Ao descer do avião, Carol se despediu dos amigos que fez durante aquele belo passeio, cumprimentou os guias e foi pegar sua mala, a retirou da esteira sem grandes dificuldades e seguiu para rever seus pais. Quando os viu, ela correu puxando a enorme mala de qualquer maneira e os abraçou forte, ela chorava feito criança, chorava tanto por rever seus pais quanto por estar longe de Ed.
― Minha filha, você está tão linda! – A mãe lhe falava. – Parece que não te vejo faz anos, senti tantas saudades.
― Também senti saudades de vocês, vamos, temos muita coisa para conversar e muitos presentes para entregar.
― Sim, mas antes precisamos passar em um lugar e pegar uma encomenda do seu pai. Essa empresa de entregas está indo de mal a pior, não entregaram em nossa casa, temos que ir até uma agência fazer a retirada.
― Tudo bem, eu aguento. – Ela disse em tom de brincadeira.
Seguiram até um bairro próximo a onde eles moravam, saíram todos do carro e Carol segurou sua bolsa de mão, estavam prestes a atravessarem a rua quando duas pessoas passaram em uma moto e pararam para assaltar a família.
― Perdeu! Fiquem quietos, mocinha pode passar a bolsa.
― Não eu...
― Filha, entregue a eles! – O pai disse aflito.
― Mas aqui está o.... – E o ladrão puxou a bolsa dela, a de sua mãe e saiu a toda em sua moto, Carol acabou machucando a mão, pois fazia força para não entregar sua bolsa, ela se desesperou, viu todos os contatos de Ed irem embora com muita facilidade e rapidez, não havia nem mesmo reparado na arma que tinha apontada para si, nem na cara do bandido, ela só pensava em Edward e chorava copiosamente, nem dor nas mãos ela sentia.
Enquanto isso em São Paulo, Edward reclamava com a agência de viagem e com a companhia aérea, estava no aeroporto fazia duas horas e nada de acharem sua mala. Ele só pensava em como encontrar Carol sem os contatos dela. Tudo o que ele sabia era que ela morava no Rio de Janeiro, nem o bairro que era ele sabia. Tinha apenas sua mochila e nela não havia nada que pudesse encontrar Carol, sua esperança era que a garota entrasse em contato com ele. No fim, a esperança de um se completava na do outro, mas como iriam se encontrar se uma não tinha mais o contato do outro?
***
Os dias passavam, Ambos retornaram às suas rotinas habituais, mas nenhum teve notícia alguma do outro, Carol chorava todas as noites e Ed chorava da mesma forma, ambos pelo mesmo motivo, se sentiam burros e culpados por terem perdido os contatos um do outro. Eles tentaram se achar pela internet, mas por incrível que possa parecer não conseguiram encontrar nada, pareciam até que eles nem existiam para o mundo virtual, Carol tentou o quanto pôde buscar por Ed em redes sociais e ele por sua vez tentou buscar por ela, mas nem um, nem outro obteve sucesso. Tanto ele, quanto ela, faziam os mesmos passos para tentar se encontrarem. Carol foi até a agência de viagem, mas como toda informação era sigilosa não conseguiu nada, Edward ligou para a agência e tudo se tornou difícil quando percebeu que eles eram menores de idade e o processo de viagem havia sido tratado pelos pais e mais uma vez o atendente informava que a informação que ele queria era sigilosa.
Carol, em uma medida desesperada, tentou escrever para rádios, enviava fotos dele para que pudessem divulgar pelas redes sociais, mas nada fez efeito.
As semanas passavam e com elas os meses, Carol já possuía uma rede de contatos enorme em São Paulo, fez grandes amizades e sempre que podia estava lá na casa de uma amiga.Gabriele recebia Carol em São Paulo sempre que a garota precisava, entendia o desespero da menina e queria ajuda-la a encontrar Ed. Mas era difícil, pois a Cidade era muito grande. Já Edward sempre que possível estava no Rio de Janeiro, na casa de sua mãe, rodava por todos os cantos do lugar, mas não encontrava nada. Até mesmo detetive particular ele contratou para encontrá-la, mas não parecia surtir efeito, Carolina se tornou mesmo o inalcançável e parecia que tinha sido uma contrução de sua mente e seu coração, tamanha dificuldade que era encontrá-la.
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Em um segundo
RomansaO amor às vezes pode chegar de repente, quando nem ao menos se espera por ele e para Carolina foi assim. Em uma viagem pela Europa ela conhece, Edward, aquele que se transforma de mais um passageiro nesse passeio para ser o amor de sua vida. Os doi...