Capítulo Três

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Lívia Albuquerque

   O trajeto até a casa da Daisy tambem foi feito em silêncio, permaneci imóvel tentando me controlar até ficar sozinha. Adam ficou mergulhado em seus pensamentos, provavelmente se achando um idiota por ter saído com uma garota que tem um filho. Deve ter se sentido humilhado, todas aquelas pessoas o vendo ao meu lado depois do Jean dizer em Alto e bom som que eu sou uma vadia.

  Estava tão absorta em meus pensamento que só notei que estávamos parado quando Adam tocou minha mão. Ele me encarou por alguns segundo e então suspirou saindo do carro, fiz o mesmo que ele mas parei quando ele se virou pra mim.

- Espere no carro Liv. Você está chateada, elas vão querer te interrogar. - Assinto. - Só vou pegar o Charlie, não demoro.

  Entro no carro e espero, menos de cinco minutos depois Adam saiu de dentro da casa com meu bebê nos braços, às palavras absurdas que aquele ser inescrupuloso disse me passam pela cabeça e saio do carro pegando Charlie nos braços. Antes que o Adam diga algo sento no banco de traz do carro e abraço meu pequeno. Ele sorri calmo e põe o bebe conforto no banco da frente com as bolsas em cima.

O vejo acenar pra Daisy que sorri dando tchau junto com Ella. Não tenho forças pra fazer nada além de cheirar o corpinho do meu menino enquanto ele puxa meu cabelo se divertindo. Assim que Adam para na frente a casa da minha família eu desço, puxo a chave de dentro da minha bolsa e fico aliviada ao entrar em casa.

- Vai tomar um banho pra se acalmar Lív, eu vou por o Charlie pra dormir. - Ele diz pondo as coisas na sala.

- Não precisa Adam deve estar cansado, eu me viro. - sorrio agradecida.

- Faço questão. Vem garotão. - Ele pega Charlie que solta um gritinho animado. - Viu, ele quer ficar comigo, vai se arrumar.

- Obrigada, não demoro. - Vou pro meu quarto e Adam segue pro do Charlie.

  Assim que sinto a água quente bater contra o meu corpo sinto ele relaxar, repasso o meu dia todo e penso em como um dia pode ser tão perfeito e tão desastroso ao mesmo tempo. Primeiro a siliconada me tirou do sério, depois a Mia enxerida e pra fechar com chave de ouro o Jean e seu escândalo. Mas, em compensação ganhei beijos desestabilizadores do Adam, saímos pra jantar só nós dois, e tivemos um tempo maravilhoso juntos, muitas risadas e carinho um com o outro.

Saio enrolada em uma toalha e vou pro closet, pego uma camisa longa que sempre uso pra dormir, ponho uma calcinha branca pra não aparecer sobre a camisa, e desisto do sutiã ja que levanto duas vezes na noite pra amamentar o Charlie. Penteio o cabelo e ponho uma pantufa.

  Assim que chego na porta vejo Adam na cadeira de balanço com Charlie nos braços, ele presta atenção nas feições do meu bebê enquanto balança devagar. Charlie obviamente já pegou no sono, e Adam está ali, velando seus sonhos. Ele me olha e sorri, vai até o berço e o ajeita com cuidado. Me abaixo ao lado e dou um beijo em meu bebê, saio puxando Adam depois de ligar a babá eletrônica e o abajur.

Apago a luz e escoro a porta pra não entrar muita claridade do corredor. Descemos a escada lado a lado, Adam ja está sem o terno e a gravata, a camisa tem alguns botões abertos e a manga erguida até o cotovelo. O acompanho até o hall de entrada e abro a porta pra ele.

- Eu sinto muito Adam. - Digo envergonhada. - Deve ter se sentido humilhado e...

- Pode parar! Você mostrou a todos a mulher elegante que é e se portou muito bem. Ficou forte diante daquele... - Ele fecha os olhos irritado.  - Eu fiquei orgulgoso de você. Mas nunca deixe ele te abalar Lívia, ele não merece.

Descobrindo o Amor - Série AMORES Onde histórias criam vida. Descubra agora