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Ela sussurrou algo ao ouvido dele.

- Céus, Aip... Nós vamos para o inferno.

- Shhhh... - ela tapou a boca dele e sorriu com todos os dentes a mostra - Eu ganhei a aposta, então eu escolho.

***

Eles caminharam - ou melhor dizendo, cambalearam - até um arbusto em frente à secretaria do Campus. De lá avistaram seu alvo: a sala do diretor. Os últimos jogadores saíam suados e com os rostos vermelhos e seguiam para o vestiário, fingindo estarem arrependidos depois do discurso que acabaram de ouvir. Richie e April correram discretamente até a porta de entrada e observaram o diretor sair com seu sanduíche e uma garrafa térmica de café amargo nos braço.
"Hora do lache, pausa de meia hora. Deve dar" pensou April, que havia roubado o cronograma de horários da casa de Cyndi quando fingiu visitá-la para saber das atividades extracurriculares.

Algum tempo depois os dois, correram pelo corredor e entraram na sala. Uma placa branca dizia: Dr. Stouss. Trancaram a porta e baixaram as persianas.

- Aip, céus, que ideia foi...

Ela o interrompeu com um beijo. Sua língua quente procurava a dele.
Logo caminhou de costas e se sentou sobre a mesa. Richie com as mãos na sua cintura. Prendeu as pernas ao redor do corpo dele.

- Espera... Você ainda está... - ele apontou para a saia dela com o dedo.

Ela apenas assentiu com a cabeça. Ainda estava sem a calcinha.

Richie escorregou as mãos por baixo da blusa dela e sentiu a renda que envolvia seus seios. Deslizou os dedos para as costas, tocou a pele macia. Exalava o mesmo cheiro mentolado. Abriu o fecho. April sentiu o sutiã descer pela pele e depois o viu aterrissar no chão. Suas meias compridas já estavam pelos calcanhares e o interior de suas pernas suava.

Ela espetou as unhas na pele dele, que disse alguma coisa em um tom abafado entre beijos. Logo estava sem camisa e ela tirava a sua calça.

- Cacete!... - ele disse, parando, de repente.

- O que foi? - ela perguntou, tocando os cabelos dele e olhando para o seu pescoço.

- A merda do preservativo! Eu não trouxe. Será que... - ele olhou para a mesa embaixo dela.

- O Sr. Stouss? Hahaha - ela gargalhou, caindo em cima dele - Claro que não, Rich!

- Porque não? A secretária dele até que é bem gostosa...

- Ei! - ela deu um soco de brincadeira no braço dele.

- Relaxa, querida, você é mais.

- Hm - ela fez um bico.

O garoto se levantou e confrontou a mesa. Ela se virou, sentando de frente para onde ele estava revirando as gavetas.

- Não tem nada aqui - ele disse, depois de algum tempo.

- Espera! - ela pulou de cima dali e parou ao lado dele - Essas mesas costumam ter... Aham. Eu sabia! - ela apontou para uma fechadura embaixo da mesa que era quase imperceptível.

- Mas como você quer abrir isso, senhora inteligentona?

Ela tirou um dos brincos de argola e usou a tarracha para forçar a fechadura. Em pouco tempo eles ouviram um "cleck" e a gaveta se destrancou. April a puxou.

- Caralho, é impressão minha ou esse velho é um colecionador de...

- Sim - ela colocou a mão dentro da gaveta e tirou um pacote de lá de dentro - De erva.

Amor em TorontoOnde histórias criam vida. Descubra agora