redoma

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    Cooper não atendia  o celular desde o final de semana, e nem um sms ele respondia, mas tudo bem ele está  ocupado entendia isso é  claro  que tentava respeita, os amigos devem fazer isso para manter amizades , mas  não pensei que quando estivéssemos  cara a cara  ele agiria como se fôssemos estranhos, ainda  mais quando tentei ficar ao lado dele, o que é muito idiota já que todos tem muita razão de querer o mandar para uma escola militar o mais longe do condado de Flórida.

   A gente se viu no final de semana , ele estava bem e nós estávamos  bem, e agora estou tão aborrecida com  ele , sou eu! A melhor amiga dele , a  irmã dele, meu Deus o que preciso fazer para o lembrar?

    Se ele fosse para a escola militar é   claro que toda minha vida ia mudar e eu o veria pouco, muito pouco , ele se revoltaria e o que agora é um problema pequeno ia se tornar gigante, ele não ia melhorar como todos esperam, mas aconteceria o contrário o conheço bem demais para saber disso.
     
   Meu pai já foi deitar, decidimos ficar na casa dos avós de Cooper, estou no carro o sono não veio e o cheiro de mofo do  quarto de hóspedes complicou um pouco.

  Quando éramos pequenos passávamos bons finais de semana aqui, é mais afastado da cidade e perto da floresta podiamos brincar de esconde-esconde , um dia acabamos quebrando uma das taças da vó dele, o castigo era certo pegamos comida e fugimos,  paramos em um lugar onde não tinhamos ido antes e acabei machucando a perna, nós não podiamos voltar nem andar para a frente e no lugar de cooper se apavorar ele sentou perto de uma árvore e me contou da vez que foi caçar com o pai dele , ele tinha medo do escuro mas quando anoiteceu ,ele me abraçou e garantiu que nada aconteceria, fora que ficava lembrando que tínhamos comida para uns três dias,o que não era verdade mas ele falava como se pudéssemos enfrentar tudo, nossos pais só nos encontraram de manhã e nosso castigo foi bem maior , eles nem mesmo ligaram para a taça.
   
   Cooper pula a janela e vejo ele olhar para os lados, me abaixo no carro , quando ele está andando em direção  a floresta vou atrás dele , fico mais atrás para ele não me ver, ele passa por algumas árvores e para na frente de dois caras pegando um saquinho, e sei o que isso é, infelizmente eu sei .

    E sei quem são os dois caras já os vi negociando  drogas com remod, são os que  vendem para os adolescentes da escola, e se não pagam eles vão atrás de uma forma nada amigável ,tipo arracando um dedo de cada vez .

  Os dois caras começam a ir embora, Cooper fica parado no mesmo lugar  até não conseguir mas ve-los .

— Marjorie  se tem alguma coisa a mim dizer, diz logo— saio de trás da árvore, ele me olha com desdém, vou até ele arracando o pacote da mão dele , e eu estava certa, cocaina.

—Isso é droga Cooper, aqueles dois caras eles são traficante, e bem ! Você  não usa drogas.
 
   Falo jogando o saquinho no chão, ele pega e levanta me  encarando.

—Algumas coisas mudam, agora volta para casa—ele fala indo na direção contraria.

—Não estar  usando, está? —ele vira para mim, sei a resposta, ele não estar usando mais se tornou  aviãozinho—isso é idiotice, está tornando tudo uma merda Cooper!— exclamo.

—Ah , por favor marjorie, para de discurso —ele diz revirando os olhos.

—Meus Deus cooper, só quero seu bem —digo mais alto que o que pretendia.

—Estar gritando comigo por qual motivo então ? Por eu não ter ligado para falar que comecei a vender drogas? Ou de não ter tempo para ouvi você reclamar de sua vida? Ou melhor, de não ser a prioridade na vida de todos que te cercam?

   Desvio o olhar e aperto os olhos imperdindo as lagrimas , ele tem os mesmo olhos as covinhas quando sorri mas não é o mesmo, meu copper não agiria como um pacóvio , não diria uma palavra se ela fosse me ferir .

   Me aproximo mais dele agora o encarando, quero que ele veja como o que ele faz tem um peso na vida de todos ao seu redor , não só dele, e quando ele agi assim é pretensão , tudo bem ele agir como um babaca a maioria do tempo agora se transformar em um é inaceitável.

—Não me importo em não ser sua prioridade, mas me importo em não ser nada na sua vida , me importo se você vai se ferrar no final, me importo—aponto o indicador para ele —enquanto você brincar de bancar  de remod 2! Enquanto eu só quero que você fale sobre o que está havendo para eu tentar te ajudar.

—Não poderia ajudar—ele fala me dando as costas.

—Claro que poderia...

—Não quero sua ajudar ok?—seu tom é elevado e sua raiva é nítida —  não saberia ajudar ninguém, e nem é por maldade simplesmente não conseguiria, é perfeita , vida perfeita, familia perfeita, qual é seu maior problema ? Para qual  faculdade ira? Oxford, Cambridge, Harvard?

Mordo meu lábio.

—posso te ajudar—falo tentando me convencer.

Ele faz que não com a cabeça.

—Não consegue nem se encontrar nessa redoma de vidro que sua familia fez, como poderia me ajudar?

   As lagrimas chegam e fazem meus ombros sacundirem, no mais humilhante momento da minha vida e ele nem sequer é capaz de me olhar ,  sinto o ar me fugir enquanto o puxo e minhas mãos tremem, agora sei o que ele acha de mim , eu sou a menina fútil, com a familia perfeita, a vida perfeita e sem nenhuma personalidade própria.

    Tento engoli o choro, não posso chorar, tudo para mim é perfeito demais, tenho tudo o que quero enquanto as outras pessias precisam brigar por isso e merecer , por isso não posso chorar, mas mesmo assim choro, algo estar fora do lugar e não posso colocar no lugar sozinha , e não terei ajuda.

    Meu pés começam a ir em direção a casa levando meu corpo, me jogo na cama e choro, choro até estar vazia, oca por dentro...e não melhora, as palavras se reepertem na minha mente, incrível como simples ofensas na boca da pessoa certa parece as maiores coisas, coisas da qual você só tem noção quando é esfregada na sua cara, e precisa encarar pois a opção de ignorar não foi concedida.

                   ☆☆☆☆☆☆☆

  Se for olhar pelo lado bom o jantar não estar tão ruim , preciso concordar que o puré já entorcou duas colheres e o comer esta fora de cogitação mas ninguém mandou papai sair e não deixar dinheiro para pizza.

  Ravi me encara do outro lado da mesa com os olhos semicerrados,já que passei duas horas olhando os matérias extracurriculares , já que decidir encontrar minha personalidade preciso saber de qual grupo faço parte.

   Xadrez não pode ser, é ótimo e sou a melhor na familia mais o segundo melhor é ravi o que significa que não sou horrível e sim péssima, jardinagem fora de cogitação minha mãe ama isso , já que ela está  no controle, mas a terra nas minhas unhas torna a ideia não muito boa, não é coisa de fútil, só de higienita, dança não dá já que teria que entrar para as lideres de torcida e me jogar de uma ponte é mais atraente do que andar com aquelas garotas , natação é uma boa mais tyler é um dos melhores, tem futebool , artes macias mas nada me agrada ao ponto de ficar empolgada.

Fecho o livro com força jogando a cabeça para trás.

—Entra para as lideres de torcida — olho para ele revirando os olhos—natação.... artes?!

   Ah ! Mas é claro que pensei em artes, mas meu irmão pegou uma por uma das garotas desse grupo e sou odiada pela falta de caráter dele enquanto ele ainda é amado.

   Pego conde no colo.

—Vou dar uma voltar— falo saindo, paro em um gramado na frente de uma casa mais afastada da minha a única desocupado no bairro.

Conde brinca com meu cabelo e fico deitada na grama encarando o céu imaginado como tudo pode ter mudado tanto, como as minhas certezas da minha vida agora não são mais .

Se for?Será?Nada!Onde histórias criam vida. Descubra agora