Finalmente Carol se formava no ensino médio, o tempo passou e assim como ela previu sua entrada na USP foi certa e ela passou até que muito bem, ficou em quarto lugar para o curso de Turismo e correu para contar a José a novidade.
― Olha! Acho que será a nossa última consulta. – Ela mostrava a folha que trazia seu nome e o resultado.
― Nossa, parabéns, quarto lugar. Seus pais ficaram felizes?
― Eles não sabem. – Carol murmurou.
― E por que não?
― Ainda não contei, estou esperando o momento certo.
― E quando será isso?
― Quando eu já estiver partindo...?
― Não acredito. Não vou falar isso como seu Psicólogo, mas sim como seu amigo. Seus pais te amam e só têm a você de filha, acha que eles irão reagir bem quanto a isso? Se coloca um pouco no lugar deles. Você está sendo um pouco egoísta passando por cima do sentimento de pessoas que te amam para conseguir o que quer.
― Eu não vou deixar de amá-los e muito menos de ser filha deles indo morar em São Paulo.
― Claro que não, o caso não é esse, o acaso é que você está deixando para contar tudo em cima da hora, eles precisam de um tempo para se acostumarem com a ideia. Saindo daqui você vai contar a eles.
― Tudo bem. Você está pior que meu pai.
― Pronto, agora voltarei a ser seu Psicólogo.
― Que bom. – Carol resmungou.
― Seção encerrada, pode ir, está liberada, semana que vem te aguardo.
― Só isso? – Ela reclamava.
― Por hoje sim.
― Ainda temos 40 minutos.
― Não temos mais. – José passou o dedo pelo ponteiro do relógio sobre sua mesa o adiantando. – Viu? Já deu a sua hora. Até semana que vem. – Ele se segurava para não rir da expressão que a menina fazia, ela saiu batendo o pé, resmungando e foi direto para casa.
― Oi filha, chegou cedo. – Maria cumprimentava Carol. – Não teve consulta hoje?
― Sim eu tive, mas José me liberou mais cedo. Papai está em casa?
― Sim, está no banheiro.
― Tudo bem, preciso conversar com vocês.
― Aconteceu alguma coisa? Você está bem?
― Estou bem mãe, não é nada grave. Foi só uma coisa que aconteceu. – Osvaldo não demorou a aparecer, todos estavam na sala de estar do apartamento em que viviam.
― Osvaldo, Carol quer conversar com a gente.
― Tudo bem, o que aconteceu?
― Pai, mãe eu não consegui pontuação suficiente no ENEM para ingressar nas faculdade do Rio, mas consegui o suficiente para a USP a Universidade de São Paulo.
― Eu sei o que significa USP. – Osvaldo disse lentamente. – Mas não entendo o que isso significa pra mim, ou mesmo pra você.
― Eu vou morar em São Paulo.
― Isso está fora de questão. – Osvaldo disse.
― Pai, não vou perder um ano de estudo por que o senhor quer que eu fique aqui.
― Carolina, conte a verdade, eu te conheço, você conseguiu pontuação para a USP e essa pontuação não foi suficiente para nenhuma favuldade do Rio de Janeiro?! Não me tire como idiota! – Maria acompanhava tudo sem expressar uma só palavra.
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Em um segundo
RomanceO amor às vezes pode chegar de repente, quando nem ao menos se espera por ele e para Carolina foi assim. Em uma viagem pela Europa ela conhece, Edward, aquele que se transforma de mais um passageiro nesse passeio para ser o amor de sua vida. Os doi...