Em um segundo

Capítulo 17 - Uma conversa sincera

Carol estava de malas prontas e prestes a se instalar na casa de Ed, que agora seria sua casa também. Juntou todos os seus pertences sem esquecer do seu mural de fotos que o montou em uma parede no quarto do rapaz, eles escolheram juntos quais fotos iriam colocar, já que agora tinham novas fotos e Melina estava em muitas delas decorando o quadro que começava a escrever um novo capítulo dessa historia de amor.

― Você deveria voltar com seu hobbie. Têm belas fotos aqui.

― Mas na maioria delas você não está, eu quero mesmo fazer novas fotos, mas apenas da nossa família.

― Acho uma ótima ideia. Adoro quando você diz nossa família. - Ele abraça sua amada com carinho.

― Mas é o que somos. Uma família.

― Linda e feliz. – Ed completou beijando Carol.

― Precisamos conversar sobre a ida aos meus pais. - Carolina suspirou olhando nos olhos de seu amado.

― Eles souberam da Melina?

― Sim.

― E não gostaram de saber?

― Não sei, acho que se preocuparam um pouco.

― Com o que?

― Com a mãe verdadeira dela. Eles ficaram com medo dela sair da cadeia e procurar pela gente.

― Isso não vai acontecer, nem os pais dela me procuram. Eles ficaram tão envergonhados que saíram até da cidade. Nem sei mais onde eles estão. Seus pais podem ficar despreocupados quanto a isso, assim que ela sair da cadeia receberá uma ordem de restrição, Doutor Soares já cuidou de tudo antecipadamente. Se ela se aproximar de nós voltará para a cadeia.

― Mas não é para mim que tem que esclarecer isso, eu confio no que você me diz.

― Eu sei, direi tudo aos seus pais, não se preocupe.

― Eles querem conhecer a Melina.

― Então teremos que preparar uma bolsa para ela também. Será a primeira viagem dela de avião.

― Sério?

― Sim. Para onde eu a levaria?

― Sei lá, quando te conheci você viajava tanto.

― Carol, depois que perdemos contato eu só ia de São Paulo para o Rio de Janeiro e nada mais, nunca mais deixei o país, como eu poderia?

― É, não sei.

― Então preciso me preparar para enfrentar meus sogros. Já vi que vai ser difícil, é até bom que a Mel vá que já ajuda, tem foto deles aí?

― Para que?

― Já vou ensinando ela a chamá-los de vovó e vovô.

― Não, pode parar.

― Foi só brincadeira amor, só brincadeirinha.

― Besta! – Carol brincava e Ed mostrava a língua. – Eu te amo.

― Também te amo.

A semana passou num piscar de olhos e a sexta feira havia chegado, eles já estavam com tudo pronto para partir rumo à cidade maravilhosa. O nervoso de Carol era evidente, a moça já não tinha mais unhas para roer.
Durante a viagem Carolina conseguiu se distrair um pouco observando Melina que foi atenta a tudo, ela olhava, apontava e falava da maneira dela, estava extremamente feliz e entusiasmada.

― Amor, ainda tem medo de altura? – Carol perguntou.

― Com você comigo, não tenho medo de nada. E você, está com medo?