Deixa-me amar-te - DESCONTINUADA

♔capítulo 15♔

E aqui estamos nós a caminho do maldito hospital... Hoje de manhã quando acordei mal me conseguia mexer, mesmo agora mal me mexo, todo o meu corpo dói e tenho algumas negras grandes e que me doem.

Eu não queria ir ao hospital mas a minha mãe, sim ela sabe o meu irmão fez questão de lhe contar, o meu irmão e o Zayn obrigaram-me a vir. Só vou eu e Zayn, até porque ele é o único com quem falo e quem eu deixo que me toque, eu senti-me mal quando neguei um abraço à minha mãe mas não consegui....

O que será que eles me vão fazer? Será que vão fazer muitas perguntas? E se me obrigarem a fazer queixa na polícia? Não, eles não podem fazer isso! Mas, mas e se eles chamarem a polícia ou assim? E se... "Ok chega estás a enervar-me com tantos e se's!" O problema é que tu não percebes que eu não consigo! Eles podem obrigar-me a fazer queixa na polícia mas, eu não quero, eu não quero que ele faça mal a Zayn e a todos os que me fazem bem... "Unf... Ok, mas, por favor, para!"  Estúpida vozinha deves pensar que é fácil...

Zayn - Eii! Em que tanto pensas bebé? -  Zayn acordou-me de todos os meus pensamentos e dúvidas.

- Em nada. - A minha voz continuava baixa e todas a minhas respostas eram curtas e sem qualquer emoção, parecia um robot.

Zayn - Se tu o dizes... - Ele olhou para mim durante um tempo, para depois voltar a por a sua atenção na estrada. O raio do hospital é assim tão longe?!

Eu apenas encolhi os ombros como resposta. Finalmente o carro parou e ao nosso lado estava o edifício onde eu não queria, de todo, ir. Ambos saímos do carro, eu fiquei parada, apenas a olhar para a porta do hospital. Estou nervosa, estou com medo, eu não sei o que se vai passar lá dentro... E se... Ok chega de e se's ainda vou ficar paranoica.

Zayn olhou para mim e sorriu, veio para o meu lado e deu-me a mão. A minha primeira reação foi tirar a minha mão, mas logo me arrependi, quando olhei para a sua cara e ele estava magoado e triste, já é a terceira vez que lhe faço isto hoje. 

- Desculpa é só que... 

Zayn - Tudo bem eu percebo o teu lado. - Ele suspirou e eu baixei a minha cabeça, eu sei que ele não merece que eu lhe faça isto, ninguém merece aliás, mas, é como um impulso, não consigo evitar. Voltei a o olhar para a mão dele, decidi então, remediar o que fiz há minutos, aos pouco fui com a minha mão ao encontro da dele e entrelacei-as. Voltei a olhar para cima para encontrar Zayn, agora com um sorriso na cara e a olhar as nossas mãos.

Começa-mos a caminhar para dentro do hospital, dirigimo-nos à receção, pelo que parece o Zayn já tinha marcado uma consulta. Na receção estava uma mulher com os seus 30's, uma maquilhagem exagerada para uma rececionista de hospital e era um pouco arrogante. Senti o seu olhar em mim, os seus olhos a inspecionar a minha cara, eu sei que não estou com a melhor cara, sei que tenho umas pisaduras e alguns inchaços mas não é preciso estar a olhar como se nunca tivesse visto. Quando finalmente conseguimos falar com ela, fomos para a sala de espera tal como nos foi indicado.

Quando estávamos sentados à espera que me chamassem, todas a imagens de ontem me vieram à cabeça. Como é que ele foi capaz? Eu nunca pensei que ele fosse capaz de fazer isto! 

Voltei à realidade quando senti uma mão na minha cara, assustei-me, e só depois reparei que era Zayn.

Zayn - Que se passa? Porque é que estás a chorar? - Espera, eu estou a chora? - Em que estás a pensar? Responde-me amor, eu estou preocupado. Dói-te alguma coisa?

- Não me dói nada, eu...eu só estava a pensar na noite de ontem e... - Eu não consegui continuar e foi aí que o meu choro se intensificou. Zayn abraçou-me e eu senti todo o meu corpo ficar mais tenso, mas aos poucos acalmei-me repetindo para mim mesma que era apenas o Zayn.