Cap. 3 - ※ Autópsia ※

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    Byron e Green voltaram para a homicídios, tudo estava na mais perfeita correria de sempre, os telefones não paravam de tocar, policiais e legistas andavam de um lado para o outro, geralmente o período vespertino era o mais agitado.

— Luian, acho melhor que a gente vá até a Érika. - Green virou-se para Byron.

— Sim, eu concordo, talvez ela já tenha o resultado da causa do falecimento da Àlissa. - Byron passou a mão em sua nuca.

  A ruiva assentiu fazendo um gesto com a cabeça, os dois então seguiram diretamente para o IML. Mesmo com pouca esperança do resultado conclusivo estar pronto, já que, faziam poucas horas desde que os legistas iniciaram autópsia na vítima.

   No IML haviam poucos legistas, a maioria ainda não tinham retornado do almoço, somente os principais estavam lá. Érika estava super concentrada, sua expressão era séria, seu cabelo castanho escuro estava preso em um coque, sua pele morena estava coberta por seu jaleco, sua testa estava franzida, ela parecia estar intrigada.  Assim que avistou os detetives pelo lado de foram até ela, Érika fez um gesto com a mão esquerda os convidando para que entrassem.

  Byron tomou a dianteira e sua parceira o seguiu, os dois tomaram cuidado para que não se esbarrar nos corpos. Érika se aproximou dos dois.

— Certo, acho que tenho a causa de sua morte. - Érika puxou uma cadeira de metal, se sentou e cruzou os braços

— Acha? Por acaso tem algum empecilho que cause uma dúvida? - Byron arqueou sua sobrancelha e gemeu nervoso.

— Sim, há três possíveis causas. - A legista fitou o detetive.

— Três? - Green arregalou os olhos.

— Exatamente, querem ouvir ou querem esperar algo mais conclusivo?

— Pode nos dizer. - O tom na voz de Byron era de decepção misturada com leve tom de excitação.

— Ela recebeu uma facada que atingiu o músculo Transverso do abdome. - Érika arrumou seu coque.

— Talvez isso explique a mancha laranja em seu vestido branco. - Green colocou a mão no queixo, sua expressão era de intriga.

— Teve traumatismo craniano. - A legista apontava para sua própria nuca. - Na parte de trás da cabeça, provavelmente causado por uma batida forte em sua nuca, e vai por mim, aposto cinquenta dólares que ela não caiu na areia.

— Acredita na possiblidade de seu corpo ter sido desovado? - Green olhou para Byron, que estava com um semblante pensativo.

— Talvez, mas então ela foi morta por aquela região, pois havia muitas pedras lá. - Byron franziu a sua testa.

— E por último, mas não menos importante... Aliás, muito importante, es-tran-gu-la-men-to. - Ela fez questão de falar separando as sílabas.

— O quê?! - Nem Byron, nem Green conseguiram esconder a surpresa.

— Talvez ela nem tenha visto que morreu, provavelmente assim que houve a queda ela desmaiou instantaneamente.

— Uau, são muitas informações para um só corpo. - Green suspirou enquanto apóia-se no ombro de Byron.

—  Isso porque ainda não acabei, preciso ver seu estômago e genitais, parece caso de um "Não" seguido de estupro e morte.

— Foi exatamente o que eu disse! - Green sorriu de canto e apontou para seu colega.

— Nossa vítima tem cerca de 1.75 à 1.80, não era muito fácil carrega-lá. - Byron apoiou seu dedo indicador na medusa.

— Mas e sua bolsa que estava por baixo de seu corpo? - Green passou sua mão direita sobre sua nuca.

3:00 A.M. - Quando o mar ficou vermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora