DECEMBER PART 2

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EMMA

Quando eu saí do apartamento, caminhei tão lentamente até a entrada do prédio que uma tartaruga poderia ter me ultrapassado, tudo em vão pois Killian não veio atrás de mim. Eu tinha o magoado demais dessa vez e estava quase crendo que apenas um milagre o traria de volta.. Quando fiz sinal para um táxi e ele parou, eu somente faltei desfalecer, Milah estava dentro do carro. Isso só poderia ser um sinal divino.

— Milah! — A abracei como abraçaria minha mãe. — Diga que você veio aqui interceder por mim.

— Eu bem que gostaria, mas não acho que o Killian vai mudar de opinião.. De um tempo a ele.

— Estou saindo do país por duas semanas, isso é tempo o suficiente?

— Eu imagino o quanto você deve estar mal, mas pense em Killian. Ele não pode simplesmente fingir que você não mentiu para ele numa das coisas mais importantes que acontece no relacionamento de você..

— Eu sei.. Em uma semana ele mal olhou na minha cara.

— Vá para sua viagem e tente aproveitar o máximo, você mereceu ganhá-la.

— Eu vou tentar, eu só não queria ir embora brigada com ele.

— Eu sei.. — Milah teimou em limpar uma lágrima que escorreu do meu olho.

— Desculpa atrapalhar vocês, mas a senhora ainda vai querer o táxi? — O motorista perguntou.

— Sim, me desculpe. Poderia me ajudar com as malas por favor? — O senhor saiu do carro e pegou minha bagagem, me dando tempo apenas para me despedir de Milah. — Obrigada por tudo.. Cuida dele enquanto eu não estiver.

— Pode deixar, se cuide você também. Quando voltar para New York me encontre para almoçar. — A abracei.

— Pode deixar. — Um minuto depois eu já estava no táxi seguindo para o aeroporto.

Quarenta minutos depois o senhor Ranjit me deixou no meu destino, dei uma boa gorjeta a ele pelo ótimo repertório que tocou no meu caminho até o aeroporto. Eu definitivamente tinha sido mudada pelos gostos de Killian.. Não demorei a encontrar o pessoal do trabalho, além de mim, Auguste e Billy havia também Zelena e um homem que eu já tinha visto vez ou outra pelo escritório.

Estávamos adiantados para o nosso voo então alguns se dispersaram para dar uma olhada nas lojas ou até mesmo fazer um lanche. August permaneceu comigo, mas se afastou quando o telefone tocou. Antes que ele se levantasse pude ver o nome de Elsa no visor, a julgar pelo sorriso que ele tinha estampado no rosto eu poderia apostar que às coisas entre eles tinham dado certo. Fiquei feliz pelos dois, pelo menos alguém estava feliz..

Quando faltava meia hora para nossa decolagem nós seguimos o para a fila de embarque, eu estava tensa e olhava para todos os lados como se soubesse que Killian surgiria em qualquer momento. Me dei conta de que isso não iria acontecer quando entreguei meu passaporte ao segurança, ele conferiu e liberou minha passagem, mas quando eu me movi para dentro da sala eu ouvi alguém gritar meu nome. Me virei rapidamente, sentindo meus batimentos ecoarem pelos meus ouvido.

A pessoa que vinha ao meu encalço não era necessariamente quem eu queria, mas de uma maneira estranha eu me alegrei com a sua presença. — Milah?

— Oi. Oi. — Ela disse tentando equilibrar sua respiração.

— O que faz aqui? Está tudo bem com Killian?

— Está, eu- eu só vim te entregar uma coisa que você esqueceu. — Ela sorriu para mim e naquele momento eu desejei que Killian tivesse enviado o anel de noivado que ele tinha me mostrado noites atrás.

Tê-lo em minhas mãos significaria levar comigo a certeza de que ficaríamos juntos num futuro próximo, afinal ele estava disposto a se casar comigo. Eu tremi com a possibilidade.

— A senhora poderia me dar licença? — Um rapaz que estava atrás de mim na fila pedi passagem. — Oh! Claro, me desculpe. — Me afastei da entrada e me virei para Milah.

— Killian pediu que eu te entregasse isso. — A morena enfiou a mão na bolsa e retirou as chaves que eu tinha entregado para ele mais cedo. Estendi a mão e segurei o objeto. — Não é uma reviravolta romântica, mas é uma bela de uma promessa.

— Promessa? — Questionei.

— Se ele está te dando as chaves significa que ele espera que você volte em algum momento para casa. Para ele. — Milah abriu um sorriso tão grande que eu automaticamente fiz o mesmo.

— Ele disse isso?

— Não.. Mas eu sei que é o que as chaves significam. Ele te ama, Emma. Vai te perdoar. — Sorri e apertei às chaves contra o meu peito, era algo que eu tinha para me agarrar.

— Obrigada. — Abracei a morena que com uma grande reviravolta do destino passou de inimiga para amiga.

— Não foi nada, estou feliz que o amor de vocês tenha sido o motivo da minha primeira multa de trânsito. — Ela riu. — Tudo em nome do amor. Agora, vá pegar seu avião. Divirta-se e tome muita caipirinha. — Eu ri do seu péssimo sotaque e dá balançada que ela deu nos ombros.

Abracei Milah e me surpreendi quando ela me deu um beijo na testa, em seguida ela deu às coisas pegou seu caminho para fora do aeroporto. Voltei a fila de embarque e logo depois no avião. Momentos antes da decolagem eu coloquei meus fone e me aconcheguei na poltrona, passei um tempo alisando às chaves que Killian havia mandado, nela tinha uma espécie de medalhão com um cisne. Eu sorri ao lembrar do dia em que ele me deu a peça, o moreno disse que pensou em mim assim que o viu por isso não exitou em compra-lo. Eu fiquei bobamente feliz por tê-lo ganhado.

Quando a voz da aeromoça soou no ambiente narrando às instruções do voo eu guardei as chaves e fechei meus olhos, eu iria sonhar com Killian..




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