CAPÍTULO SEIS | Safira

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Após estacionar meu carro entro no hospital com Laura em meus braços.

-Mamãe, o moço do pilulito tá aqui?

Ela me pergunta olhando ao redor.

-Não sei meu amor...

Vasculho o lugar com os olhos, mas não encontro quem eu queria.

-Você gostou mesmo dele, não foi?

Pergunto sorrindo.

-Sim, Mamãe. Ere me tlata bem.

Encaro minha filha por um instante e logo em seguida vou para o quarto em que meu pai estava. Ao chegar lá o vejo rodeado por minha mãe e irmão.

-Filha, pensei que não vinha.

Disse meu pai abraçando Laura.

-Claro que eu vim, pai. Só fui estacionar o carro. A mãe e o Arthur quiseram vir na frente.

Me sento ao seu lado e beijo sua testa.

-Você faz falta em casa.

-É verdade viu. Lá fica sem graça sem as suas brincadeiras.

Arthur fala dando um soquinho de leve no braço do nosso pai que rir.

-Bom, eu preciso ir.

Pego minha bolsa e me levanto.

-Tenho que resolver algumas coisas com o Rodrigo.

-Vai falar com o moço do pilulito, mamãe?

Laura pergunta com os olhos brilhando.

-Sim amor, vou falar com o moço do pirulito.

Digo e olho pros meus pais e meu irmão. Os três prendem o riso.

-Me leva mamãe, me leva.

Laura pede enquanto pula animada.

-Hoje não. Outro dia te levo.

-Plomete?

-Prometo.

Deixo um beijo em sua testa e saio.

[...]

Pago o táxi que me trouxe e já na frente da grande fábrica de porcelana recordo o momento que entrei aqui pela primeira vez.

Respiro fundo e ergo a cabeça. Entro na grande fábrica e já dentro tento lembrar o caminho para a sala de Rodrigo.
Caminho pelo grande corredor e conforme vou andando vejo muitos operários muito bem uniformizados trabalhando juntos.
A fábrica era bastante organizada e muito grande também. Se podia ver várias máquinas em tudo quanto era canto e também diversos tipos de porcelana sendo produzidas e embaladas.

Caminho para outro corredor e viro à esquerda, como eu lembrava. Logo vejo a mesma mulher que não quis me deixar entrar da outra vez. Talvez se eu tivesse a ouvido da outra vez não tivesse visto o que vi. Me aproximo mais dela e a mesma assim que me ver sorrir gentil. É, ela não lembrava mais de mim.

Não digo nada e nem pergunto nada também, somente entro na sala que eu sabia que era do pai da minha filha.

-Ei, senhora! Não pode entrar aí...

Escuto a mulher falar aos sussurros. Franzo a testa e entro de uma vez só.

Logo vejo Rodrigo sentado e muito bem arrumado também. Olho para o homem que sentava a sua frente e o reconheço no mesmo instante.

Era o Hernandes.

-Safira...

Rodrigo fala ou melhor, Tenta falar. Comprimento o mesmo com um aceno de cabeça e um sorriso meio torto.

-Precisamos conversar, é sobre nossa filha.

Digo e o mesmo logo muda seu semblante surpreso para um preocupado.

-Aconteceu alguma coisa com ela...

-Não, nada. Podemos conversar?

Olho para ele e logo em seguida para o Hernandes.

-É...Vou deixá-los a sós.

Diz e sai logo em seguida.

-E então, O que houve para você vir aqui em meu local de trabalho?

Ele diz sentando novamente em seu lugar.

-Sente-se.

Me sento a sua frente e suspiro.

-Laura já sabe que tem um pai. Bom, eu só queria saber se está de acordo em vê-la e...dizer que é o pai dela.

-Espera...Quer dizer então que nunca falou que ela tinha um pai?

-Não. Eu nunca disse e antes que comece a me culpar já adianto que estou arrependida, está bem?

Respiro fundo o olhando.

-Eu só achei que ela não sabendo que tinha um pai, não sabendo de você ela estaria mais feliz. Achei que fosse o melhor a se fazer, não pensei direito e me arrependo. Eu mais que ninguém sei o quanto é ruim pensar que não tem um pai e é por isso que estou aqui agora.

Me levanto e me aproximo dele. Toco em sua mão e digo:

-Ela precisa de você.

Rodrigo sorrir de leve.

-E você, safira?

Franzo a testa confusa.

Ele levanta de sua cadeira, ficando com seu corpo colado ao meu. Um arrepio que não sinto a mais de três anos me invade. Minha boca fica seca do nada e no momento a única coisa que quero são seus lábios nos meus.

-Você precisa de mim?

Ele pergunta.








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