Cap. 21 - ※Resultados das brincadeiras※

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   Quem tentou assistir alguma coisa naquela madrugada, acabou se deparando com uma notícia um tanto perturbadora, mais uma vítima. Desaparecida por quase sete dias, Melina, ou partes dela, foi encontrada na entrada de Los Angeles. Seu corpo estava nu, diferente das duas primeiras vítimas, e seus braços haviam sido arrancados.

   O sono dos detetives havia se passado, visto que o trabalho estava os chamando. Byron dirigiu direto para o local dito por Winters, a entrada de Los Angeles, um local com certa vegetação natural.

   O homem dirigiu o mais rápido que pode. No caminho trocou poucas palavras com sua parceira, ainda estavam ofegantes com os momentos vividos anteriormente.

   Chegaram em pouco tempo no local. Ao descer do carro, viram seus colegas de trabalho no local do crime, eles já haviam feito grandes descobertas. Winters havia reconhecido instantaneamente a vítima, o rosto asiático foi logo reconhecido pelos demais, Melina.

— Quem encontrou? - o detetive dirigiu seus olhos para o cadáver, que apresentava um vestido como o das vítimas anteriores, também apresentava um batom vermelho e olhos arregalados.

— Aquele casal. - Aline apontou para dois adolescentes, que falavam com Torrez.

— E o que eles faziam sozinhos na entrada da cidade a essa hora? - Green arqueou a sobrancelha.

— É isso que estão falando para a chefe. Sabe o que eu estava fazendo? - ela fitou o chão.

— Você? - falaram em um único som.

— Eu estava assistindo o noticiário do fim da noite, bebendo um vinho, enquanto meu marido estava fazendo torta, meus filhos estavam dormindo como anjinhos e hoje a noite ia ser longa para mim. - ela cruzou os braços e girou a cabeça como sinal de insatisfação.

— Uau. - Hannah riu. - você é um tanto azarada minha amiga.

— É. Mas e vocês? - se aproximou. - me parece suspeito que tenham vindo juntos.

— Bobagem, Byron somente passou em minha casa para me trazer. Enfim, acharam alguma coisa de interessante? - tentou mudar de assunto.

— É. Isso aqui! - ergueu uma sacola plástica com um grampo dentro.

— Foi tudo? - Green a questionou.

— Não. Achamos o documento de Patrine.

— O que? - Byron estava incrédulo. - a amiga?

— Ele está jogando conosco Byron. Patrine está viva, mas parece que deram um presente a ela, os braços da amiga. Me parece que há dois dias ela está no programa de proteção as testemunhas. Nos jornais locais só se fala nisso.

— Droga, só porque eu queria ter uma conversa seria com a Mabel sobre sua arma? - o detetive revira os olhos.

   Green ignora os sons que vem ao seu redor. Aproximando-se do cadáver. Apenas ouviu que, já havia feito dois dias os quais sua colega de quarto recebeu os braços decepados da mesma. Não era legista, mas pelo que conhecia de corpos, sabia que Melina havia sido morta em menos de vinte e quatro horas. Não havia odores fortes, apenas o convencional, não tinha inchaço e nem nada que apresentasse um começo de decomposição.

    Logo chegou a uma conclusão perturbadora, Melina havia perdido seus braços enquanto ainda estava viva.

— Algum problema, Green? - Lewis se agachou ao lado da ruiva.

— Acho que descobri uma coisa horrível. - ela o fitou.

— Se for o mesmo que eu presumi. Seus braços foram arrancados antes dela ser morta, não é?

— Pelo que parece. Rick, não é brincadeira, esse homem está cada vez pior...

— Vamos liberar o corpo para ir direto pra homicídios. Amanhã a Érika começa uma autópsia. Acho que vocês deveriam tentar ir em Westwood, o primeiro corpo foi encontrado lá. E cá entre nós, lendo o depoimento da Mabel Morris, eu vi partes falhas.

— Uma intimação. Irei pedir para que ela venha, será melhor! De repente poderíamos sofrer outro ataque, não quero isso.

— Certo.

   O corpo foi retirado da cena do crime, após fotos e a procura de provas. Continuaram ali por alguns minutos, depois voltaram para suas casas. O dia seguinte seria quente.

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   Logo pela manhã, Green logo ao chegar, caminhou direto para a sala da legista. Ao chegar, percebeu que a mulher avaliava um documento, estava concentrada.

— Érika? - foi logo adentrando.

— Oi, Hannah. Que bom que veio. Tenho a causa da morte, passei a madrugada toda acordada. Sabe como é, não é mesmo? Quem consegue dormir quando se tem um psicopata a solta?

— Posso dizer que te entendo. Enfim, me diga, qual foi o resultado?

— Hemorragia. Mas claro, como as demais, não foi somente isso. Estuprada e agredida. Pelo que parece, ela foi a que mais sofreu.

— Morreu pelo braço amputado?

— É. As mortes estão ficando cada vez mais violentas. E o campo de ataque aumentou.

— Vou levar este laudo para Byron. - a detetive esticou suas mãos em busca do resultado.

— Certo. Qualquer dúvida. - sorriu e voltou a trabalhar.

   Green seguiu os largos corredores, em busca de seu parceiro. Olhava despercebida  para o envelope, quando Carol Torrez tombou com ela.

— Hannah. Algum problema?

— Me desculpa, Carol. Eu peguei o resultado da morte da Melina. Sei que o caso é do Lewis e Winters, todavia não consegui me conter.

— Tudo bem. Sobre a arma da crime, eu soube que ela pertence a Mabel Morris, sendo assim, tomei a liberdade de mandar uma intimação para que ela venha aqui. Ultimamente suas visitas com o Byron, não estão dando certo. - riram.

— É. Acho melhor assim mesmo. - ela elevou as sobrancelhas.

— Bom, é provável que até amanhã ou hoje mesmo ela apareça por aqui.

— Quem sabe. Vou voltar para minha sala. Tenho que mostrar o resultado para o Byron.

— Até mais.

     As duas seguiram caminhos distintos. Hannah não conseguia parar de pensar no que houve entre ela e seu colega. Abriu-se para ele e um beijo quente e aconchegante os uniu a deixando sem ar. A relação entre os dois seria agora mais intima?

  Abriu a porta e encontrou quem ela realmente não estava esperando, Danny Velásquez. A garota estava trêmula, não estava muito diferente do dia anterior, percebia que ela estava ofegante, provavelmente pelo nervosismo.

— Danny?

— Ele vai me matar.

  
Peço perdão pela demora e também pelo capitulo pequeno e sem muita criatividade. Estou tendo um bloqueio criativo, para quem escreve sabe o quão ruim é isso, em geral não atraso tanto para postar, vou tomar uns bons chás e ler bastante para ver se passa Ksks enfim, obrigada pelas leituras, amo vocês 😍❤❤❤

3:00 A.M. - Quando o mar ficou vermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora