Leah – Não me faças rir! Tu não tens direito a exigir nada! NADA OUVISTE! – A minha atenção foi virada para a minha mãe quando ouvi os seus berros. Ela estava a falar com um homem, a cara dele não me era estranha mas não sabia de onde o conhecia…
- Hey John, quem é aquele homem com quem a mãe está a discutir? – Ele não me respondeu, parecia que estava paralisado, olhei os meus avós e eles não tinham uma expressão nada contente enquanto olhavam aquele homem. Mas quem será ele?
Xxx – Sim, eu tenho o direito de exigir! E eu quero vê-la! – A sua voz aumentava em cada palavra.
Leah – Não, não tens! Não depois de todos estes anos! Passaram 15 anos. 15 ANOS! SABES QUANTO TEMPO ISSO É? – A minha mãe estava completamente nervosa, podia dizer que ela estava perto de chorar. Senti o meu irmão a agarrar-me de uma forma protetiva, as suas mãos estavam fechadas em punhos.
Xxx – Eu sei ok? Eu sei o tempo que passou, eu errei mas estou arrependido! Eu só quero ver a Sophia, é apenas isso que te peço! – Ele queria ver-me?! Inconscientemente larguei-me do aperto do meu irmão e fui ter com a minha mãe, eu tinha que descobrir quem ele é!
- Mãe está tudo bem? Porque é que este senhor me quer ver? – O olhar dos dois pousou em mim, a minha mãe tinha uma expressão horrorizada como se não quisesse que eu me tivesse aproximado e o homem, bem não sei dizer bem qual é a expressão dele.
Leah – Filha vai embora! – A voz da minha mãe estava autoritária mas eu pude notar fragilidade nela.
Xxx – Filha! Como estás crescida! – Filha?! Como assim filha? O meu morreu quando eu era nova… Olhei a minha mãe na esperança de ela me explicar e foi aí que uma lágrima escorreu pela sua cara.
- Explica-me mãe! Como assim filha? Porque é que ele me chamou de filha? O meu pai morreu!
Leah – Não Sophia, o teu pai não morreu, o teu pai está aqui e bem vivo! – A minha mãe transbordava arrependimento e raiva no olhar. Um aperto na minha mão foi sentido com o que a minha mãe acabou de dizer. Olhei a minha mão e reparei que Zayn a tinha agarrado de uma maneira protetora.
- Não, isso não é possível! Tu…tu disseste que ele tinha morrido! Tu não me ias mentir pois não mãe? – Comecei a sentir lágrimas formarem-se nos meus olhos. A minha mãe não me iria mentir!
Leah – Eu não queria que sofresses com a verdade, eu achei que se te dissesse que ele estava morto tu não irias sofrer tanto… desculpa filha, eu peço-te tanta desculpa! – Ela agarrou a minha mão livre e pô-la no meio das suas enquanto lágrimas escorriam pela sua cara.
- E qual é a verdade? – Eu olhei para os dois, algum iria dizer. Eles tinham que dizer!
Leah – Filha como tu sabes, eu fui mãe muito nova. – Eu assenti com a cabeça e esperei que ela continua-se. – Eu tive o teu irmão com apenas 17 anos, os teus avós, maternos e paternos, obrigaram-nos a casar. Eu e o teu pai já namorávamos há 3 anos e então não ficamos muito importados, nós estávamos completamente apaixonados. Ele ao princípio não queria que eu continuasse com a gravidez mas, estava fora de questão abortar, eu sou contra isso! Nós casamo-nos uns 2 meses antes de o teu irmão nascer, eramos uma família feliz e até o teu pai estava contente com o bebé. Nós mudamo-nos para a casa onde estamos e passados 4 anos eu fiquei grávida novamente, de ti. O teu pai ao princípio não ficou muito contente mas, depois aceitou e quando soubemos que eras uma menina ele andava todo contente a dizer que era a menina do papá e que a iria proteger de tudo. Tu nasceste, e bem nós eramos novos o trabalho que tínhamos não dava muito dinheiro, eu já tinha acabado o meu curso, a tua avó tomava conta do John mas, o David tinha saído da escola para nos poder dar algum dinheiro, mas mesmo assim eramos novos e tínhamos duas crianças para sustentar… e bem, a prenda que ele te deu no teu quarto aniversário foi abandonar-nos. Apenas deixou um bilhete a dizer que já não podia viver assim, que nunca quis estes filhos, que já não me amava e que tinha arranjado uma mulher que lhe dava valor e atenção. Ele foi um cobarde que me deixou com dois filhos dele nos braços! Ele foi o cobarde que nem decência teve de me pedir o divórcio cara a cara, um dia recebi um telefonema de um advogado a dizer que tinha uns papéis de divórcio para assinar! ELE FOI O COBARDE QUE NOS DEIXOU SOPH! ELE DEIXOU-NOS AOS TRÊS! Eu peço-te desculpa por te ter mentido estes anos todos filha mas, eu fiz o que achei melhor, eu fiz o que o meu coração de mãe achou melhor! Eu preferi ver-te triste por o teu pai estar morto do que por ele nos ter abandonado…desculpa. – A minha mãe estava lavada em lágrimas, a minha vontade de chorar era enorme mas eu não ia chorar, não em frente deste homem que não quis saber de nós. Mas a minha mãe também errou, ela devia ter-me dito! Por um lado eu entendo, também não iria gostar de dizer a um filho meu que o pai o abandonou só porque sim.
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Deixa-me amar-te - DESCONTINUADA
Novela JuvenilQuando o amor consegue passar todos os obstáculos, ele foi feito para durar. Quando ele está sempre lá para ela, no melhor e no pior é amor, quando ela melhora por ele também. Uma história com altos e baixos e onde o futuro é incerto mas no fim o a...