Capítulo 25

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Pedro


Assim que saio da casa de Isabel, depois de aceitar seu convite para o almoço, passo na delegacia para saber se há novas pistas ou se descobriram alguma coisa.

– Infelizmente não há nada de novo senhor Alcântara, mas assim que houver nós o avisamos imediatamente. – Diz uma policial que também estava no caso.

– Tá, tudo bem, obrigada. – Digo já me virando para sair da delegacia insatisfeito.

Sigo para casa e passo a maior parte do dia, tentando encontrar alguma falha na vida de Luan ou algo que não estejamos pensando, porém não há buracos em que posso investigar, absolutamente nada, mas ele não é tão perfeito assim, sempre tem alguma coisa, talvez eu só esteja procurando no lugar errado, deixando alguma coisa passar...

Já era noite quando Mateus chega.

– E aí brother, alguma coisa nova? – Pergunta se sentando ao meu lado no sofá.

– Nada... – Digo baixo.

– E você já comeu alguma coisa hoje?

– Sim, eu almocei com a dona Lúcia...

– Eu tava pensando se você não quer sair, sei lá, distrair um pouco... – Pergunta querendo me animar.

– Eu não sei, e se alguma coisa acontecer ou...

– Pedro, tá tudo bem... Se alguma coisa acontecer o delegado te liga, certo?





Continuamos à procura de algum carro ou qualquer coisa que indicasse que passaram pelo caminho.

– E se não estivermos indo na direção certa? – Pergunto.

– É bem provável que estejam indo por esse caminho, ao redor é só vegetação. – Responde Paulo que olha o GPS. – A não ser que tenha alguma outra casa por aqui, ou sei lá... – Paulo para de falar no mesmo instante em que vemos um corpo no chão próximo a estrada.

– Para, para... – Digo.

– Será quem é? – Pergunta Mateus parando o carro.

– Só indo ver. – Digo abrindo a porta e já correndo na direção do corpo.

Chego bem próximo e ainda não reconheço quem seja, escuto ele gemer. Então ainda está vivo. Me agacho até o corpo e viro. Então gelo rapidamente. É o Paul.

– Paul... – Diz Mateus chegando logo atrás com Paulo.

– Paulo pega uma garrafa de água lá no carro, rápido. – Diz Mateus tentando ajudar Paul a se sentar.

Depois de Paul beber a água e conseguir falar alguma coisa. Pergunto:

– Paul o que aconteceu como veio parar aqui?

– Eu não me lembro exatamente como apareci aqui. Quando acordei já estava nesse lugar, trancado num quarto. – Fala ainda bem fraco.

– Então você fugiu?

– Sim, eu estava sozinho numa casa amarrado, então eu dei um jeito e consegui fugir. Daí, estou vagando sem rumo... Sem saber como sair daqui.

– Enquanto ao seu carro? Com quem está? E a Isabel? – Pergunto.

– Não sei cara, eu só lembro de está em casa e... – Ele faz uma pausa como se estivesse recordando de algo. – Luan...

– Luan? – Pergunto, mas já me recordando de quem seja Luan.

– Sim.. Ele matou a Talita. E quando eu vi, eu liguei pra Isa. Daí não sei de mais nada...

– Paul, faz mais de duas semanas que a Isabel sumiu, ninguém sabe dela. Então suponho que ele está mantendo-a em cativeiro.

– A Isa.. Aí meu Deus... Eu não devia ter ligado pra ela...– Fala chorando – E como vocês souberam que ela estava aqui?

– Eu recebi uma ligação dela, acho que ela conseguiu um celular, é só deu tempo de avisar o lugar que estava, e logo ela desligou e nós seguimos pra cá. Mas Paul você sabe onde fica essa casa não é?

– Acho que sei o caminho que vim. Mas ele há dias não apareceu lá. Pelo menos até eu fugir.

– Ele estava em um outro lugar com a Isabel, mas eles também já saíram de lá.

– Então talvez ele tenha ido pra onde eu estava... Ou se ele sabe que você estava vindo, ele tenha mudado de rumo.

– Na ligação Isabel falou que ele ia mata-la. – Digo.

– Acho que ele a trouxe porque ela apareceu lá depois da minha ligação e ela acabou vendo tudo.

Depois de mais alguns esclarecimentos, ajudamos Paul a entrar no carro e seguimos rumo a casinha onde ele estava.

Depois de alguns minutos, chegamos no local e vemos a porta aberta.

– Vocês ficam aqui e eu e o Pedro vamos entrar pra checar o local. – Do Paulo.

Entramos com os revólveres na mão, e após revisarmos todo o local voltamos pro carro. E quando chegamos Mateus tinha ido dá uma volta ao redor da casa.

– Nada. – Digo entrando.

– Eu sabia que ele seria esperto o bastante para não aparecer aqui. A não ser que ele tenha vindo, e vendo que eu fugi ficou com medo e foi em busca de outro lugar. – Paul fala olhando pra mim.

Mateus chega correndo e fala:

– Gente, tem marcas de carro e pegadas na areia vamos seguir.

Decidimos seguir as pegadas primeiro. Que nos levou até a entrada de uma floresta. Daí sumiram.
Será que eles estavam dentro da mata?

Então sem pensar muito, entrei com Paulo na floresta em linha reta, até chegarmos à um abismo.
Lá embaixo a correnteza era muito forte.

Ficamos olhando ao redor pra tentar ver alguma coisa até que vimos alguma coisa boiando na água.

– O que é aquilo? – Pergunto.

– Parece um pano, uma blusa acho. – Responde Paulo.

Ficamos sem reação, não iríamos pular e teríamos que ter certeza de que poderia ter alguma relação com a Isabel.
Então voltamos pra onde o carro estava e comunicamos aos outros.

– Não acho que alguém pularia lá. Parece um caminho pra morte. – Diz Paulo.

– Então vamos seguir as marcas do carro.

Após entrarmos novamente no carro e Paul pegar no sono. Seguimos atrás das marcas de carro por um longo tempo.
Até avistamos um restaurantezinho na beira da estrada.

– Vamos comer alguma coisa. Paul é o que mais precisa. – Diz Mateus.

Então descemos do carro ajudando Paul e entramos no restaurante.
Entrando no recinto que era bem menos pior que o outro, pedimos comida pra viajem e mais garrafas de água.

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