Um Novo Recomeço-Uma Força Do Destino-Continuação De Resgatando para Amar

CAPÍTULO DEZOITO | Rodrigo

-Por favor, nina. Fique deitada.

Digo enquanto ela tenta de qualquer forma levantar de sua cama.

-Você ouviu o que o médico disse sobre repousar. Você precisa descansar...

-Já disse que estou boa. Não vou ficar deitada como uma paraplégica.

Bufo já sem paciência com sua grande teimosia.

Não imaginava que ela podia ser tão teimosa assim.

-Ta! Você venceu, mas pelo menos, por favor não faça esforço.

Me aproximo dela que agora estava sentada em sua cama.

-Por favor. Por mim.

Digo e acaricio seus cabelos que agora já possuía alguns fios brancos.

-Entendi que não quero te perder também?

Pergunto e ela me encara.

-Não vai me perder, menino. Acha que vai mesmo se livrar de mim?

Ela sorri dócil e dá leves tapinhas em minhas costas, como sempre fazia. Sorrio.

-Está bem.

Levanto.

-Vamos para sala. Eu te acompanho até lá.

Estendo minha mão para ela e a mesma demora um pouco para aceitar, mas por fim aceita minha ajuda e levanta se apoiando em mim.

Eu devia tudo a nina. Absolutamente tudo. Sempre esteve comigo ali, sempre me apoiando, ajudando e cuidando de mim.
Depois da morte do meu pai e da Estefânia, ela foi a única que tive ao meu lado, para tudo! Ela é e sempre será minha nina.

-Fique aqui. Hoje eu que irei preparar o jantar.

Digo assim que a ajudo a sentar no sofá.

-Não. Isso é...

-Isso é o meu dever agora.

Digo sorrindo para ela que fecha a cara irritada.

-Relaxa, nina. Agora eu é que vou cuidar de você e nada de reclamar.

Termino de dizer ao ver que ela já iria reclamar.

-Fique quietinha e qualquer coisa é só me chamar.

Saio antes que ela diga algo e vou para cozinha.

Mas o que fazer para o jantar?

Meu subconsciente tinha razão. Eu não era um bom cozinheiro e não fazia a mínima de como, ou até por onde começar.

E agora?

Começo a andar de um lado para o outro enquanto bagunço meu cabelo.
Ca-ra-ca que burro.

-Menino o que você ta aprontando?

Escuto a voz de nina me perguntar.

Gaguejo antes de dizer.

-É... A janta, nina.

Digo.

-Porque? Precisa de algo?

-Não. Estou bem.

Diz.

-Tem certeza que não é melhor eu ir aí e preparar algo?

Aquela pergunta era muito tentadora.

Espertinha.

-Não. Está tudo sob controle.