Capítulo Onze

10.6K 804 38
                                    

Adam Coleman

O jantar seguiu normalmente, ninguém questionou nossa demora, nem perguntou o assunto que conversamos. Apenas continuaram na mesa em meio a risos e comemorações, eu sinceramente não tinha mais ânimo algum pra estar ali.

As palavras ditas pela Lív me inundaram a mente e tudo que fiz durante o jantar foi sorrir e fingir prestar atenção enquanto na verdade me culpava por nossos problemas. No fim da noite todos nos despedimos e peguei uma carona com a Loren e o Henry.

Passei mais uma noite rolando na cama, sem sono algum, remoia cada palavra dita, os olhos brilhando com lágrimas, a voz embargada, e o jeito sincero como ela disse que me amava. Um grande tolo eu sou.

Ela já deixou de ser menina, tem caráter, é decidida e firme então porque eu me enganei tanto dizendo que não daria certo? "Autosabotagem" pensei. O medo de perde-la foi tão grande que joguei fora a chance de te-la.

Como viver longe dela e o do Charlie? Só cogitar a possibilidade já era uma tortura. Não consigo passar um dia sem ter notícias deles, sem ter certeza de que estão felizes. Preciso dela, do meu filho. Chega de ser covarde, chega de ter medo.

Pego o celular, 04:00hrs, ela deve estar pra levantar, o Charlie sempre mama nesse horário. Sei disso porque ela sempre falava comigo quando eu estava de plantão noturno. Me troco rápido e desço pro estacionamento do meu prédio.

Assim que estaciono em frente a sua casa mando uma mensagem perguntando se ela está acordada

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Assim que estaciono em frente a sua casa mando uma mensagem perguntando se ela está acordada. Ela demora alguns segundos mas logo responde.

- Algum problema Adam?

- Estou aqui embaixo. Pode abrir a porta?

- Está me deixando preocupada, aconteceu alguma coisa?

- Estou te esperando no Jardim...

Ela para de responder, mas logo ouço a porta da frente ser aberta. Engulo seco ao olha-la. Ela está com uma camisola branca de seda e renda que ressalta suas curvas, por cima um  hobby que faz par com a camisola.

Ela abraça o corpo com os próprios braços, graças ao vento frio que bate, os cabelos longos voam livres e ela está com o rosto corado de sono. Sorrio encantado, como pode ser tão perfeita?

Caminho apressado até ela e a abraço, ela fica imóvel por alguns segundos sem compreender a situação, mas logo sinto seus braços rodearem meu pescoço e ela acaricia delicadamente o cabelo da minha nuca. Aspiro seu cheiro e sinto meu corpo relaxar.

Descobrindo o Amor - Série AMORES Onde histórias criam vida. Descubra agora