Cap. 17 - ※ Quem foi a primeira? ※

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   Era madrugada, o clima estava frio e uma brisa gelada tocava a janela do quarto de Natalie. Sentiu naquela noite um aperto em seu coração, resolveu levantar da cama para beber um copo de água. Caminhou até a cozinha, sem fazer muito barulho, não queria acordar sua amiga a qual dividia a casa.

   Havia chá gelado na geladeira, então o pegou, foi até a janela de vidro que era quase de seu tamanho e olhou para o lado de fora de sua casa, percebeu que as luzes falhavam em certa parte da rua, estava com uma neblina densa do outro lado. Seu coração acelerou ao ver um vulto, deu um passo para trás, forçou suas vistas para tentar entender o que estava acontecendo.

   Ouviu do lado de fora, um latido familiar, seu cãozinho queria entrar, suspirou aliviada ao imaginar que se tratava dele. Caminhou até a porta na intenção de abri-la, girou a maçaneta e puxou. O animal adentrou o local, ele correu direto para seu colo, a lambendo no rosto.

   Quando foi fechar a porta, sentiu um ar gélido tocar seu corpo, causando na jovem uma sensação de medo. Ela abraçou o cão e foi fechar a porta, quando alguém trajando um casaco de pele e uma mascara de cirurgião apareceu forçando a porta.

  Num pulo a moça tentou forçar a porta para se fechar, todavia seus esforços foram inúteis. Ela se afastou e soltou seu cão, quando ia gritar, o homem puxou uma arma e apontou para a garota. Sentiu suas pernas falharem.

— Quem é você? - sussurrou.

  Não a respondeu, apenas girou sua cabeça para o lado direito, de forma assustadora. Ela não se moveu, ficou apavorada, tremia e suava.

— Natalie? - atrás dela, ouviu a voz de sua amiga.

   Viu o homem mover sua arma para a amiga, ele disparou dois tiros. O barulho alto fez Natalie gritar, ele voltou a mover a arma em sua direção. Fez sinal com a cabeça, para que ela o acompanhasse. Por alguns segundos, ela hesitou em andar, mas estava assustada demais para fazer qualquer coisa, então simplesmente caminhou.

...

    Logo pela manhã, Green já estava em seu escritório, ela havia recebido um e-mail. Abriu para ver se que se tratava. Era uma mensagem de alguém que se denominava @KayCollins877, no anexo estava escrito "Bom dia, aqui é o pai da Natalie. Me comunicaram que ela foi encontrada, e que já tem alguns dias... estarei em Los Angeles em breve."

   Afastou-se da mesa onde ficava o computador. Se levantou e ficou andando de um lado para o outro sem saber exatamente o que estava acontecendo. Byron chegou, ao ver que sua parceira estava nervosa, logo perguntou.

— Olá, Hannah. Algum problema? - arqueou a sobrancelha.

— Recebi um e-mail do Sr. Collins.

— Pai da Natalie?

— Sim, ele mesmo. - suspirou. - ele foi tão frio ao falar.

— Como assim? - o detetive cruzou os braços.

— Veja você mesmo. - a mulher apontou para o computador na mesa.

— Talvez ele esteja se sentindo conformado. Faz quase um mês que ela foi dada como desaparecida.

— Um mês? Ficou tanto tempo sendo torturada...

— Sim. - o homem deu os ombros.

   Nesse momento entrou em sua sala, a chefe. Sua feição era um tanto diferente, ela trajava uma roupa em tom escuro.

— Temos uma pista. - sua voz era um tanto firme.

— O que houve?! - a detetive se apoiou na mesa.

3:00 A.M. - Quando o mar ficou vermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora