CAPÍTULO VINTE E TRÊS | Safira

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-Como assim?

Sigo para sala. Escuto a porta fechar e passos me seguirem.

-Não entendo! Ontem o vi com a... A Danielle. Ele estava ótimo.

Afirmo e o encaro.

-Tudo indica que o acidente aconteceu cerca de meia hora depois de ele ter saído do restaurante. Onde vocês se encontraram lá.

-Ele diz sentando em um dos sofás grandes da sala.

-Depois que eu saí...

Minha voz quase não sai. Sinto minhas pernas moles e meus olhos arderem. Não posso acreditar no que está acontecendo.

-Safira!

Hernandes corre até mim. Suas mãos me amparam e me ajudam a sentar no sofá atrás de mim.

-Calma! Precisa ficar calma. Rodrigo precisa de você, de nós. Todos nós precisamos está fortes por ele.

Aceno enquanto sinto as lágrimas rolarem.

-Eu não consigo acreditar ainda. Não consigo.

Seu olhar sob mim é de pura tristeza. Ele também está sofrendo com isso. Rodrigo e ele são como irmãos. Levanto e o abraço.

-O que irei dizer para Laura se Rodrigo não acordar mais?

-Ele vai acordar. Ele precisa.

Gostaria de ter essa mesma segurança que ele tem.

-E se não acordar? O que vou dizer para Laura? Ela quer tanto um pai e agora ele está lá em coma, passando por coisas que podem levá-lo de mim, da nossa filha.

Encaro os olhos de Hernandes e o vejo olhar para algo atrás de nós.

Meu coração acelera com a possibilidade de Laura ter ouvido tudo isso. Lentamente me viro e a vejo ali, na minha frente, pequena e tão frágil. Seu rostinho estava vermelho e cheio de lágrimas.

-Filha...

Tento me aproximar dela mas rapidamente ela corre para as escadas, subindo para seu quarto.

-Laura!

Grito por ela e faço menção de ir atrás, mas sinto a mão de Hernandes me impedir.

-Melhor deixar ela sozinha.

Encaro ele perdida.

-Ainda é muito novinha para conseguir entender esses nossos problemas.

Concordo voltando a chorar com força.

-Querida, O que houve meu bem?Escutamos seu grito...

Minha mãe entra na sala com sua cara de preocupada. Logo em seguida meu pai e Arthur também vêem. Hernandes explica tudo rapidamente para os três que me abraçam, me consolando.

-Eu vou voltar para o hospital.

Hernandes diz se levantando. Saio do abraço de meus pais e também levanto, enxugando as lágrimas que ainda insistiam em cair.

-Eu vou com você.

Digo.

-Querida, você só irá ficar mais mal.

Meu pai fala me olhando com ternura.

-Seu pai tem razão, safira. Fica em casa será melhor. Qualquer coisa eu posso avisar...

-Não. Eu quero vê-lo Hernandes. Por favor, me leve junto.

Peço. Sei que Hernandes está encarando meus pais atrás de mim e sei também que os três devem está concordando com que ele me leve.

Um Novo Recomeço-Uma Força Do Destino-Continuação De Resgatando para Amar Onde histórias criam vida. Descubra agora