Capítulo Vll

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Abro meus olhos lentamente e pela persiana percebo que já amanheceu. Kitty está do meu lado, toda esticada, dormindo como se não houvesse amanhã. Tento dormir de novo, mas sem sucesso. Vou no banheiro com cuidado para não cair, já que não estou completamente acordada, apenas de olhos abertos.

Jogo uma água no rosto e finalmente volto a vida, por assim dizer.

Pego Kitty e a coloco no chão, e ela mia, desaprovando minha atitude.

- Mamãe precisa arrumar a cama, meu amor - digo, afagando sua cabeça.

Arrumo minha cama e preciso resistir a tentação de não voltar pra ela. Caminho em direção a cozinha e me lembro que joguei meu bolo fora ontem. Esqueci completamente que não tinha mais nada em casa. Melhor ir na padaria, não quero desperdiçar ingredientes nas minhas receitas-desastre hoje.

Troco de roupa rapidamente e saio a caça da minha bolsa. Felizmente a encontro logo, jogada na alça da cadeira. Procuro verificar se as janelas estão fechadas, mas me lembro que ontem nem as abri, então deixo de me preocupar.

Caminho lentamente pelos corredores, e me lembro do meu novo vizinho, e de seu jeito tão diferente e ao mesmo tempo tão legal. Não o vejo a mais ou menos dois meses. Desço as escadas, indo em direção à garagem. Procuro meu carro entre os que estão estacionados e logo o acho, estacionado à direita.

Observo o sol brilhante refletindo no verde das árvores logo de manhã enquanto dirijo. Amo morar em Seattle. Nunca me incomodei de morar em uma avenida movimentada. Na verdade, acho que o barulho que os carros fazem chega a me acalmar. A noite, gosto de observar as lanternas vermelhas dos carros iluminando a escuridão, enquanto a brisa bate suavemente no meu rosto. Me traz uma paz incrível.

Chego até a padaria e sinto um aperto no estômago ao sentir o delicioso aroma vindo dos bolos e pães que acabaram de sair do forno. Peço um bolo de chocolate que estava com uma cara ótima, alguns pães de queijo e mais uma rosca de leite condensado. É mais que o suficiente, mas melhor sobrar do que eu ter que vir aqui depois de novo.

Vou até o caixa pra pagar e acabo enfrentando uma fila de pessoas preguiçosas que pensaram assim como eu hoje.

5 minutos depois saio da padaria e volto para casa, já não aguentando mais de fome.

Ao chegar no prédio subo as escadas quase correndo e entro em meu apartamento. Faço um café rapidamente e finalmente mato quem estava me matando. Como todos os pães de queijo e pego um pedaço generoso da rosca. A maioria das pessoas ficam bobas ao me ver comer, se perguntando como eu como tanto e não engordo. Isso nem eu explico, só sei que é um privilégio!

Termino meu café e vou lavar a louça. Enquanto lavo Kitty fica ao meu lado, observando meus movimentos. Ela me lança um olhar de misericórdia e derrete meu coração, mal estou tendo tempo pra ela esses dias. Seco o restante da louça e a pego no colo, levando-a para o sofá.

- Que gatinha mais preguiçosa essa que arrumei, hein?? - digo enquanto passo a mão nela até ela adormecer.

Celine me mandou uma mensagem. O casamento está marcado para daqui 3 meses.

Estou impressionada com sua gravidez. Ela quase não teve nenhum sintoma após as primeiras semanas. Ela está de 12 semanas agora, já iniciei a contagem regressiva. Vou ser madrinha de casamento e madrinha da criança, que a propósito ainda não nos permitiu ver se é menino ou menina. Idependentemente, é tímida. Disso sabemos.

Se as estrelas falassem (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora