🐾 Livro 2 - Sequência de CATS - A Sociedade Secreta 🐾
Alice Riedel não se lembra mais dos CATS, tampouco tem seus poderes de bruxa e sem a ameaça dos Hunters, agora poderá viver uma vida normal...
Será mesmo?
Sonhos estranhos tomam conta de sua m...
"Há muito, muito tempo, em uma época que provavelmente é pouco citada, ou até mesmo nunca mencionada, nos livros de história, quando mitos não eram mitos, mas sim verdades, todas as raças e espécies eram possuidoras de um poder sem igual. Esse poder era capaz de mudar a natureza e alterar características químicas e físicas de todos os elementos que existiam e existem até hoje.
Esse poder foi chamado de muitos nomes naquela época e até mesmo anos depois, mas o que perdurou mesmo foi Magia. Essa magia não era especial, visto que todos a possuíam. Animais, plantas, pessoas de todo o globo: todos possuíam magia, que foi nada mais, nada menos, que um presente divino.
Como qualquer outro presente, deveria ser tratado com respeito e cuidado, e assim os animais e plantas fizeram. Infelizmente, alguns seres humanos, descontentes com a situação e acreditando conseguir ganhar mais poder, começaram a roubar a magia das plantas e dos animais.
A magia faz parte da alma, é algo que nasce com os seres. É natural. Sendo assim, quando roubada, extingui a vida de seu antigo portador, mas em nada aumenta o poder de seu novo dono, que já a detém. E, obviamente, mesmo com as explicações dos sábios e as orientações dos deuses, continuaram a buscar o aumento do poder... e dessa vez passaram a roubar de sua própria espécie.
Os deuses não ficaram contentes ao saber o que estavam fazendo e tampouco a natureza ficou. De todas aquelas mortes, frutos da ambição, surgiram as primeiras centelhas da magia maligna chamada hoje de magia negra. Toda e qualquer magia pura que fosse roubada, tornaria-se magia negra e corromperia, pouco a pouco, a pessoa que a roubou.
Esse foi o castigo imposto pela natureza. Já os deuses, optaram por uma punição diferente.
Todos aqueles com os corações corrompidos seriam destituídos da magia para todo o sempre. Ela não seria retirada, mas sim trancada em suas almas. Nunca mais seriam capazes de usá-la, nem eles, nem seus descendentes. Já aqueles com o coração puro, continuariam a conhecer e a possuir aquele magnifico poder, passando-o assim para as gerações seguintes.
A espécie humana foi dividida pela primeira vez: os que tinham magia e os que não tinham.
Aqueles que possuíam esse poder começaram a ser caçados e chamados por diversos nomes, sendo a nomenclatura predominante "Bruxas", para mulheres, e "Feiticeiros", para homens. Isso inicialmente, depois os humanos criaram tantas ramificações que foi criado o masculino de bruxas (bruxos) e o feminino de feiticeiros (feiticeiras). Além de diversos outros nomes.
As bruxas, cansadas de tanto fugir da maldade humana, criaram o Reino de Fortry e receberam como presente da Deusa da Noite, eu mesma, um Amuleto ou Medalhão mágico, extremamente poderoso e a única coisa capaz de abrir o portal entre o reino mágico escondido e o mundo humano.
Foi criada a Irmandade de Salém, mas as bruxas que se recusavam a ir para Fortry, precisavam de algum tipo de apoio que parecesse normal aos olhos humanos, pois os Ninfasmas chamavam muita atenção, e foi assim que os gatos tornaram-se familiares delas. Eram comuns aos olhos alheios e extremamente inteligentes e ágeis."
- Então, inicialmente, os gatos não conseguiam se transformar em gente? - Alice interrompeu Nyx, sem conseguir conter sua língua por muito mais tempo.
- Não. Keith foi o primeiro, e também, por esse motivo, os gatos que o seguem são chamados de CATS. É um diferencial. Não apenas o nome da Sociedade. - Nyx não se importou com a interrupção, gostava do jeito questionador na menina e como seus olhos brilhavam e se arregalavam ao fazer uma pergunta que a interessava muito.
- Então, de certa forma, foram os humanos maus que criaram a magia negra? - Seus olhos observavam o rosto da deusa, atentos.
- De certa forma, sim. É um tipo de poder que corrompe a alma de quem o detém. É como um veneno.
- Lucian e os Hunters... estavam todos sendo corrompidos?
- Lucian continua a ser corrompido e era sobre isso que gostaria de falar com você, Alice.
- Como assim? - A garota empertigou a coluna e se afundou na poltrona em seguida, o coração disparado.
- Você pretende matá-lo. - A deusa disse sem pestanejar e a garota não conseguiu dizer nada. - E é exatamente isso que você deve fazer. Só assim a alma dele será finalmente julgada, limpa e salva.
- Se eu o matar... estarei salvando sua alma? - A expressão indignada dela causou estranheza na deusa.
- Sim.
- Não quero salvá-lo! Por mim, poderia arder para sempre no fogo do inferno!
A raiva nos olhos dela assustou Nyx, que pela primeira vez se permitiu o benefício da dúvida sobre o coração de Alice. Seria mesmo um coração puro? Um coração bom? Estaria ela enganada? A menina não esperou a resposta da deusa, pediu licença e saiu do quarto sem se importar para que lado estava indo.
Nyx suspirou, preocupada com o destino de seus filhos e filhas, mas, principalmente, preocupada com o que o ódio estava fazendo com a alma da garota.
...
Lucian estava em seu esconderijo, recluso em uma das alas subterrâneas que haviam sido abandonadas há tanto tempo, mas que circulavam boa parte do centro da cidade. Estava aliviado por ter encontrado aquela antiga entrada, mesmo em meio aos escombros.
Sentia uma dor forte em seu peito e sabia que isso era fruto do poder que roubou. Ninguém sabia ao certo quanto durava a vida de alguém que estava sendo corrompido pela magia negra, mas ele não temia a morte. Tinha um objetivo muito maior a cumprir.
Vingar-se de Alice, dos CATS e das Bruxas de Salém.
Girou o Anel de Malae nos dedos, observando-o com atenção enquanto tentava ignorar a dor que sentia. Naquele momento não havia ninguém além de Lúcia e os prisioneiros no esconderijo com ele. Se tivesse um treco e morresse, estaria completamente sozinho.
Por sorte (ou chantagem), a velha freira continuaria seu trabalho, mas ele não se deixaria morrer assim tão fácil. Não... se fosse realmente morrer, seria em uma luta. Morreria como um guerreiro Hunter digno. Deixaria seu falecido pai orgulhoso e se encontraria com sua mãe em algum lugar no pós-vida.
Queria muito encontrá-la outra vez, mesmo tendo ideia de que não aprovaria o rumo que a vida dos homens de sua vida tomou após sua morte.
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Heeey CATS!
Postei o capítulo anterior ontem, mas aparentemente ninguém leu ainda. Por que postei esse aqui, então? É um teste para ver se não foi um bug do Wattpad.
