A chuva que caia naquela madrugada só me apavorava cada vez mais. Se podia ouvir muitos trovões naquele momento, o que me deixava mais assustada. O tempo havia caído do nada e a chuva forte do lado de fora não me deixava pregar os olhos.
Eu estava vestindo apenas um shortinho curto branco mais uma blusinha rosa bebê, o que estava me deixando igual um pinguim congelando. Me encolho na grande cama de casal e aperto mais o lençol fino que cobria meu corpo. Eu estava congelando de frio.
Fecho os olhos para tentar dormir pelo menos um pouco quando vejo a porta do meu quarto ser aberta revelando uma menininha pequena. Meu bebê.
-Mamãe.
Franzo a testa quando escuto sua voz de choro.
-O que foi, meu amor?
Pergunto e a analiso. Suspiro ao ver que ela estava descalça.
-Meu bem, não pode está assim descalça com esse chão gelado.
A abraço e logo sinto seu corpinho quente.
-Meu Deus, minha filha! Está queimando em febre.-Digo preocupada.
-Mamãe, tá doendo.-Diz chorando.
-O que está doendo, meu amor?
Levo minha mão até sua testa, suspiro ao confirmar que realmente minha pequena estava com febre.
-Diz pra mamãe.
-Tá doendo.-Chora mais forte. Me desespero.
-Calma, meu amor. Vai ficar tudo bem. Mamãe tá aqui. Não chore, por favor.
Deito ela do meu lado e fico do seu lado esperando ela se acalmar. Depois de um tempinho chorando e se reclamando de dor, Laura consegue dormir um pouco.
Verifico sua temperatura e fecho os olhos com força para não chorar. A febre havia subido.Levanto da cama com cuidado para não acordar ela e saio do quarto. A chuva havia cessado um pouco, mas eu ainda sentia um frio enorme. Abraço meu corpo enquanto ando pelo corredor e assim que chego no quarto de minha mãe, tento me acalmar.
-Mãe!-A chamo e a mesma logo me olha preocupada. A vejo levantar da cama onde estava deitada com meu pai e vim até a porta que era onde eu estava.
-Vem comigo mãe, por favor.-Claro minha, querida. Mas o que aconteceu? Por que está assim tão preocupada?
Pergunta baixo saindo do quarto e fechando a porta logo em seguida.
-É a Laura mãe...
-O que há com minha neta?-Pergunta pegando em minhas mãos.
-Está queimando em febre, coitadinha. Não sei o que fazer, ela nunca ficou assim antes. Me ajuda por favor mãe...-Choro enquanto peço.
-Calma, ela irá ficar bem. Está no seu quarto?-Diz já andando na frente.
-Sim, está dormindo.-A acompanho.
Minha mãe entra no quarto e logo em seguida entro também. Vejo ela pôr a mão na testa de Laura e me olhar logo em seguida.
-Talvez seja melhor chamar o seu pai meu amor, ele irá saber o que é melhor.
-Eu não queria encomadar ele, mamãe. Mal recebeu alta e...
-Querida, não é um encomodo. É a saúde da nossa Laura. Seu pai é médico e sempre cuidou de Arthur quando ele ficava assim, vai ver que não será diferente agora .
Ela me beija a testa e caminha até a porta.
-Irei acordar seu pai, não demoro.-Diz e sai.
Olho pra minha pequena que ainda dormia e abaixo a cabeça triste. Eu queria poder saber o que fazer para minha filha melhorar, mas não tinha idéia do que era melhor a ser feito. Laura nunca ficou doente à ponto de ter febre tão alta assim.
Meu pai logo veio até meu quarto com a ajuda de minha mãe. Ele examinou a Laura, mediu sua temperatura e no fim disse que a febre poderia está sendo causada pela reação do próprio organismo para combater algum tipo de infecção. Dizendo ele, o sistema imunológico poderia está liberando defesas que circulam melhor quando a temperatura aumenta no organismo, funciona como uma defesa.
Já mais calma com a explicação de meu pai, fiz uma compressa com a ajuda de minha mãe. Dizendo ela, colocando isso na testa da Laura, poderia fazer com que a febre abaixasse. E realmente funcionava.
A febre de Laura havia passado, o que me deixou muito feliz e aliviada.Com tudo já sob controle, meus pais voltaram para o quarto. Era nítido o cansaço dos dois.
Me deito ao lado da minha pequena tomando o maior cuidado possível para não encostar muito nela a fazendo acordar.
Levo minha mão até sua testa e sorrio por a febre está mais baixa.Meu pai achou melhor esperar o dia amanhecer para dar algo pra febre abaixar caso vinhesse subir novamente. Eu concordei pois assim poderíamos perguntar onde ela sentia as dores de que tanto reclamou.
Saio da cama e me sento em meu pequeno sofá. Daqui eu conseguia ver minha filha dormir e também conseguia assistir a chuva que começava mais uma vez à cair.
O que Rodrigo estaria fazendo nesse momento?
Me pergunto.
Fazia exatos três dias que eu não o via. Não entendia o porquê de seu sumiço e também não fazia idéia do que poderia está acontecendo com ele.
Me encolho no pequeno sofá e abraço meu corpo o apertando enquanto olho minha pequena dormir. Ela precisa tanto dele, assim como eu também preciso.
Ah Rodrigo, o que estará acontecendo com você?
~♡~
Acordo com o abraço apertado da minha filha linda. Sorrio por sentir seu corpinho pequeno, mas meu sorriso some ao sentir que a febre novamente subiu. Olho para seu rostinho e a vejo com os olhinhos cheios de lágrimas.
-Oh meu bebê, o que foi meu amor?-Pergunto enxugando suas lágrimas.
-Minha cabeça doi mamãe, tá doendo.-Diz e me abraça novamente. Me levanto com ela em meus braços e caminho para cama. A deito ali e beijo sua cabecinha.
-Onde está seu vovô?-Pergunto enquanto a cubro com o lençol fininho. Ainda estava bem frio. Olho para o relógio de parede e vejo que já são 08:43 da manhã.
-Não sei, mamãe.-Diz me olhando tristinha.
-Oh meu bem, não fique assim. Já já passa.
Acaricio seus cabelos.
-Mamãe vai buscar o vovô, está bem?
-Pergunto.-Está mamãe. Vem logo.-Diz fechando os olhinhos devagar. Meus olhos se enchem de lágrima, as deixo cair.
Saio do quarto arrasada. Meu coração estava despedaçado por ver minha pequena tão tristinha. Desço as escadas correndo. Vou em direção da cozinha quando escuto a campainha tocar.
Ando rapidamente até a porta e quando a abro o vejo ali na minha frente. Sem pensar, me atiro em seus braços e me desmancho em lágrimas.
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Um Novo Recomeço-Uma Força Do Destino-Continuação De Resgatando para Amar
Roman d'amourEM REVISÃO Após safira flagar Rodrigo aos beijos com danielle e decidir ir embora sem se despedir, muitas coisas ficaram sem ser explicadas. Mas o destino sempre nos prega peças, não é mesmo? Agora três anos depois de toda essa confusão, safira vo...