A Maldição De Raj

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Ao voltar para o salão do monastério, a garota, viajante do tempo, se deparou com o monge Jehtró andando de um lado para o outro. Inquieto. Rhea estranhou a situação e se aproximou dele para tentar entender o que estava acontecendo :

- Mestre? - Chamou Rhea, atraindo a atenção do monge para ela.

- D'onson!! - Exclamou ele.

- O que o senhor tem? Parece preocupado.

- E estou... Acabei de falar com os outros Monges .

- Sobre o que eu lhe contei, senhor? -Perguntou Rhea. - Não quero parecer intrometida.

- Exatamente... Um informante nosso, um ancião, nos revelou que as coisas são bem piores do que pensávamos. Estamos em desvantagem. Muita desvantagem. Monges de outros monastérios estão também apreensivos, com o desaparecimento de pisiccos e místicos.

- Há outros monastérios que cuidam de nós?

- Sim, temos alguns aliados. Que nos protegem, também. Como o monastério de Kali e o Monastério de Ganesha.

- Muito interessante saber disso. Somos inúmeros, então.

- Mas não lidamos com as forças que Gazu tem do seu lado. Samurais, caçadores, berradores, pisiccos poderosos, feiticeiros... Demônios.

- Realmente é uma desvantagem e tanto, mestre. - Rhea compartilhava da preocupação do monge.

- Não posso botar a vida de meus alunos em perigo. Alguns deles são órfãs, outros são fugitivos. Mas todos
já tiveram muito sofrimento. - disse o monge - Apesar de que uma luta dessas seria inevitável, ainda mais com sua presença aqui. Mas não pensei que seria um massacre.

Rhea sentiu seu coração apertar ao ouvir aquelas palavras.

Sentiu que um pouco seria sua culpa, ou talvez, a coisa toda seria. Ela teria que fazer algo para ajudar, essa era sua prioridade naquele momento.

Imaginou Morelli se machucando, morrendo ou algo assim. Sentiu o peso daquela possibilidade esmagar seus pensamentos, porém uma luz surgiu em sua mente.

Com a ativação dos chakras, Rhea se lembrava com clareza de um fato ocorrido. Apesar de ser algo bem confuso. Era como flashs. Mesmo ela não sabendo o porque daquilo estar tão vivo em sua cabeça.

- Acho que posso ajudar, mestre.

- Como, D'onson? -Perguntou Jehtró, esperançoso.

- A uns meses atrás... Aliás... Quanto tempo faz que estou aqui?

- 5 meses completam hoje - respondeu o monge - Continue!

- Bom, no dia em que Morelli me trouxe para cá, eu conheci um viajante do tempo. Não sei o motivo de tê-lo conhecido mas me recordo de seu rosto e nome.

- Como? No futuro?

- Não. Bom. Sim! Ele é do futuro. Mas viajou ao passado me encontrou em 2008... Mas como eu disse, eu não me recordo o motivo.

- Mas isso é impossível... Vocês estão extintos! - Retrucou o monge. - Como ele te encontrou?

- Não é impossível! - Exclamou Rhea - E se eu te dissesse que ele me contou que havia uma médica, psiquiatra, que formou um projeto só para viajantes do tempo?

- Como é? E o que ela faz com eles?

- Ela os estuda. Eu a conheci quando me diagnosticaram como louca. O nome dela é Donatella Striker. Mora em San Francisco. No ano de 2016 ela abrigara mais de 10 viajantes do tempo em sua pesquisas.

A Filha Do Tempo - A queda de GazuOnde histórias criam vida. Descubra agora