A casa está silenciosa, meus pais foram tentar arrumar um caminhão de mudança enquanto Ravi deve está com alguma amiguinha dele, e os outros sempre somem, voltam para suas casas e cidades.
Sinto falta de quando todo mundo morava junto, é uma casa pequena, na maioria das vezes dava briga para usar o banheiro porém no final acabava com um descendo as escadas nas costas do outro enquanto philip imitava o sotaque brasileiro de mamãe a tirando do sério e a deixando pronta para o arrancar os cabelos, já Remod era um dos favoritos de papai , passavam um tempão na garagem consertado bicicletas dos meninos da nossa rua, eles eram tipo os super heróis da vizinhança,e eu tinha todo mundo perto.
Escuto a porta sendo aberta, desço as escadas para ver se é tia brigite mais uma vez para conferir se não fui embora, escutei ela falando para mamãe que não seria bom me deixar sozinha por um tempo, deveria ter uma babá o que é uma graça já que nunca precisei disso.
Paro nas escadas, é Graieh, ele é gêmeo de philip, e tem o mesmos cabelos louros na altura dos ombros e mesmo físico de homens que cortam lenha todos os dias, faz dois anos que não vejo ele, e mesmo assim ele ainda é o mesmo, meu irmão mais velho que me fazia assistir filme de terror e depois me deixava ficar no quarto dele.
Ele joga uma mochila encima do sofá e só fica me olhando, não diz nada , não faz nada.
-Papai me ligou e se não me engano era uma noite de sexta, estava em um bar com mais seis amigos e tenho certeza que sair de lá sem falar uma palavra, a minha irmã estava sumida, ela fugiu , esperaram dois meses para me ligar!-ele fala entre os dentes.
-É o que acontece quando se viaja para outro continente -falo dando de ombros.
-Sou seu irmão, deveriam ter me ligado assim que você sumiu-ele fala e posso ver que está magoado.
-Isso não importa, estou em casa agora -digo virando para subir outra vez a escada.
-Seja lá qual motivo você tinha para fugir, e se eu incentivei isso de alguma forma, quero dizer que teria desistido de ir se isso fizesse você está em casa protegida, garanto.
-Não acredito, não acredito em nada que venha se você .
-Marjorie, ainda sou eu.
-Se ainda é você, bem ,não o conheço.
Como disse graieh saiu em um mochilão, quando eu estava para a escola e o mínimo que ele me deixou foi um recado dizendo que odiava despedidas, mas todos se despediram dele, menos eu, eu pensava que quando voltasse da escola ele ainda estaria ali, e que me perguntaria como foi o dia, mas no lugar tinha um pedaço de papel amassado grudado na geladeira, sem nem um até logo, só um " odeio despedidas ".
-Só queria te proteger, você precisa acreditar-diz ele se aproximando um pouco mais .
-Eu acredito.
-não me despedi porque quando você me pedisse para ficar, eu ficaria.
-Eu tinha o direito de te dizer tchau.
-Será que pode pelo menos tentar me desculpar...
-Estou tentando.
Digo subindo as escadas e entrando para meu quarto.
É bom vê-lo, senti falta dele por tanto tempo e agora não sei como me sinto em tê-lo de volta mais sei que é bom vê-lo, mesmo que não tenhamos dado um abraço , e que nossa conversa não tenha sido a melhor , ele é meu irmão, queria poder passar por isso disso .
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Sei que graieh saiu a cinco minutos, por isso quando escuto a porta da frenge sendo sendo aberta pego uma faca indo em direção.
Remod aparece na porta e olha de mim para a faca, que largo na bancada respirando fundo, wle se encista na parede da cozinha como se não fizesse anos que ele não entra nessa casa.- Meu Deus, usa a campainha -falo indo em direção a ele eo abraçando, sinto seu corpo ficar tenso mais relaxar depois de alguns segundos me abraçando de volta.
-Está bem? - sei que remod sabe de Tyler, ele sabe que era com quem eu estava, assim como sei que se Tyler aparecer na frente dele mais um vez ele não vai mais fazer parte desse mundo.
-Como nunca estive -falo me afastando dele e dando um sorriso para ele - o que trás aqui?
-Você -ele diz -queria ver também se sabe onde aquele bostinha está.
Sei de quem ele está falando, viro ficando de costas para ele e segurando a bancada.
-Não faço idéia - ele vem até mim virando meu rosto e me forçando a olhar para ele, depois agarra meu braço olhando para os machucados whe começam a citratizarem.
-O que ele fez com você? -não desvio o olhar mas não respondo a pergunta, não poderia chegar nem perto de descrever o que ele fez comigo , ele balança a cabeça incrédulo se afastando um pouco -quando eu o encontrar, por que eu vou encontrar aquele miserável, ele está morto.
ele diz indo em direção a porta.
-É bom ver você também - ele para virando para mim .
-Senti saudade - ele diz depois saindo, encosto minha cabeça sobre a ilha ficando assim até me acalmar.
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Se for?Será?Nada!
Teen FictionEntre tudo que ocorreu desde quando o conheci até o momento do fim , não poderia dizer o que mais me abalou ou me tirou da minha órbita natural ,talvez tenha sido o sorriso dele ,ou aquele cabelos na altura dos ombros ,e aquele estilo que até mesmo...