Capítulo 27

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Pedro

Após os policias fazerem a varredura no local, partimos rapidamente de volta para o hospital, é lógico que Luan não deixaria pistas e nem rastros sabendo que Paul havia fugido e poderia muito bem levar a polícia até lá. Aquele desgraçado.

Até agora, como o delegado havia falado, nada de telefonemas e nem mensagens para o pai de Isabel, o que Luan estavam pretendendo fazer com ela, se eles queriam o dinheiro pra tudo isso acabar de uma vez, qual o problema de ele não ligar logo droga!?

Os policiais do caso confirmaram que era pra seguir com o plano deles, dessa vez nenhuma polícia iria intervir no momento da troca, iriam ficar a espreita e só quando eles a soltassem e que ela estivesse segura, iriam fazer o trabalho deles.
Agora sim teria a esperança de que ela ficaria bem, mas até agora Luan não deu sinal.

Chegamos ao hospital, o médico nos informou que Paul estava com seus pais, mas disse que queria notícias da busca, assim que chegassemos.
Esperamos por alguns minutos, não queríamos atrapalhar o momento, seus pais mais do que nunca ninguém mereciam passar o tempo que quisessem com o filho.
Mais algum tempo, vimos uma mulher sair do quarto ainda com lágrimas nos olhos e se encaminhar a nós.

– Senhores, o médico informou que já chegaram... Alguma notícia de Isabel? – Diz nos cumprimentado.

– Ainda não senhora Robert, mas continuaremos assiduamente á sua procura. – Diz o delegado.

Ela assente e logo o pai de Paul sai do quarto também.
Nos cumprimenta e diz que podemos ir vê-lo.
Dessa vez, eu quem fui, enquanto o delegado fica conversando com os dois.

– Paul, você está se sentindo melhor? – Pergunto assim que entro no quarto e o vejo.

– Sim, estou bem... Pedro não é, da festa das meninas... – Diz com a voz fraca.

– Sim. – Me sento na cadeira de visitas que há ao lado da cama. – Nós fomos até a chácara que você disse, mas não encontramos nada... – Disse passando as mãos no rosto.

– Eu sabia, eu disse pra Isa que isso não daria certo, eu sou o culpado de tudo isso... Eu a deixei sozinha... – Diz com a voz embargada e lágrimas inundando seu rosto.

– Isabel quem falou pra você fugir? – Perguntei.

– Sim, ela estava presa na janela por correntes, mas eu estava amarrado com cordas numa coluna... Ela me disse que era pra mim tentar fugir e procurar por ajuda, eu falei que não ia deixar ela lá, mas ela disse que poderíamos ter uma chance... – Permaneço calado, enquanto ele chora e continua: – Eu sabia que eles iriam a levar de lá...

– Não foi sua culpa Paul... – O observo, ele está muito diferente de quando o vi na festa. – Mas me fale da Isa, eles a machucaram, ela estava ferida ou...

– Eu não sei, quando eu fugi eles a tinham levado para outro cômodo e...

– Tudo bem Paul, não precisa... – O corto antes que ele prossiga me dizendo coisas na qual só alimente ainda mais meu ódio por Luan, não queria ouvir mais nada.

– Eu não sabia que você se importava tanto com ela... – Diz me olhando.

– Eu a amo... – Digo e vejo instantaneamente a sua expressão de surpresa.

– Eu sinto muito por tudo que está acontecendo Pedro... – Fala começando a chorar novamente.

Paul aos poucos vai me contando como tudo aconteceu, logo o delegado entra para fazer algumas perguntas de preenchimento do formulário de investigação, enquanto eu também permaneço ouvindo tudo em detalhes.

Será que dá pra gente voltar no tempo?Onde histórias criam vida. Descubra agora