...Há alguns dias atrás...Melina havia acordado. Ainda era madrugada, na noite anterior ela havia comido pouco, havia sido espancada e estuprada. Seu corpo estava cheio de hematomas e seus olhos estavam inchados. Ela estava amarrada e deitada em um colchão velho, debaixo de uma goteira.
Sua boca tinha gosto de ferro e sua roupa estava empapada de suor. Ela estava com febre, tremia. Ao seu lado, próxima dela, estava Álissa Chase, também amarrada, mas sem nenhum hematoma. O homem desceu as escadas, trazendo com ele um café da manhã abundante.
— Bom dia, princesas. - o sorriso em seu rosto causou ódio em ambas. - tenho uma ótima notícia, Melina.
— Pra quem? - o fitou.
— Você. Hoje será seu dia de princesa. - sorriu novamente. - vamos começar com um café reforçado. Seguido de um banho quente. Então roupas novas. Te darei sexo. - sua gargalhada feriu os tímpanos da asiática.
Com delicadeza ele se aproximou. Delicadamente a pegou no colo e a sentou numa cadeira próximo a uma mesinha velha. Em cima havia queijo, pão, ovos fritos, bacon, café, iogurte e suco. Assustou-se ao ver a quantidade de comida.
— Abra a boca, querida. - cortou um pedaço de queijo e levou até seus lábios. - não tem veneno. Olha. - ele comeu o pedaço de queijo.
Ela estava faminta, começou logo a aceitar qualquer coisa a qual ele a desse. Comeu praticamente tudo que estava ali, sem nem ao menos lembrar-se de Álissa. Assim que terminou, sorriu, em sua boca faltava um dente.
— Estava delicioso. - disse para seu sequestrador.
— Claro que estava. Eu mesmo quem o preparou. Agora venha, vou te dar um banho. - sorriu docemente. O que assustou a jovem Melina.
A jovem foi levada no colo. Não era difícil levá-la no colo, já que era bem leve e não muito alta. Foi levada até em cima. Ela nunca havia visto o que tinha além das escadas.
— Tem bastante armadilhas por aqui. Sempre ando por está parte. Ali tem alguns detectores de movimentos os quais disparam tiros se qualquer um se atrever a abrir aquela porta.
— E por onde você sai? - estava com esperança de uma dica para fugir.
— Segredo. Mas você irá comigo hoje.
Ele caminhou mais um pouco e abriu uma porta. Lá o banheiro era incrivelmente limpo e claro. Havia uma banheira e um vaso sanitário. O homem a deixou no chão. Suas mãos estavam amarrada, então para retirar sua roupa, ele teve que cortar com uma tesoura que carregava em seu bolso. Após isso, a colocou na banheira.
Sentiu seu corpo ser abraçado pela água morna, ao toque molhado em seu corpo, pode sentir seus músculos rígidos relaxarem. Acabou gemendo por diversas vezes, o clima lá dentro estava um tanto agradável.
— Está gostando? - ele se ajoelhou ao seu lado.
— Nesses últimos dias, essa é a primeira vez que estou gostando de acordar. - sorriu mostrando a falha grande em seu sorriso.
— Peço perdão por tudo que eu fiz a você. Mas você não me deixou escolha. Não bastava dizer que não me queria, teve que me humilhar na frente de todos daquela droga de colégio.
Os olhos da jovem se arregalaram. Ela se lembrou de cada detalhe e o pior, se lembrou daquele jovem, o qual declarou seu amor por ela e ela destruiu seu coração, o massacrou na frente de todo o colégio.
— Deixe-me refrescar sua memória. Lembra daquele jovem gordo e sem amigos lá no young geniuses high school? Aquele o qual te disse que amava você. O mesmo que você jogou batatas fritas na frente de todos, só por estar acima do peso.
— Owen... Eu sinto muito...
— Eu sei que sente. Agora deixe-me ajudar com seu banho. - o homem pegou um sabonete líquido e jogou em suas mãos, passou pelo corpo da mulher, até chegar em sua intimidade. Passou sua mão por lá diversas vezes, a deixando levemente excitada. Mesmo sem intenção, ela não conseguia não sentir atração pelo homem, ele estava incrivelmente atraente.
— Poderia não fazer mais isso... - pediu.
— Isso o que? - sorriu maliciosamente.
— Você sabe o que... se vai realmente me tratar como uma princesa, por favor, não me viole.
— Está certo. Estava apenas lhe dando uma ajudinha no banho. - após aquilo, pegou um shampoo e despejou sobre a cabeleira negra da mulher. A enxaguou e a retirou de dentro da banheira.
Ele cobriu Melina com uma toalha. Carregou a mesma até seu quarto, que era incrivelmente grande. A colocou sentada em sua cama.
— Você está com febre. - abriu sua gaveta e retirou de dentro uma cartela de remédio. - tome, isso vai aliviar a febre e também sua dor no corpo.
A jovem abriu a boca e recebeu a pílula. Assim que engoliu, ele retirou de dentro do guarda roupa um vestido branco. Observou que ela ainda tinha os punhos amarrados. A deixou sozinha por alguns instantes.
A jovem se deitou na cama e fechou seus olhos. Dormiu por algum tempo, não sonhou nada. Acordou com uma forte dor, provavelmente a pior que já sentirá. Ao abrir seus olhos, gritou o mais forte que poderia, com seus pulmões quase pegando fogo. Seus braços haviam sido decepados.
— Problema resolvido. - a gargalhada do homem em meio aos gritos aterrorizantes da jovem, ocuparam toda a casa. Em seguida, a visão da jovem ficou turva, sentiu uma forte tontura e uma dor imensurável. Morreu em questão de minutos. - bons sonhos, querida. - sorriu e lhe desferiu um beijo na testa.
Pegou seus braços decepados e os colocou cuidadosamente em um saco plástico. Enquanto Melina estava deitada sobre a cama, seus olhos estavam bem abertos é o local banhado em sangue. A pegou no colo, levando em seguida para a mesma banheira, lhe pôs lá dentro. Nua.
Caminhou em passos rápidos e animados até o porão, lá estava Álissa, deitada e com suas mãos atadas.
— Olá, meu docinho. Quer comer algo? - ela o fitou com os olhos cheios de ódio e dor. - sei que quer, você me parece faminta.
— Quanto tempo vai me manter aqui? - uma lágrima correu por seu olho.
— Que maldosa. Acha que eu te machucaria? Você está em meu coração desde que te vi pela primeira vez ao lado daquele monstro. Eu te salvei, e é dessa forma que me retribui?
— Me salvou? Você está me destruindo, e diz que me salvou?
— Quanto ódio no coração. - sorriu de canto e lhe deu o que comer.
...Dois dias depois, durante a noite...
O homem tomou seu banho e perfumou-se. Ele estava elegante e ao mesmo tempo causava um certo horror, com sua máscara de cirurgião. Foi até sua banheira de gelo e viu que a asiática permanecia imóvel. Pegou o saco plástico o qual estava os braços amputados de Melina, os colocou entro do porta malas de seu carro e seguiu dali para o condado de Santa Clarita.
Em seu carro via que ele estava correndo o mais depressa possível, pois queria fazer uma bela surpresa para sua amiga.
Ao chegar, desceu de seu carro e ficou a espreita. Observou que o local dentro da casa estava por um todo fechado, sua intenção não era matar Patrine, queria apenas assusta-la, pois entre suas duas amigas, ela foi a que menos o maltratou. Ficou cuidando por mais alguns minutos e então a viu subir pelas escadas.
A oportunidade perfeita. Ele conseguiu escalar sua casa e vendo que a janela de seu quarto estava aberta, o ruivo entrou e em sua cama ele deixou os braços.
Saiu o mais depressa possível. Deixando ali, as provas de que ele só estava brincando e descontando todo seu ódio acumulado.
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3:00 A.M. - Quando o mar ficou vermelho
Mystery / Thriller→ Vencedor do 1° lugar no concurso palavras douradas → Vencedor do 1° lugar no ConcursoFD → Vencedor do 2° lugar no concurso Estrela de Athena → Vencedor do 2° lugar no concurso Diamond Writers → Vencedor do 3° Lugar no Concurso Rosas&Cravos → Ven...