Capítulo 9 - Uma nova etapa

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Finalmente Carol se formava no ensino médio, o tempo passou e assim como ela previu sua entrada na USP foi certa e ela passou até que muito bem, ficou em quarto lugar para o curso de Turismo e correu para contar a José a novidade.

― Olha! Acho que será a nossa última consulta. – Ela mostrava a folha que trazia seu nome e o resultado.

― Nossa, parabéns, quarto lugar. Seus pais ficaram felizes?

― Eles não sabem. – Carol murmurou.

― E por que não?

― Ainda não contei, estou esperando o momento certo.

― E quando será isso?

― Quando eu já estiver partindo...?

― Não acredito. Não vou falar isso como seu Psicólogo, mas sim como seu amigo. Seus pais te amam e só têm a você de filha, acha que eles irão reagir bem quanto a isso? Se coloca um pouco no lugar deles. Você está sendo um pouco egoísta passando por cima do sentimento de pessoas que te amam para conseguir o que quer.

― Eu não vou deixar de amá-los e muito menos de ser filha deles indo morar em São Paulo.

― Claro que não, o caso não é esse, o acaso é que você está deixando para contar tudo em cima da hora, eles precisam de um tempo para se acostumarem com a ideia. Saindo daqui você vai contar a eles.

― Tudo bem. Você está pior que meu pai.

― Pronto, agora voltarei a ser seu Psicólogo.

― Que bom. – Carol resmungou.

― Seção encerrada, pode ir, está liberada, semana que vem te aguardo.

― Só isso? – Ela reclamava.

― Por hoje sim.

― Ainda temos 40 minutos.

― Não temos mais. – José passou o dedo pelo ponteiro do relógio sobre sua mesa o adiantando. – Viu? Já deu a sua hora. Até semana que vem. – Ele se segurava para não rir da expressão que a menina fazia, ela saiu batendo o pé, resmungando e foi direto para casa.

― Oi filha, chegou cedo. – Maria cumprimentava Carol. – Não teve consulta hoje?

― Sim eu tive, mas José me liberou mais cedo. Papai está em casa?

― Sim, está no banheiro.

― Tudo bem, preciso conversar com vocês.

― Aconteceu alguma coisa? Você está bem?

― Estou bem mãe, não é nada grave. Foi só uma coisa que aconteceu. – Osvaldo não demorou a aparecer, todos estavam na sala de estar do apartamento em que viviam.

― Osvaldo, Carol quer conversar com a gente.

― Tudo bem, o que aconteceu?

― Pai, mãe eu não consegui pontuação suficiente no ENEM para ingressar nas faculdade do Rio, mas consegui o suficiente para a USP a Universidade de São Paulo.

― Eu sei o que significa USP. – Osvaldo disse lentamente. – Mas não entendo o que isso significa pra mim, ou mesmo pra você.

― Eu vou morar em São Paulo.

― Isso está fora de questão. – Osvaldo disse.

― Pai, não vou perder um ano de estudo por que o senhor quer que eu fique aqui.

― Carolina, conte a verdade, eu te conheço, você conseguiu pontuação para a USP e essa pontuação não foi suficiente para nenhuma favuldade do Rio de Janeiro?! Não me tire como idiota! – Maria acompanhava tudo sem expressar uma só palavra.

Em um segundoOnde histórias criam vida. Descubra agora