Capítulo 3

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( Música: Alyssa Reid-Hurricane)

PV: Luísa

Duas Semanas depois.

Por incrível que pareça, Jaimes e eu estamos nos dando mais do que bem e claramente ele surpreendeu-me com sua perfeita desenvoltura na língua portuguesa, claro que eu não tenho toda essa “perfeição” eu sei o básico do Inglês. Apesar da nossa fluente comunicação obviamente eu não conseguia ainda o ver como o meu pai, mas nós já conseguimos construir uma bela amizade o que é uma evolução enorme. Seria totalmente mentira se eu disse que não sinto nada toda vez que ele olha-me ou sorri, contudo tenho que aceitar o fato de que essa “atração” se é que posso chamar isso assim, é totalmente errada e que eu não posso dar-me o luxo de a deixar transparecer. Obviamente eu ainda estou um pouco assustada com toda essa guinada que minha vida deu e principalmente com essa hipótese de “atração”, afinal não é todos os dias que se descobre que seu pai é outra pessoa e além disso você sente algo forte pela pessoa que se julga ser seu verdadeiro pai.

Sentada no sofá com o notebook entre minhas pernas, olho calmamente minhas redes sociais enquanto tento ter uma ideia para a minha próxima fanfic, escrever essas histórias com contexto de pessoas famosas é um passa tempo divertido e que ajuda a treinar não só a escrita mais a criatividade também, enquanto a voz de Alyssa Reid adentra aos meus ouvidos através dos fones, olho para o teto da sala e penso, porém minha música e meus pensamentos são interrompidos pelo som de uma notificação, rapidamente desvio minha atenção do teto e olho para a tela do notebook e a Luzinha da webcam liga, no segundo seguinte uma chamada de vídeo é feita via skype e o nome “Júlia” pisca indicando que é uma ligação de minha amiga, mais que depressa atendo a ligação e segundos depois na tela a minha frente aparece uma Júlia descabelada e com os olhos inchados.

— Certo...vou ter que cortar o pau de quem fora?

— Por que diz isso?

— Qual é Ju? Eu te conheço lembra? E outra para você estar nessa situação é porquê o negócio foi feio.

— Estou tão ruim assim?

— Não amiga, só parece que você se afogou numa poça de lágrimas.

Júlia abaixa a cabeça e deixa mais algumas lágrimas rolarem, eu suspiro frustrada já imaginando o que houve para ela estar nesse estado.

— Contou a ele não é?

— É eu contei.

— Pelo visto a reação dele não foi uma das melhores.

— Sabe Carlos ficou tão nervoso, nós brigamos e ele saiu chorei óbvio mas resolvi aguenta o tranco sozinha, não queria te atrapalhar.— Lhe lanço um olhar bravo mas logo suavizou minha expressão suspiro e relaxo.

— Ju olha... não importa a hora sempre que precisar me liga está bem?

— Ok!

— Ele já voltou?

— Já e você nem sabe a pior parte.

Daddy Love (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora