Molly continuava observando o rosto do moreno, prestando atenção em cada gesto que fazia com as mãos e o corpo enquanto explicava o que iria acontecer, a garota podia jurar que tudo aquilo era um sonho. Afinal, Sherlock havia passado a noite em sua casa, estava preocupado caso alguma coisa acontecesse com ela e a melhor parte, ele estava com ciúmes de Tom e assim como ela, o moreno também nutria sentimentos por ela.
– Qual será o plano desta vez? – A garota sorriu. Seu sorriso ao mesmo tempo mostrava a felicidade de estar ali com Sherlock e saber que ele confiava nela, como também demostrava o medo da garota perante a próxima loucura do moreno.
– Eu vou precisar que você faça exatamente o que eu mandar. – Passa a mão pelos cabelos da garota, escondendo uma mecha de cabelo atrás de sua orelha. – Nada pode falhar.
O coração de Molly gelou, por um segundo começou a se pensar como havia entrado naquela confusão toda e que poderia por tudo a perder, mas a emoção e o sentimento de aventura falaram mais alto.
– Apenas fale o que devo fazer.
– Vá para o Hospital, na ala do necrotério e veja o corpo que mais se assemelha ao meu.
– Mas para isso eu levaria pelo menos dois dias ou mais para ter acesso a todos os corpos. – Molly franziu o cenho preocupada.
– Não vai demorar, já está com meio caminho andado.
– Como assim?
– Durante a Madrugada, comuniquei Mycroft sobre meu plano e ele nos dará toda a assistência necessária. Ele já comunicou alguns funcionários que tem acesso ao necrotério para selecionar alguns corpos parecidos. Passaram a madrugada trabalhando nisso.
– Mas por que já não escolheram o corpo?
– Porque você é a única que conhece verdadeiramente meus traços. – Sherlock permaneceu sério observando a mulher até uma lágrima escorregar e sentir as mãos da garota massagearem sua face. – Preciso que vá agora, não podemos perder tempo. – Segura a mão da garota, que continuava colada em seu rosto e pousa um beijo em suas mãos.
– E o resto? O que irei fazer depois disso?
– Uma ambulância estará a sua espera, você levará o corpo e colocará no veículo. Quando entrar, algumas pessoas irão estar te esperando. Serão pessoas da maquiagem.
– Por que maquiagem? – Molly riu sem entender.
– Irão maquiar o rosto do morto e mancharão as roupas com algo semelhante a sangue, para que pareça que a pessoa foi baleada.
A expressão no rosto de Molly se tornou desesperadora quando pensou na possibilidade de Sherlock ser baleado.
– Não se preocupe. – O moreno tentou acalmar a garota ao perceber seu nervosismo. – Ninguém sairá ferido. Vamos encenar. Ocorrerá um "assalto" em frente à residência Westminster e eu serei baleado, mas na verdade não.
– Como assim?
– Não tenho tempo de explicar com detalhes agora, nosso tempo é curto e sinto que Mari corre perigo.
– Por que ela correria perigo?
– Eu decifrei o joguinho desse tal Arantes, e tudo indica que o próximo livro, que no caso é o original dos poemas de Gregório de Matos, será deixado na livraria esta noite e Mariane morrerá.
– Como pode ter certeza disso?
– Ele quer acabar com a livraria, aquela em específico, porque tem raiva por seu livro não ter sido publicado ali, mas podia ir atrás de outras editorias, mas não, fixou naquela, ou seja, tem algo que está relacionado a Mariane.
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O Mistério está em Sampa
FanfictionSherlock é um brasileiro que mora em uma pequena cidade do interior da região Sul junto de seus pais, que vieram de Londres. Ao receber uma carta para a resolução de um caso, é atraído para uma das grandes metrópoles brasileiras, São Paulo, ou mais...