Após estacionar meu carro entro no hospital com Laura em meus braços.
-Mamãe, o moço do pilulito tá aqui?
Ela me pergunta olhando ao redor.
-Não sei meu amor...
Vasculho o lugar com os olhos, mas não encontro quem eu queria.
-Você gostou mesmo dele, não foi?
Pergunto sorrindo.
-Sim, Mamãe. Ere me tlata bem.
Encaro minha filha por um instante e logo em seguida vou para o quarto em que meu pai estava. Ao chegar lá o vejo rodeado por minha mãe e irmão.
-Filha, pensei que não vinha.
Disse meu pai abraçando Laura.
-Claro que eu vim, pai. Só fui estacionar o carro. A mãe e o Arthur quiseram vir na frente.
Me sento ao seu lado e beijo sua testa.
-Você faz falta em casa.
-É verdade viu. Lá fica sem graça sem as suas brincadeiras.
Arthur fala dando um soquinho de leve no braço do nosso pai que rir.
-Bom, eu preciso ir.
Pego minha bolsa e me levanto.
-Tenho que resolver algumas coisas com o Rodrigo.
-Vai falar com o moço do pilulito, mamãe?
Laura pergunta com os olhos brilhando.
-Sim amor, vou falar com o moço do pirulito.
Digo e olho pros meus pais e meu irmão. Os três prendem o riso.
-Me leva mamãe, me leva.
Laura pede enquanto pula animada.
-Hoje não. Outro dia te levo.
-Plomete?
-Prometo.
Deixo um beijo em sua testa e saio.
[...]
Pago o táxi que me trouxe e já na frente da grande fábrica de porcelana recordo o momento que entrei aqui pela primeira vez.
Respiro fundo e ergo a cabeça. Entro na grande fábrica e já dentro tento lembrar o caminho para a sala de Rodrigo.
Caminho pelo grande corredor e conforme vou andando vejo muitos operários muito bem uniformizados trabalhando juntos.
A fábrica era bastante organizada e muito grande também. Se podia ver várias máquinas em tudo quanto era canto e também diversos tipos de porcelana sendo produzidas e embaladas.Caminho para outro corredor e viro à esquerda, como eu lembrava. Logo vejo a mesma mulher que não quis me deixar entrar da outra vez. Talvez se eu tivesse a ouvido da outra vez não tivesse visto o que vi. Me aproximo mais dela e a mesma assim que me ver sorrir gentil. É, ela não lembrava mais de mim.
Não digo nada e nem pergunto nada também, somente entro na sala que eu sabia que era do pai da minha filha.
-Ei, senhora! Não pode entrar aí...
Escuto a mulher falar aos sussurros. Franzo a testa e entro de uma vez só.
Logo vejo Rodrigo sentado e muito bem arrumado também. Olho para o homem que sentava a sua frente e o reconheço no mesmo instante.
Era o Hernandes.
-Safira...
Rodrigo fala ou melhor, Tenta falar. Comprimento o mesmo com um aceno de cabeça e um sorriso meio torto.
-Precisamos conversar, é sobre nossa filha.
Digo e o mesmo logo muda seu semblante surpreso para um preocupado.
-Aconteceu alguma coisa com ela...
-Não, nada. Podemos conversar?
Olho para ele e logo em seguida para o Hernandes.
-É...Vou deixá-los a sós.
Diz e sai logo em seguida.
-E então, O que houve para você vir aqui em meu local de trabalho?
Ele diz sentando novamente em seu lugar.
-Sente-se.
Me sento a sua frente e suspiro.
-Laura já sabe que tem um pai. Bom, eu só queria saber se está de acordo em vê-la e...dizer que é o pai dela.
-Espera...Quer dizer então que nunca falou que ela tinha um pai?
-Não. Eu nunca disse e antes que comece a me culpar já adianto que estou arrependida, está bem?
Respiro fundo o olhando.
-Eu só achei que ela não sabendo que tinha um pai, não sabendo de você ela estaria mais feliz. Achei que fosse o melhor a se fazer, não pensei direito e me arrependo. Eu mais que ninguém sei o quanto é ruim pensar que não tem um pai e é por isso que estou aqui agora.
Me levanto e me aproximo dele. Toco em sua mão e digo:
-Ela precisa de você.
Rodrigo sorrir de leve.
-E você, safira?
Franzo a testa confusa.
Ele levanta de sua cadeira, ficando com seu corpo colado ao meu. Um arrepio que não sinto a mais de três anos me invade. Minha boca fica seca do nada e no momento a única coisa que quero são seus lábios nos meus.
-Você precisa de mim?
Ele pergunta.
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Um Novo Recomeço-Uma Força Do Destino-Continuação De Resgatando para Amar
RomanceEM REVISÃO Após safira flagar Rodrigo aos beijos com danielle e decidir ir embora sem se despedir, muitas coisas ficaram sem ser explicadas. Mas o destino sempre nos prega peças, não é mesmo? Agora três anos depois de toda essa confusão, safira vo...