Capítulo 39 - Nem o tempo vai apagar o que sinto por você

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Ed segurava o bebê em seus braços, sem saber que era seu filho, a desconfiança batia à porta com força, porém esperava por uma confirmação daquela que era e sempre seria seu eterno amor.

― Nem sei o que te dizer. – Ed falou lentamente. – Não sei se te agradeço por tudo, se fico com raiva por não ter me contado nada, ou se te agarro aqui mesmo para te beijar. ― Carol sorriu vendo o brilho no olhar de Ed, aqiele brilho que ela tanto sentiu falta. ― Mas a única certeza é que estou feliz que esteja bem e que estejamos sozinhos aqui. – Ed se aproximou a passos lentos de Carol e lhe entregou o bebê. – Quando procurei Gabriele eu já estava desconfiado de algumas coisas, Mel tinha acabado de me contar que você disse a ela antes de partir que a amava e que não importava o que dissessem a ela, você sempre seria mãe dela. Me perguntei por que você diria isso a ela e a mim disse algo contrário? Você nunca mentiria para Melina, mas mentiria para mim, para me manter afastado. Só não entendia o porquê de me querer longe e apenas alguém que fosse muito próximo à você poderia me contar a verdade. Por isso fui atrás da Gabi. Confesso que senti tanto ódio quando Rubens me contou que você e Roger estavam juntos e teriam um bebê, eu sofri o inferno, mas ainda assim era impossível te esquecer ou apagar o sentimento do meu peito, dentro de mim sempre tinha algo me dizendo que você seria minha novamente. Foi difícil segurar a barra da sua ausência para a Mel, mas ela tinha total certeza que você voltaria, porque você disse isso a ela, só não disse quando. Como nossa princesinha esperou para te ver de novo, como ansiou pelo dia de hoje. Obviamente que ela não sabia de nada do que armamos aqui hoje  tudo foi uma grande surpresa para ela, assim como foi para você. Eu estava tão nervoso quando te vi naquela igreja, tanto quanto da primeira vez que te vi naquele avião, ou quando te beijei pela primeira vez e me sinto do mesmo jeito agora. – Ed olhou Carolina, os olhos dele exalavam o amor intenso que sentia pela mulher. – Eu te amo tanto, estar assim tão perto de você parece até um sonho. – Ed diminuiu a distância entre eles e a beijou. – Não dá para ficar longe de você Ca-Carolina, então, por favor não faz mais isso.

― Não quero mais ficar longe, não foi nada fácil para mim também. Quando Joana me ameaçou eu achei que fosse blefe, mas ela me provou que de fato seguia você e a Mel e me contou que foi ela quem mandou me atropelar, sem se importar com Melina e eu fiquei desesperada. Não podia contar nada a você, todos estariam mais seguros se eu não estivesse por perto, ela não faria nada com vocês se eu não estivesse aqui. Por isso eu fui embora. Roger me ajudou tanto. Ele até mesmo aceitou que Carmem o odiasse quando descobrisse que estávamos juntos.

― Vocês estão mesmo juntos? Porque eu vi vocês se beijarem.

― Não estamos, mas para as outras pessoas nós tínhamos que parecer estar, principalmente para Joana. Era tudo encenação. – Carol respondeu. – O pequeno Ed começava a chorar. – Acho que ele ainda tem fome.

― Sabe que eu nem consegui olhar para o seu bebê direito. – Ed dizia com uma ponta de ciúmes. – Qual o nome dele? – Perguntou olhando atentamente para o bebê que esperneava no colo da mãe.

― O mesmo nome do pai. – Carol olhou para Ed. – O nome dele é Edward. Finalmente o rapaz sorriu, tendo a certeza que tanto buscava, seu coração batia com força e seu corpo que antes estava gelado pelo nervosismo se aqueceu.

― Eu sabia que ele era meu filho, eu tinha certeza disso. – Ed puxou Carol junto com o bebê e os abraçou. – Eu te amo Ca-Carolina, você e nosso filho. – Ed e Carol choravam emocionados.

― Nós também te amamos.

― Então, vai ficar comigo para sempre?

― Sim, para sempre.

Ed permaneceu naquela sala cheia de presentes com Carol e seu filho, até que o bebê estivesse saciado de sua fome. Com cuidado, Carol entregou o menino ao pai que sorria feliz.

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