Capítulo 18

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PV: Júlia

— Ju.— No mesmo momento direciono meu rosto para Luísa e tento evitar mais lágrimas.— Júlia o que houve?

— Me responde Lu por que? Só me diga o por quê de eu ter me apaixonado por um homem totalmente proibido para mim?

— O que aconteceu Júlia?

— Ele estava com ela.— Sussurro quase perdendo a voz.

— Amiga você vai ter que ser mais específica, o Carlos estava com quem?

— Com a puta do bar.— Falo e automaticamente relembro das imagens de uma hora atrás.

— Mas eles estavam juntos ou só conversando? Porquê você sabe que tem diferença né amiga.

— Eles estavam na cama dele e... e... estavam aos beijos.— Soluço ao pronunciar a última palavra.

— Merda.— Pragueja minha amiga.

— Eu precisava tanto dele agora.— Digo soluçando novamente, e sentindo mais lágrimas escorrem pelas minhas bochechas.

— Júlia você precisa se acalmar certo.— Jaimes se pronuncia totalmente sério, eu nem tinha me dado conta de que ele estava ali.

— Não é tão fácil assim Jaimes.— Luísa diz friamente.

— Eu não disse que é fácil Luísa.

O Clima fica totalmente pesado por alguns segundos até o celular de Jaimes tocar, e ele pedir licença para atendê-lo.

— Escuta amiga vai ficar tudo bem ok!? Você pode ir lá para casa, á tantos quartos de hóspedes que você pode até se perder entre um e outro.— Dou risada do trocadilho de minha amiga e aos poucos vou me acalmando.

— Obrigada amiga.

— Sabe que não precisa agradecer.— Fala enquanto sorri serenamente.

PV:Jaimes

 Deixo Luísa e Júlia conversando dentro da sorveteria e sigo até o lado de fora do estabelecimento e ao olhar novamente o destinatário da chamada em meu celular, respiro profundamente e atendo a ligação.

— Alô.

— Jaimes Alencar, é uma honra finalmente falar com você.

— Com quem eu falo por gentileza?

— Vamos não há necessidade de saber isso neste momento, serei breve Jaimes você tem algo de muito valioso que me pertence.

— Ah é mesmo? E o que seria?

— No momento certo você saberá, por agora eu só lhe peço que tome cuidado e proteja sua “filhinha” ela corre perigo.

— Acha que vou acreditar em você?

— Se quer o bem de sua amada filha sim.

— Desgraçado, eu não te conheço mas se você se atrever a tocar em um fio de cabelo da minha filha eu mato você.

— Jaimes... Jaimes... Jaimes seu maior problema não sou eu.

— O que você quer então?

— Pense em mim como um amigo.

— Não estou para brincadeiras.

— Muito menos eu, já lhe dei meu recado e cuidado não confie em todos que estão a sua volta.

 Antes mesmo de eu conseguir pronunciar alguma palavra a ligação é encerrada, exasperado sinto o ar fazer falta em meus pulmões, obviamente não tenho ideia de quem era na ligação mas pelo seu timbre de voz sabia que não estava brincando, Luísa corre perigo e eu seria um completo tolo se não desse atenção a isso.

Daddy Love (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora