Cap. 13 - ※ Seu falso herói ※

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   O dia foi corrido para os detetives, assim que retornaram para a homicídios, logo viram Lewis e Winters saindo pela porta da frente. Eles caminham juntos para que os encontrem.

- Ei, para onde vão?! - Green grita para a dupla, assim que ouvem a voz conhecida, eles param e esperam até que os detetives cheguem até eles.

- Oi, vamos para Santa Clarita. Precisamos conversar com o pai da Louise. - responde calmamente, Winters.

- Entendi. Uma pena não podermos ir. Bom, desejo uma boa viagem a vocês. - Green sorria.

   Os detetives apenos os correspondem sorrindo e saem em seguida para seu carro. Winters eda quem dirigia o carro, ela acelera o veículo para que cheguem assim mais rápido ao local.

   Dentro do carro, a detetive segurava firmemente o volante do carro, já Rick não tentou puxar assunto, ele apenas acompanhava o ritmo dos carros por fora, da segunda cidade mais populosa dos Estados Unidos.

    Cerca de pouco mais de vinte minutos, eles chegam no local. A cidade era bem bonita, casas regulares, pessoas indo e vindo, ambas sorrindo de forma sincera. Muitos parados na rua dialogando e outros passeando com seus animais de estimação.

    Seguem então, para o endereço dado por Débora Males, para a casa de seu ex marido. Não era muito longe de onde eles estavam, ficava mais ou menos a três ou quatro quadras dali, em um condomínio.

    Assim que chegam no local, conversam com o guarda, mostrando seus distintivos e documentos oficiais, eles conseguem entrar. Logo mais a frente havia uma casa muito maior que as demais, na frente havia um pé de árvore, muito chamativa. Era amarela e de três andares.

    Os detetives se aproximam da residência, já havia sido avisado ao Herold que eles viriam. O homem abre a porta antes mesmo que eles pudessem chamar no interfone. Herold, tinha olhos verdes, cabelo cortado e grisalho, corpo atlético, o homem parecia ter mais ou menos 40 anos.

- Boa tarde, sou Herold Banks. Entrem. - ele abre caminho para que os detetives adentrem a residência.

- Boa tarde, sr. Banks. Obrigado pelo convite. - responde Lewis, entrando dentro da casa. Ele é seguido por Winters que o cumprimenta apenas com um gesto positivo da cabeça. 

  Por dentro, a casa era ainda mais elegante. No local havia uma lareira e um lustre muito chamativo no centro da sala, haviam flores e tudo que você puder imaginar de mais belo. Os detetives então são convidados para sentar.

- Emma, venha até aqui. - o homem grita, neste momento entrou uma mulher aparentemente pouco mais nova que o homem, ela estava grávida.

- Sim, querido? - ela sorri.

- Será que você poderia trazer um pouco de café para esses senhores? - ele pisca para ela.

- Claro, meu bem. - a mulher vira as costas e vai para a cozinha.

- Sei que vieram aqui para falarmos sobre a Lou...

- Precisamos entender mais sobre isso. - a detetive fita o homem.

- Lou, era uma filha incrível. Ela sempre me apoiava em tudo, sempre me ajudou em muita coisa, uma filha de ouro... Eu jamais imaginei que um dia eu perderia a minha princesa. - neste momento o homem pega um porta retrato que estava atrás dele, sorrindo entre algumas lágrimas que começaram a cair de seus olhos. - com certeza quem fez isso, não é pai.

- Sinto muito pela sua perda... É um fato lamentável que estamos tentando entender. - Lewis toma a iniciativa.

- Quando ela era pequena, costumava dizer a ela que eu era seu super herói e que protegeria ela para o resto de sua vida, parece que eu descumpri essa promessa. Eu estive lá quando ela nasceu, estive lá quando nasceu seu primeiro dente, quando ela disse suas primeiras palavras, que afinal, foram "Eu te amo, papai." foi embolado, mas eu consegui entender, sua mãe ficou morrendo de ciúmes. - ele mais uma vez sorriu, emocionando os detetives. - eu estive lá quando ela perdeu seu primeiro dente de leite, quando ela provou pela primeira vez um sushi, quando ela caiu de bicicleta, estive lá quando ela teve seu primeiro beijo, parece brincadeira, mas ela me contou, quase tive um infarto. - seu tom era de empolgação.

- O senhor deve ter sido um ótimo pai... - a detetive elogia.

- Mas não estive quando ela mais precisou de mim... Eu... - ele tapa seu rosto. - sou o pior pai do mundo, pois deixei que o monstro a tirasse de mim...

- Sr. Banks... O senhor não teve culpa. - Lewis tentava consolar o homem.

- Não tive? Que espécie de pai, deixa sua filha viajar sozinha para um lugar tão longe, para uma mãe que a tratava como um animal...

- O que?

- Me divorciei da Débora, pois ela era negligente com nossos filhos. Nunca nem se quer trocou uma fralda, no máximo os amamentou!  Emma, é mais mãe deles do que a Débora.

- Entendo. Ela não aceitava ser mãe? - pergunta Winters fitando o homem.

- Não sei o que se passa na cabeça dela, mas acho que isso não vem ao caso... Minha filha, sim.

- Certo, nos fale sobre alguma coisa que possa nos ser útil. - pede Winters.

- Lou, estava terminando a faculdade de ciências contábeis, ela ia me ajudar na empresa...

- Ela tinha algum namorado?

- Não, ela era solteira. - o homem aperta o quadro. - bom, na verdade ela estava conhecendo um rapaz.

- Qual o nome dele? - pergunta a detetive.

- Angus, Gustavo... Ah, que droga! Não me lembro do nome do rapaz, ele iria vir aqui em casa... Mas... - sua voz falha. - mas ela se foi.

- Se caso se lembrar. - Lewis lhe entrega um pedaço de papel. - ligue para nós.

- Obrigado. Ela tinha uma melhor amiga, que provavelmente vai se lembrar, ela mora aqui perto, seu nome é Melina Yamamoto. Elas faziam faculdade juntas. Melina mora perto do café today's, no centro da cidade, em uma casa rosa.  - ele liga seu celular e entra na rede social da filha, em seguida mostra a foto da jovem asiática.

- Certo, iremos procura-la. - falou o detetive.

- Qual foi o último contato que teve com sua filha? - a detetive fita o homem.

- Ela me ligou por volta das três e meia, avisando que logo estaria vindo para cá.

- Sua filha tinha alguma cicatriz em formato de coração? - Winters olha para o quadro.

- Ela e as amigas fizeram... Eu briguei com ela, todavia foi inútil.

- Entendo.

  De repente, Emma andava até eles com uma bandeja com café e biscoitos. Ela coloca sobre a mesa de centro, entrega uma xícara para cada um, exceto ela por estar grávida e fazer mal ao bebê.

- Sr. Banks... O senhor reconhece o nome, Àlissa Chase? - a detetive mostra uma foto que tinha da jovem.

- Não, acredito que não.

- Certo, muito obrigado. - Lewis se levanta e coloca a xícara em cima da mesa, após beber todo o líquido.

- Bom, iremos em busca da srta. Yamamoto. Obrigada. - Winters se levanta junto ao detetive.

- Se precisarem, estarei aqui. - ele os olha com um olhar triste e desconsolado.

  Ambos assentem, saindo logo em seguida, deixando o casal sozinho. Os detetives adentram seu veículo e seguem então para o endereço o qual o homem havia lhe indicado. No carro Winters tenta esconder sua aflição e tristeza pelas palavras do homem.

3:00 A.M. - Quando o mar ficou vermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora