Capítulo 17

8 1 0
                                    

Pedro

Depois das horas maravilhosas que passei com a Isa, não quero mais ficar um segundo sem vê-la.
Chego no hotel ainda sorrindo e logo subo.
Vejo Mateus sentado no sofá todo romântico ao telefone, aceno para ele enquanto retiro minha jaqueta e a coloco em cima da mesinha ao lado da porta.

Sigo pra tomar um banho, mas com a cabeça já pensando em quando vou ver Isa novamente.
Nossa, nunca um beijo foi tão importante para mim. Senti uma sensação que eu nunca havia sentido antes, a de se preocupar em calcular exatamente cada movimento que fazia, porque ela é tão especial para mim que tudo precisa ser feito de um jeito delicado.

A partir de hoje irei ser o homem que um dia a Isa sonhou. Eu a amo.

Vou pra cama, depois do banho e durmo em seguida.

***

Acordo com o som do despertador preenchendo o quarto às 06:00 da manhã.
No mesmo momento em que o desligo, o sonho que tive me vem a cabeça.
Isa numa floresta escura me gritando por socorro. Nossa, não quero nem lembrar.


Tomo um banho e me arrumo, visto um terno com calça social da mesma cor e dou uns ajustes no cabelo.
Eu hoje mais do que ninguém estou me sentindo um cara sortudo.

Pego minha maleta e acompanho Mateus até o carro. No caminho para a empresa paramos num café para pegar o nosso café expresso de todas as manhãs e logo continuamos para o nosso destino.
Mateus me dando aquela olhadela de canto de olho suspeitando da minha enorme felicidade.

– Esse sorriso tem nome de Isabel não é? – Pergunta sorrindo assim que estaciona o carro numa vaga.

– Ah claro, não poderia ter outro. – Digo sorrindo e saindo do carro.

Passamos na sala do gerente que estava encarregado de nos orientar sobre a obra e entregamos as novas plantas feitas claramente por mim e revistas milhares de vezes.
Fiz várias mudanças na construção e de primeira foi aprovada por todos, e recebi pessoalmente os parabéns do dono do local.
Mateus que era encarregado de fazer todo o orçamento de materiais e detalhamento da obra, também se saiu muito bem, uma vez que calculou exatamente tudo sem exceder os valores e até implantando formas de economia.
Acabando que ficamos sendo divulgados e muito bem recomendados para empresas da cidade e regiões.

Depois de toda a papelada ser assinada e autenticada, nos dirigimos para o local da construção para começarmos sem demora o trabalho.

O dia foi extremamente trabalhoso, paramos apenas para almoçar e foi quando me toquei que não tinha pegado o número de Isabel, que atencioso eu sou.

Chegamos ao hotel por volta das 18:30, quando finalmente eu pude relaxar e tomar um banho demorado.
Fiquei imaginando o que Isabel poderia estar fazendo, será que ela estava em casa?
Decidi ir lá, já que não tinha como ligar mesmo.

Depois de alguns minutos em frente sua casa tocando a campainha, retorno para o hotel.
Na certa ela ainda poderia está no trabalho, em reunião talvez, ou ter saído, aliás eu ainda não sei como funciona o seu dia.
Fico na varanda observando sua casa de longe, mas vejo as horas passarem rapidamente e nenhum movimento se passa por lá.

Logo desço para o jantar acompanhado de Mateus.
Logo ele estranha eu está tão pensativo, mas como não estranhar, uma vez que passei o dia todo com uma alegria de invejar.

Tento relaxar um pouco e penso que quando eu terminar, talvez ela já tenha chegado. Que burrice não ter pegado seu telefone.

– Vou passar na casa da Paula, você vai sair? – Mateus diz após terminarmos de comer.

– Não, vou esperar mais um tempinho aqui no hotel, e depois vou ver a Isa.

– Beleza então. – Diz se levantando após colocar o guardanapo sob o prato. – Ah, amanhã vamos sair um pouco mais cedo pra dar uma olhada numa casa pra alugar que William me indicou.

– Certo.

Faço um toque de mão com ele e o vejo sair rumo ao elevador.

Permaneço mais um tempo sentado observando a grande movimentação do restaurante e decido subir para o quarto.

Fico na varanda olhando de tempos em tempos para casa de Isabel e nenhuma coisa muda.
A luz da frente que pelo menos desde de quando eu cheguei, sempre fica acesa hoje não está.
Talvez enquanto eu estava no restaurante ela deva ter chegado e saído novamente.

Derrepente me surge uma ideia que não havia pensado antes, que burro.
Ligo para Mateus num segundo.

– Fala brother.

– Mateus será que você pode por favor pedir a Paula que me passe o número de telefone da Isa?

– Ah sim, espera só um segundo...

Escuto ele chamar Paula e logo depois ele retoma a falar:

– Anota aí.

Pego um bloco de notas que estava em cima da mesa junto com as plantas da obra e uma caneta.

– Pode falar.

– É 09181318017.

– Muito obrigado Mateus.

– De nada cara.

Desligo rapidamente e disco o número de Isa.
Chama até cair na caixa postal. Ligo novamente e o mesmo resultado.
É possível que eu esteja exagerando, Isa também tem seus compromissos sociais.
Acendo um cigarro e permaneço na varanda pensativo.

Ouço quando Mateus chega e vem em minha direção.

– E aí, conseguiu falar com ela? – Diz retirando seu casaco.

– Não.

– E você foi lá novamente?

– Não, fiquei olhando daqui, mas ela não apareceu.

– Ah, e da pra ver a casa dela daí é? – Diz indo até o parapeito da varanda. – É aquela amarela com um portão cinza?

– Não, a do lado, verde com uma escadinha na frente.

Ele observa um pouco e fala:

– Talvez ela tenha chegado do trabalho cedo e caído no sono. – Passa por mim e toca meu ombro. – Não se preocupe cara.

Espero que amanhã esteja tudo bem mesmo.
Com isso sigo para o quarto e acabo logo adormecendo.

______________________________________

Será que dá pra gente voltar no tempo?Onde histórias criam vida. Descubra agora