capítulo 18

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   A casa que isabella mora é do tamanho da sala da antiga, consigo escutar a água caindo na pia da cozinha, enquanto tia Liberty acaba de arrumar a mudança, ela parece mais velha que o normal, seus cabelos louros os quais Isabella herdará dela estão com mais frios brancos e há rugas em volta do seus olhos, sinto que ela envelheceu mais nesse mês que nos últimos dois anos.

    Hoje vou ser carregada para um jantar com tio alfred, Thomas falou que mesmo que tivesse que me amarrar me levaria e melhor estar pronta quando ele chegar para me pegar.

   E eu estou pronta, ele não me falou que precisava colocar algo especial, ele não pode dizer que foi falta de vontade , além disso estou sendo obrigada a ir no jantar do qual eu não quero, ir andando e não arrastada já mostra muita consideração por meu tio que não tem um pingo de consideração por ninguém. Juro que se ele vim fazer discurso sobre integridade para mim vou o o deixar falando sozinha e pouco me importar se Thomas vai me deixar de castigo- na verdade eu me importo um pouco ,mas tudo bem, e afinal já estou de castigo.

—Thomas chegou—isabella aparece na porta com uma saia muito acima do joelho, e um sorriso de quem pretende colocar fogo no mundo.

   Levanto pegando o celular e indo em direção a porta, isabella vem atrás de mim, entrando no banco de trás, Thomas olha de mim para Isabella.

—Seu pai quer que esse janta saia muito bem—Isabella sorri.

—Não vou fazer nada—Thomas estreita os olhos—prometo.

   Não sei se thomas viu os dedos cruzados de isabella ao lado do corpo, mas ele sair da frente da casa dela.

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   Tio alfred quase caia para trás quando isabella passou pela porta , Margot por sua vez não pareceu supresa e fez o possível para manter sua expressão neutra quando isabella entrou com o sapato cheio de lama e foi direto se sentado na mesa e se servindo.

    A casa de tio Alfred e enorme, Gustav e Melinda irmãos de isabella sempre amaram por poderem dar as festas aqui quando titio e titia viajavam , por ter uma sala enorme e diversos quartos.

   Agora todos comem sem pronúnciar uma palavra, margot se remeche na cadeira a toda momento, olho para ela, seu cabelos estão amarrados no alto da cabeça, ela deve ter no maximo 25 anos enquato titio estar nos 45, não digo que ela estar com ele só por dinheiro é preciso pelo menos um pouquinho de outra coisa para conviver com ele .

—Isabella mastiga direito—tio alfred fala entre os dentes, Isabella enche mais a boca, ele jogar o talher sobre a mesa me fazendo pular—Pode andar como uma prostituta, mas na minha casa não vai se comportar como uma mendiga morta de fome!

Isabella levanta o olhar, tomando um gole de água.

—Qual o problema com prostitutas? O senhor se juntou com uma.

   Ele se levanta da mesa ,margot levanta no mesmo instante indo para o lado dele e passando a mão pelas costas dele.

—Não é convidada para vim nessa casa ofender margot!

Dessa vez é Isabella que levanta .

— Estar me expulsando?—titio fica calado—Como o senhor quiser !

   Thomas não sai do lugar, continua do meu lado, não parece ter dificuldade para respira e sua mão continua firme, ele olha para mim e faz sinal para onde isabella acabou de ir , encaro tio Alfred e desejo que ele perceba o quanto me enoja.

—Ela é isabella, sua filha!—falo, pois isso é algo que deveria significar muito, deveria fazê-lo ir atrás dela e implorar perdão,é a menininha dele, algo precioso, a filha que ele ensinou a falar, andar.

—Marjorie vai para o carro!—Thomas fala, empurro a cadeira e saio pisando firme.

   Isabella está escostada no carro, quando chego nos primeiros degraus ela levanta o olhar, as lágrimas descem pelo rosto dela, vou até ela e a abraço, ela chora até soluçar e as lagrimas sumirem, me esqueço que há famílias que tem problemas maiores do que decidir o que vai fazer no almoço de domingo, não podemos escolher a família da qual faremos parte podemos só aguentar a que ganhamos.

Escutamos quando a porta se abri, me afasto de isabella , Thomas desce com um sorriso no rosto e entra no carro, fazemos o mesmo .

—Querem pizza?— fazemos que sim, ele não diz nada só liga o carro e sai de frente da casa .

                     ☆☆☆☆☆☆☆

   Thomas me trouxe para piquenique, nosso cardápio é sanduíche com pasta de amendoim junto com suco e algum tipo de doce que ele comprou em um mercado que continua intocado, e se depender de um de nós dois irá continuar assim .

   Deito na toalha com a cabeça encima dos braços olhando para as folhas das árvores que parecem dançar com o vento.

   Thomas está com os olhos fechados, e aparenta dormi, sei que que a qualquer movimento meu ele abriria os olhos para ver se estar tudo bem, ontem acordei com ele me cobrindo, e quando adormeci outra vez ele continuava do meu lado, não sei quantos irmãos fazem isso pela irmã caçula, mas sei Thomas faria muito mais, e uma coisa que não se costuma pensar quando se olhará para ele, que tem toda uma postura séria, é fofo .

—Alguém vai precisar comer aquele doce.

—Não será  eu!

—Piorou eu—falo por fim.

—Que tal mandarmos  de presente para tio Alfred —ele diz, sorrio.

—Isso com certeza seria muito bom—falo.

—?as nada de comentar com mamãe .

Levanto a mão fazendo um ok para ele .

Se for?Será?Nada!Onde histórias criam vida. Descubra agora