Final

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- Isso responde a todas as suas perguntas, Dr. Striker?

- Como isso tudo pode ser possível, senhorita D'onson ? 

- Você esta me pedindo uma prova, é isso?

- Não me leve a mal .. mas não costumo ouvir histórias como esta em meu consultório. Sendo assim, acho um pouco compreensível essa minha, duvida . - Respondeu Donatella . 

- Me solte . 

- Como é ? 

- Me solte dessa camisa de força e eu te provo que isso tudo é real. 

- Ok . - Disse Donatella , ela desamarrou a camisa de força e então Rhea se levantou da cadeira onde estava sentada . 

- Vamos dar um passeio  - Ela disse estendendo a mão para a Dr. 

Striker a olhou com um pouco de medo, porém pegou na mão de Rhea . Ela sentiu um formigamento em sua cabeça, acabou fechando os olhos de tanta dor que sentiu . Ao escutar um barulho estrondoso, sentiu uma brisa batendo em seu rosto . Ela e Rhea estavam na beira de uma estrada :

- Não é possível ! - Exclamou Donatella, incrédula . Rhea olhava atentamente para um carro que se aproximava ao longe. Dessa vez ela havia conseguido chegar ali antes da morte de seus pais.

- Fique aqui ! - Ela disse , olhando para Donatella que apenas concordou com a cabeça. Rhea foi de encontro ao carro, que diminuía a velocidade quando viu a viajante parada no meio da estrada.

Rhea se aproximou do lado do passageiro e ao olhar para dentro do carro, viu uma mulher grávida e um homem barbudo.

- A estrada está interditada! - Disse Rhea ao homem que dirigia.

- Estávamos indo buscar nosso filho no aeroporto ... - Respondeu a mulher.

- Lamento, terão que voltar. - Respondeu Rhea - Como a estrada está interditada certamente seu filho já foi avisado. Assim que der a companhia do aeroporto deve providenciar um táxi a ele.

- Está bem! - Exclamou a mulher.

- É só dar meia volta e pegar a pista da esquerda e vai ficar tudo bem.

- E quem é você? - Perguntou a mulher, encarando Rhea.

- Trabalho aqui, nos pedágios.

- Ok! Muito obrigado, então. - Respondeu o homem, no volante.

- Agradecemos o aviso. - Concluiu a mulher, sentada no passageiro.

- Não há de que. - Rhea sorria, satisfeita.

O carro atravessou a pista e voltou para trás, a mulher que estava grávida olhava Rhea pela janela como se a conhece-se de algum lugar. A viajante piscou pra ela e fez um sinal para que não falasse nada. O carro seguiu de volta para casa.

Rhea voltou ao encontro de Donatella que ainda estava pasma com o que estava acontecendo. Parecia mais um sonho do que qualquer outra coisa :

- Eu não acredito que isso tudo esta acontecendo.

- Você se acostuma. - Respondeu Rhea, piscando para a psiquiatra.

- Quem são aquelas pessoas no carro?

- Meus pais....

- Não disse que eles haviam falecido num.. acidente... De... Carr.. Ah, meu Deus! Não acredito.

- Estamos em 2004, Doutora Striker. Eu tinha 14 anos. Meus pais estavam indo buscar o meu irmão mais velho no aeroporto.

- O tal Gazu fez uma emboscada, não é?

A Filha Do Tempo - A queda de GazuOnde histórias criam vida. Descubra agora