Capítulo 02

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Point of view

Bloom

 

__ Isso não é possível, você não pode estar aqui – diz mamãe chocada.

__ Continua a mesma de sempre não é mamãe – falo sarcástica, ela me olha com ódio. 

__ Eu não quero ela aqui – olha pro papai, que me olha com desprezo. 

__ Eu também não – me olha como se dissesse: "Está esperando o que pra ir embora?" Ri da cara deles.

__ É uma pena que eu não irei a lugar nenhum. Porque não. – digo com o mais puro deboche. 

__ Porque não? Vamos saia já daqui, você deixou de ser nosso filha há muitos anos – disse mamãe. 

Estalo a língua no céu da boca, e riu em seguida dizendo:

__ Sinto muito em lhes informar, mas legalmente vocês ainda são meus pais, responsáveis por qualquer ato meu, pois não sei se lembram, mas ainda tenho 17 anos, não sou maior de idade, e não tenho outro lugar pra ir. Portanto ficarei bem aqui, quer vocês gostem ou quer não – eles me olham furiosos e sobem as escadas, logo ouço a porta bater fortemente. 

Olho para Jongin, que me encara de cima a baixo, ri disso, sei que não pareço nem um pouco coreana, já que puxei a vovó por completo, mamãe e mestiça de brasileira com japonês. Yoongi foi o único que nasceu de olhos puxados, diferente de mim, que mesmo tendo pais coreanos, nascida em Busan, tenho aparência totalmente diferente de todos. 

 

Me levantei, com a mochila, fiz questão de esbarrar com ele e dizer. 

 

__ Cuidado com a baba neném, omma não vai gostar de saber que seu filho predileto, tem tidos pensamentos impuros – subi as escadas rindo de sua cara de incredulidade. 

Na manhã seguinte, o café da manhã foi puro tédio. A única coisa pronunciada, foi que teria que ir pra escola daqui a três dias. Logo eles saíram para trabalhar e Yoongi foi para a escola, me deixando finalmente sozinha. 

Preciso de roupas e maquiagem, fora que teria que dar uma geral no meu quarto, coloco uma legging colada e um top branco, vou em direção a rua.

No ponto de ônibus, avisto uma mulher bem vestida, ótimo começo, me aproximo e ela me olha de cima a baixo com nojo, aposto que e da mesma Igreja que meus pais frequentam. 

Sento ao seu lado e ela vira pro outro lado, tão tola me deu a brecha perfeita, cautelosamente, pego sua carteira, ela vai embora e eu pego o ônibus. Próxima parada, compras. 

Passei a manhã toda no centro comercial, já tinha um celular, pois já fugi algumas vezes do hospício, conhecida nos rachas, logo arrumei um celular, para me comunicar com a galera. 

Volto pra casa, visto uma roupa simples – short curto e uma blusa que mostra a barriga. Pra completar o visual, meias que iam até os joelhos. Arrumei meu quarto. Desço e vou procurar algo para comer na geladeira, então escuto vozes e logo todas param. 

Me ergo e olho para trás, haviam 7 garotos muito bonitos... acho que voltar para casa, pode ser mais interessante do que eu esperava. 

 

Mas só um deles me chamou a atenção. 

SINFULOnde histórias criam vida. Descubra agora