Capítulo 8 - Descobrindo um meio de te rever

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Depois de alguns dias, já instalado em sua nova e pequena casa, Ed já havia se apresentado e cursava os primeiros dias do curso de Relações Internacionais, voltava de uma manhã de aulas quando recebeu a ligação de Soares pedindo que fosse até seu escritório, Edward seguiu para lá o mais rápido que pôde. Assim que chegou, a secretária pediu que aguardasse alguns instantes, pois logo Soares chegaria e não demorou para isso acontecer.

― Olá rapaz.

― Olá Dr. Soares.

― Por favor, me acompanhe.

― Obrigado. – Ed disse o seguindo.

― Por favor, sente-se. – Ed sentou-se. – Então, conversei com meu filho e algumas outras pessoas que estavam na festa, a história de todos bate com a sua, Rubens se lembra bem do ocorrido, ele ia te levar para casa, mas parece que essa moça, Joana. – Soares olhou em um papel que estava em suas mãos, Ed assentiu. – Ela disse que levaria você, pois a casa dela era caminho para a sua e que Rubens também havia bebido e não seria nada bom ele dirigir, principalmente para uma rota diferente da que ele iria, então Rubens decidiu pegar um táxi e deixou que a moça levasse você para casa, meu filho não sabia sobre isso que aconteceu contigo e ficou perplexo, assim como os outros com quem conversei que confirmaram a versão de Rubens e, consequentemente, a sua. Essa moça, de fato, abusou de você em um momento que se encontrava inconsciente, e pela lei isso é considerado estupro. Eu já fiz o processo e iremos entrar contra essa moça, ela será notificada e terá de responder por isso. Mas antes preciso do seu consentimento e gostaria que informasse sua família sobre isso.

― Sim, claro que sim Dr. Soares.

― Vou deixar uma cópia para que leia, mostre a seu pai, converse com ele e decidam o que desejam fazer, mas não demore muito ou tudo isso perderá a validade.

― Muito obrigado Dr. Soares, irei agora procurar meu pai.

Ed saiu dali e correu até a empresa na qual seu pai trabalhava. Ronald era um homem ocupado, estava ausente na maioria das vezes, mas quando se tratava de ajudar o filho ou protege-lo ele nunca o abandonou, nem mesmo sua mãe Carmem.

― O que aconteceu, meu filho? – Ronald perguntava. – Você não é de vir aqui à toa.

― Desculpe te atrapalhar.

― Não diga isso, você nunca atrapalha.

― Estou com um problema. E dos grandes. – Ed contou tudo a seu pai que ouviu calado e no fim estava perplexo.

― Por que não me contou isso antes? Por que não me pediu ajuda?

― Não sei, não queria te preocupar e você nunca está em casa. Dr. Soares está resolvendo tudo para mim, ele quer processar Joana por estupro.

― Entendo, mas você deseja isso?

― Sim! Ela se aproveitou de um momento meu em que eu estava inconsciente. Nunca em sã consciência eu dormiria com ela. Todos sabem disso.

― Mas e a família dessa moça?

― Não estou nem aí para eles. Se foram capazes de criar uma víbora como essa, são péssimas pessoas.

― Não diga isso, meu filho. Essa família pode nem saber que a filha é desse jeito. Mas se você está certo do que quer, eu o apoio. Vou ligar para Soares e ver a situação como está legalmente falando, não se preocupe, agora eu estarei à frente disso, irei resolver.

― Pai, por favor, eu não vim aqui para isso, eu vim apenas para lhe comunicar como pretendo agir, quero fazer as coisas do meu jeito, vou processar essa garota, denunciá-la e se essa criança for minha, eu irei cuidar dela e sozinho. Já sou adulto para arcar com as consequências dos meus atos.

Em um segundoOnde histórias criam vida. Descubra agora