Cap. 14 - ※ Conhecendo a segunda Lou ※

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  Depois de alguns minutos transitando de carro, pelo condado de Santa Clarita, os detetives Rick Lewis e Aline Winters encontram a casa de Melina Yamamoto. Era uma casa levemente elegante, ao redor as demais residências eram comparadas a antigos casarões europeus.

  Em frente a casa da jovem, havia uma cafeteria e logo ao lado um restaurante, ambos na mais pura elegância. Era visível que todo aquele local era de fato uma rua de pessoas ricas e conservadoras. Os detetives saem em passos sincronizados do veículo, então caminham juntos ao local indicado.

   Winters toma a iniciativa e aperta a campainha. Uma jovem ruiva, com tranças no cabelo aparece, era uma garota bem diferente da descrita por Harold. A moça arregala seus olhos azuis, dá um passo para trás e com um tom de incerteza lhes perguntou.

- Quem são vocês?!

- Aline Winters, Rick Lewis. - a detetive aponta para seu colega, que abre um sorriso forçado e acena.

- Ta... Mas, quem são vocês? - novamente a garota pergunta, sem entender quem eram.

- Detetives. Você é a Melina Yamamoto? - pergunta Lewis.

- Amiga, me chamo Patrine Lauscoviski. - a garota faz cara de nojo e sorri forçadamente.

- Srta. Yamamoto, está?! - a detetive retribui a feição de Patrine.

- É, ela está! Esperem aqui, vou chama-la.

  Ambos ficam se olhando, aquela dúvida que surgirá ali naquele momento, Melina teria alguma revelação bombástica sobre sua falecida amiga, Louise Males Banks?

   A espera pela garota demorou pouco tempo. Logo uma asiática, de longos cabelos negros e maquiagem exuberante, abre a porta. A garota os fita, como se estivesse tentando se recordar de quem se tratavam, porém não obteve êxito, em sua missão.

- Err... Em que posso ajudar? - Melina os confere de baixo para cima.

- Aline Winters e Rick Lewis. Detetives responsáveis pelo caso de sua amiga, Louise.

- Ah, é sobre a Lou... Entrem. - a garota abre brecha para que os oficiais de justiça adentrem a residência.

  A casa era incrivelmente organizada, nem aparentava ser de duas jovens. No local, as paredes em um tom azul, deixava o ambiente harmônico, com as cortinas brancas e o piso no mesmo tom, um enorme sofá marrom, se destacava no meio da sala.

  A moça se senta, pedindo o mesmo para os detetives. Sem hesitar, ambos se sentam e logo para quebrar o gelo, a garota mesmo diz.

- Ela era uma ótima amiga, porém uma péssima inimiga. - em seu olhar confuso, nenhuma expressão aparentava ser exibida.

- O que isso significa? - Lewis se assusta com aquelas palavras.

- Qualquer um pode ter feito isso com ela. Não é porque a Lou morreu, que ela virou santa! Apesar de eu ama-la, sei que ela pode ter sido morta por qualquer pessoa. Ambiciosa e esnobe, somos assim. Kappa alpha female fraternity, este é o nome da nossa pequena sociedade na faculdade. Nós mandamos na faculdade.

- Está me dizendo que, vocês mataram ela? - a detetive se levanta no susto.

- Jamais. Estou dizendo que, nossa fraternidade era invejada, e Lou era a líder. Ela era do tipo, eu mando e vocês obedecem.

- Até você? - Winters a fitava enquanto se sentava.

- Eu era a vice presidente, e a Patrine, nossa coordenadora de eventos, dentro da fraternidade. Isso tornava nós três, invencíveis e claro, muito invejadas, por fora e dentro da Kappa alpha female fraternity.

3:00 A.M. - Quando o mar ficou vermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora