Capítulo XIV

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A campainha toca e nem preciso olhar pelo olho mágico para saber que é Michael. Abro a porta e o chamo para entrar. 

- Agora já posso saber aonde vamos? - pergunto, fazendo uma careta de impaciência.

- Sinto muito em informar que a senhorita só vai saber quando chegar - ele responde, rindo, de um modo superior.

Dou um suspiro, e visto minha blusa de frio. Pego minha bolsa e saímos do prédio no carro dele, um Honda Civic do ano. Não paro de pensar um segundo sequer em nosso destino. Ficamos em um silêncio confortável por todo o percurso e, após uns... 15 minutos chegamos. Observo o lugar ao meu redor, e me pergunto qual o motivo de Michael me trazer aqui. Estamos simplesmente no meio do nada, e pensamentos ruins começam a passar pela minha cabeça. Meu Deus, e se Michael não tiver boas intenções?

- Grace, pela sua expressão já posso até imaginar o que você está pensando - Droga, nunca consigo esconder minhas emoções! - Relaxa tá, não sou do mal não - ele ri, e eu me junto a ele.

- Vem comigo - ele diz enquanto pega uma bolsa e começa a caminhar pela clareira, e vou atrás dele. Andamos lado a lado novamente em silêncio. Entramos em uma.. floresta? O que Michael está aprontando? 

- Tá curiosa né? - Michael pergunta, quebrando o silêncio. 

Sorrio e respondo que sim. 

- Estamos quase chegando.

Pouco tempo depois avisto outra clareira, e em uma das árvores próximas, uma casinha de madeira, grande o suficiente para caber duas pessoas. Michael se aproxima da escada que leva até a casa e começa a subi-la, e eu repito suas ações. O interior da casa é quase do mesmo modo que o de fora, porém pintado, e com algumas almofadas jogadas ao canto da parede. Ele pega uma das almofadas e se senta, estendendo uma almofada para mim. Me sento ao seu lado, e já pergunto:

- Amei o local, mas... por que você me trouxe aqui?

Percebo Michael corar um pouco antes de responder.

- Achei esse lugar semana passada, e me surpreendi com a vista - ele aponta pra cima, e olho na direção que ele me mostra.

Também me surpreendo ao ver um céu maravilhosamente estrelado se estendendo sobre nós.

- É lindo! 

- Pois é, maravilhoso... - Ele tira sua câmera da bolsa e tira algumas fotos, me mostrando o resultado. Ele realmente tira fotos perfeitas.

- Grace, posso te fazer um pergunta? 

Se as estrelas falassem (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora