Cap. 11 - ※ Revelações de Anne ※

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    A preocupação estava evidente na feição de ambos os detetives, sem pensar duas vezes, Byron se levanta e sai em disparada para fora do restaurante. Green joga uma certa quantia de dinheiro cima da mesa, saindo logo em seguida atrás do detetive. A pequena perseguição até fora do restaurante  deixou a detetive um pouco suada, ela se aproxima.

— Luian, espera! Deixa que eu dirijo, você está muito nervoso. — ela segura seu braço.

— Não temos tempo para discussões, Hannah. — entra no carro, a detetive sem insistir, entra junto, e se senta no banco de carona. Ele gira a chave do carro, que logo se movimenta para arrancada.

  A ida para o bairro de Westwood foi uma tortura para ambos, a agonia que o detetive estava sentindo era explicita no ritmo de sua respiração, em sua testa uma gota de suor pululou para escorrer.

— Ei, eu sei que é um caso de vida ou morte, mas tenta se acalmar, caso contrário, quem irá morrer somos nós. — Hannah Green tentou ser o mais delicada o possível.

  Luian Byron olha fixamente para a estrada, suas mãos ficam firmes no volante, sem hesitar ele pisa no acelerador, o vento cortava o carro, fazendo assim ficar explícito a velocidade a qual o detetive estava. Em poucos minutos estavam em frente a casa da familia Chase, desesperadamente ambos os detetives saem do carro, correndo em direção do casebre, Byron corre até a porta principal e começa a bater rapidamente.

— Weli, Katlen!!! — sem tempo para formalidades, grita em um tom desesperador.

   Ao ouvir a os passos vindo de dentro, o detetive se afasta um pouco, abrindo brecha para que o casal abrir a porta.

  Não era muito tarde, mesmo assim o casal se assusta, assim que abriram a porta da frente e se deparam com os detetives, um leve tom de esperança fez com que o casal abrisse um pequeno sorriso.

— Detetive? — Weli tomou a fala para si.

— Anne, corram atrás dela! — Byron estava a ponto de ter um ataque de ansiedade, essas palavras tiraram o sorriso do rosto do casal, causando assim o medo espontâneo em ambos.

— O quê?! — o homem não entende o que aquelas palavras significam.

— Anne me ligou, eu acho que ela vai tentar se suicidar, por favor! Corram.

— Ah, meu Deus!!! — Katlen corre até o quarto da filha.

  Todos vão até lá, a porta do quarto estava trancada, o que dificultou a tentativa de salvamento da jovem.

— FILHA, ABRA A PORTA!  — o tom de voz de Weli era de preocupação.

— Com licença... — o detetive se joga contra a porta, causando assim um grande estrondo, que felizmente fez com que a porta se abrisse.

A cena que os detetives e os pais de Anne viram era deplorável, a garota estava deitada em sua cama, toda suja de vômito, algumas cartelas de remédio estavam vazias e espalhadas por sua cama. A moça estava entre a realidade e o sono, seu rosto estava inchado e tudo estava desorganizado, provavelmente ela havia tido um surto.

— Anne... — a mãe corre e se põe a chorar.

— Vou ligar para uma ambulância..— Green pega seu telefone e disca o número da ambulância.

Os minutos o qual aguardavam por ajuda pareciam décadas. Weli andava de um lado para o outro com a mão em sua testa, sua esposa chorava desesperada perto de sua filha que estava mole, a detetive foi pegar um copo de água para a mulher, já Luian checava os minutos que estavam correndo de forma lenta.

3:00 A.M. - Quando o mar ficou vermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora