borboletas.

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Passamos nossas duas últimas semanas visitando os pontos turístico, comendo tudo que nos proporcionavam e nos divertindo como nunca. Eu sentiria falta daqui e das pessoas, dos lugares que fomos e as coisas que comemos, das praias e dos parques. Eu sentiria falta de definitivamente tudo!

Eu estava arrumando as minhas coisas na mala, eram 23:00 e iriamos embora as 06:00 em ponto, e eu não conseguia pregar o olho nem se quisesse, então eu fiquei arrumando e dessarumando a mala toda hora, colocava uma coisa nela depois tirava de novo e voltava a colocar ela novamente. Eu estava inquieta, ansiosa e sozinha. Todos da casa já estavam dormindo e eu era a única dali acordada.

Chequei o relógio mais uma vez, era 23:07 e só tinham passado exatos sete minutos. O tempo parecia rastejar, o que era bom e ruim ao mesmo tempo. Eu queria poder ficar mais, mas também estava com saudades de casa. Levantei do chão onde eu me encontrava do lado da minha mala, peguei alguns utensílios dentro da bolsa e resolvir tomar outro banho. Era o meu 5 banho do dia e só a água tinha o poder de me deixar mais relaxada, talvez depois desse banho eu conseguisse finalmente dormi. Entrei debaixo do chuveiro deixando a água quente escorrer por todo o meu corpo, lavei o cabelo novamente, escovei os dentes e sair do box  depois de 30 minutos com o cabelo pingando e de moletom. Peguei o celular que estava dentro da pia, pensando em ligar para o Pedro quando me virei e vi seus olhos avelãs me encarando na escuridão da noite.

-Oi.

-Como? O que...- eu gaguejava.

Ele sorriu na escuridão.

-Bom, não achou que iria embora sem se despedir de mim, achou?

Eu sacudi a cabeça e rir. Ele era tão surpreendente.

-Eu tinha pego o celular pra te mandar um adeus.

Ele bateu a mão do lado da cama indicando para mim sentar ao seu lado.Me sentei e encostei a cabeça em seu ombro.

-Como esta hoje?

-Não consigo dormi.- admite.

-Bom, então está na hora de uma história. O que você gosta?

-O que? Você vai mesmo fazer isso?

-Porque não faria?

-Sério?

Ele afirmou com um sacudi de cabeça.

-Bom, gosto de tudo. Manda vê!

Então ele começou

-Era uma noite escura, ventava muito nessa estação do ano, era um inverno frio e gelido, pequenos floquinhos de neve caia do céu e esbranquecia a terra, um pequeno grupo de borboletas se amotoavam em um canto de uma árvore voluptuosa, era um pequeno grupo de borboletas monarcas. Esses insetinhos de cor alaranjada migram na época do inverno para lugares mais quentes em busca de alimentos. Tinha uma em excessão que não queria sair da pequena floresta que se encontrava, porque ela tinha feito um amigo e odiaria deixa-lo para trás; diferente dela, ele era uma raposas-do-ártico e ela não queria deixa-lo e tinha medo de nunca mais vê-lo,  mas ela precisava se alimentar e ali na floresta, infeitada toda de branco agora, não tinha alimentação para uma borboleta como ela.

-Ainda vamos nos ver, não é?

-Certamente. Nos veremos no próximo verão.- seu amigo a consolou.

-Estou com medo de dizer adeus.

-Não vai ser um adeus, mas sim um ate breve.

E então a borboleta voou com suas amigas pra longe dali de corpo, mas de pensamento e coração não. Enquanto a imagem dos dois estiver viva em seus corações eles sempre poderam se encontrar novamente. Fim.

-Boa noite senhorita.

MINHA VIDA DE CABEÇA PARA BAIXO.Onde histórias criam vida. Descubra agora