Cap. 22 - ※O possível psicopata※

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    Os olhos da jovem transmitiam puro terror, marejados, querendo chorar. Green estava com os olhos arregalados, sentiu seu coração acelerar. Ficaram paradas se encarando. A detetive se aproximou, se sentando ao lado de Danny, a mulher tremia.

— Quem vai te matar?

— Eu preciso contar algo... algo que aconteceu há algumas semanas. - seu tom de voz era melancólico.

— Quer um copo de água?

    A garota negou com um gesto de cabeça. Respirou fundo e tentou engolir suas lágrimas. Fitava o chão, como se ele tivesse culpa de qualquer coisa que a mesma tenha feito. Seus dedos mexiam-se.

— Eu a matei, pedi ajuda dele... E agora ele vai me matar. - secou sua lágrima.

— O quê?! - agora a detetive estava perplexa.

— Naquela noite... nós brigamos...

...17 de Junho...

   Embriagadas, Álissa juntamente com sua amiga Danny, perambulavam pela praia de Westwood, afim de encontrar alguém sóbrio, que pudesse ajudá-las a chegar em suas casas. O álcool consumiu quase cem por cento da visão de ambas. A dificuldade em se locomover, causou inúmeros tropeços.

   Quando enfim acharam um lugar tranquilo e longe da festa, que anteriormente seria um luau da firma na qual a mulher trabalhava. Sentadas no meio da calçada, apoiadas somente uma na outra, tentavam manter o equilíbrio.

— Eu não deveria ter bebido tanto. - Álissa passa as mãos pelo rosto, em busca de tentar manter sua visão fixada na amiga.

— Se não tivesse beijado o namorado da Mabel, não precisaria ter enchido a cara. - revirou os olhos.

— Está brincando? Por favor, diga que está... caso contrário, vou ter que te dar um soco. - suas palavras emboladas, causaram uma espécie de ódio sem motivo em Danny, que a fitou com os olhos enraivecidos.

— Acha que estou? Você beijou o namorado da minha melhor amiga, droga! - bufou, por um motivo meramente banal.

— Ele não aparentava ser um bebê. Sabia o que estava fazendo, eu não obriguei-o a nada! Além disso, eu sou solteira.

— E o Jimmy? É por isso que ele te bate. Porque você é uma qualquer! - suas palavras pareceram tirar Álissa do transe que o álcool a colocou. Ela com pouca dificuldade se levantou e chutou Danny, repetidamente, a deixando um tanto machucada.

   Quando percebeu que sua amiga cuspiu sangue, ela jogou seus sapatos para o meio da avenida e seguiu em direção ao luau. Danny encarou Álissa caminhar de volta em direção a festa. Chorou, mas não de dor ou tristeza, suas lágrimas eram de puro ódio, ódio que fez a mesma se levantar. Teria feito besteira caso não fosse salva por um jovem ruivo.

— Danny? - segurou-a pelo braço direito.

— Quem és tu? - falou com a língua um tanto embolada. O avaliando de cima para baixo.

— Sou seu anjo salvador. - tudo que ela percebeu era o sorriso diabólico do ruivo.

    Observou o olhar maquiavélico do homem. Seu rosto era um tanto familiar, em suas lembranças, ele estava lá. Ao finalmente se recordar de quem se tratava, arregalou seus olhos.

— Saia daqui! Não quero problemas para meu lado. Você é bonito demais, não irei conseguir resistir e serei igual... - antes de acabar suas falas, o homem a interrompeu com um dedo em seus lábios.

— Eu não quero lhe trazer problemas, apenas soluções. Sua amiga está sendo uma garota má! E merece ser castigada, não acha? - ele te virou sua cabeça de forma psicodélica.

3:00 A.M. - Quando o mar ficou vermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora