Thomas abri a porta de casa, Ravi estar assistindo, mamãe faz o jantar em silêncio diferente da maioria das vezes não há barulho ,e sim um silêncio incômodo, algo novo na nossa família que mal consegue ouvi os próprios pensamentos com tantas conversas ou gritos de papai enquanto joga cartas com um dos meus irmão quando decidem ficar em casa.
—Mamãe — ela se vira para porta junto com ravi, seus olhos se arregala, enquanto ela fica paralisada como se não estivesse no próprio corpo, Ravi pula só sofá me abraçando.
Ele fica com as mãos em volta de mim por um bom tempo como se tivesse com medo de me largar e eu sumir e se afasta me olhando, seus olhos verdes e cabelos louros parecem mais claros, e ele aparenta está mais alto ,e como se eu tivesse passado anos longe de casa, mas sei que são coisas da minha mente, passei três meses longe de qualquer pessoa que me conhecesse, como se tivesse sumido no mapa, a menos por um pequeno erro.
Seus olhos ficam lacrimejados, ele me puxa para mais um abraço, enquanto mamãe se aproxima aos poucos, passando as mãos pelo meu cabelo e rosto, as lágrimas já invadiram seu rosto quando ela chama papai .
Ele aparece na escadas e diferentes dos dois não vem me abraçar, ele me direciona o pior olhar de decepção que já vi, pior até mesmo que o de Michael, vejo um vestígio felicidade no seu rosto mas é coberta por sua decepção, agradeço por ter dado tempo de trocar de roupa, não sei se sua reação seria tão boa se me visse com aqueles trajes, e isso eu não suportaria.—Ela voltou —mamãe fala olhando para papai, ele faz um gesto com a cabeça.
—Tome um banho e conversaremos —Ele fala subindo as escadas .
Tinha ideia de como seria a reação de papai ,não esperava que ele me acolhesse como se eu não tivesse feito nada ,ele não é esse tipo de pai que ignora o que os filhos fazem ,sei que terei consequências e preciso saber como encarar, mereço castigo, assim como mereço seu olhar, foram minhas escolhas que me trouxeram até aqui, o que não me surpreende muito ,escolhas não são o meu forte, desde de minhas roupas como até a quem entregar a merda do coração.
—Você está bem ferrada — ravi fala sorrindo ,começo a rir e o abraço de novo—como pude sentir falta sua?
—Não sei ,mas eu quase morria de saudades sua.
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passado:Volto as primeira noite que Tyler invadiu meu quarto, estava deitada quando ouvir algo sendo quebrada, era a trava da minha janela e lá estava ele dentro do meu quarto com um pote de sorvete.
—invasão de propriedade é crime— ele me olhava com ar de superioridade, como se tivesse o direito ao invadir meu quarto como um ladrão ,aquilo já tinha ficado possessivo, mas por mais que tentasse me convencer que odiava aquilo, não odiava nada, ele não era o primeiro menino que tinha olhado para mim, mas era o primeiro que tinha feito algo arriscado, e não era um babaca que mal sabia escrever o nome mas de alguma forma tinha chegado ao ensino fundamental e Deus sabe como passou para o médio, não que eu tivesse tido uma conversa intelectual para saber disso, apenas sabia.
—Sabia que várias coisas que faço é crime ,e nem por isso deixo de fazer —revirei os olhos, as vezes aquele jeito dele me tirava do sério.
Ele sentou do meu lado me entregando uma colhe.
—Sabia que não me interesso por garotos que passou a juventude em reformatórios—ele inclinou a cabeça para trás rindo.
—Nunca fui para um reformatório...
—Cadeia?—Ele se aproximou do meu rosto.
—Talvez—aproximei meu rosto da orelha dele em um súbito momento de coragem .
—Talvez meu irmão seja policial —ele encostou os lábios nos meu.
—Ah, não será um problema para nós —afastei o rosto, naqueles dias meu pensamento sobre me envolver com um garoto que invadia meu quarto era bem rigoroso.
—Não para um de nós —ele abriu o pote de sorvete e levou uma colherada a boca.
—Será que é só impressão minha ou você estar já para me expulsar? —inclinei a cabeça para o lado.
—Eu estou fazendo isso desde quando você entrou aqui!—Ele me olha fingindo espanto.
—Puta merda! Para onde se foi a hospitalidade?—Ele pergunta.
—Não sei ,porém não se encontra nessa quarto—os lábios dele formou uma linha retesada.
—Ainda bem que sempre persistir nas minhas batalhas—ele disse.
—Algumas não valem o tempo—Ele me olhou franzido o cenho
— Caso não tenha percebido você se ofendeu — comecei a rir .
—Pode ficar ,mas não é bem vindo.
Naquela noite quase me esqueci que odiava aquele tipo de garoto, mas isso só aconteceu no segundo dia ,e no terceiro eu mesma deixava a janela aberta , no quarto o esperei acordada ,e no quinto tentei me convencer que ainda o odiava ,porém foi no sexto que me apaixonei pelo garoto que era uma péssima ideia.
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Se for?Será?Nada!
Novela JuvenilEntre tudo que ocorreu desde quando o conheci até o momento do fim , não poderia dizer o que mais me abalou ou me tirou da minha órbita natural ,talvez tenha sido o sorriso dele ,ou aquele cabelos na altura dos ombros ,e aquele estilo que até mesmo...