um certo tom de imponência na voz. Arruma parte do terno e permanece olhando para frente.
Assim que a porta do elevador se abriu, John se deparou com um corredor enorme, com alguns bancos onde algumas pessoas tomavam soro e outras esperavam ser chamadas ou simplesmente acompanhavam alguém. Mas não pode deixar de notar uma sala ao final do corredor, haviam quatro guardas da força militar em frente a entrada da sala, todos segurando armas de grande porte destrutivo, por um momento chegou a pensar nos desfiles de 7 de Setembro, devido a pose dos guardas.
– Por aqui Dr.Watson. – Mycroft se dirigiu até a sala onde estava a guarda militar. – É bem provável que meu irmão já tenha começado os interrogatórios, mas não se preocupe sua ajuda ainda será muito importante. – Olha para John que fazia uma careta de desanimado. – Quando entrar, feche a porta. Não queremos ninguém espionando.
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– SAIBA QUE SUA MÃE CORRE RISCO DE VIDA, ASSIM COMO SUA FILHA E SUA MULHER! - Sherlock gritava descontrolado, como se fosse a qualquer momento derrubar o homem da cama.
– Nossa, é assim que começa um interrogatório? – John se espanta ao entrar na sala, mas se quer é notado pelo moreno que realizava gestos com as mãos e os braços no ar, como se estivesse realizando um feitiço para invocar algo ou alguém.
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O Mistério está em Sampa
Fiksi PenggemarSherlock é um brasileiro que mora em uma pequena cidade do interior da região Sul junto de seus pais, que vieram de Londres. Ao receber uma carta para a resolução de um caso, é atraído para uma das grandes metrópoles brasileiras, São Paulo, ou mais...