Agora dizes me Adeus? -CONCLUÍDO

Parecia Felicidade

No início era tudo tão perfeito, tinha te finalmente de volta, todas as chamadas, toda a humilhação finalmente na minha cabeça tinha valido a pena, e no inicio valeu, era tudo tão bonito, demonstravas amar me da mesma forma que eu inocentemente te amava a ti, da mesma forma que eu carinhosamente olhava para ti e via o amor da minha vida, deixei de lado os clichês dos poemas de amor que lia, a razão? Não fazia sentido, os poemas falavam que amar não magoava, que amar acrescentava, que amar era bonito, mas não, nem sempre, sei que te amava então passei a ver aquelas palavras de forma medíocre, uma "eutopia" do amor.

Estúpida, estúpida, estúpida, sabia que caminhava para a minha morte psicológica a cada passo que dava ao teu lado, mas não me importei, estavas ao meu lado então para mim tudo era tão bonito, tudo era normal, o eu chorar à noite ao lembrar me dos teus lábios nos dela, o ter que me humilhar aos teus pés para receber um pouco de amor, as ameaças, os jogos psicológicos era tudo tão normal, porque até quando começava a duvidar daquilo que sentias por mim, tu aparecias e davas me um pouco de carinho, uma pequena demonstração de amor para que eu ficasse iludida a isso, iludida a um amor que em ti não existia.
Eu aguentava, aguentava o meu pai, aguentava a depressão sozinha, por que tu? Dizias me que apenas não tinhas nada haver com isso, que era a minha vida, não a tua. Mas quando era o contrário o que acontecia? Eu largava tudo e todos para te ajudar, estava no fundo do poço e dava a minha vida para te deixar feliz. Nunca valeu a pena, e eu sabia disso, todos sabiam até tu, mas eu estava tão cega por este amor que fechei os olhos ao mal que me fazias e mantive me focada nos momentos de ilusão que me davas. Estúpida ? Talvez, mas era o meu primeiro amor, foste a razão pela qual eu não desisti de tudo naquela altura, a razão pela qual eu não disse "vou desistir" na altura em que tudo me parecia gritar para fazê lo, tu e ela, tu e ela eram as pessoas que me faziam olhar o futuro.
Quem é ela? A minha melhor amiga a pessoa que sempre me tentou abrir os olhos, mas eu? Ignorei, ignorei os conselhos da pessoa que mais me queria ver feliz. Fui tão estúpida, permiti que me matasses por dentro apenas na expectativa que um dia tudo fosse voltar ao normal, na expectativa que cumprisses as promessas de amor que me fizeste.

E vivi, vivi nas constantes ameaças que me fazias, nos choros de mágoa que fingias dar quando ameaçava ir embora, e eu feita otária seguia o teu joguinho psicológico, tu amavas, amavas manter me presa a ti, amavas ameaçar me, fazer me tremer, chorar, amavas saber que eu era submissa às tuas palavras, amas te a um ponto de não me amares e não me deixares partir, amas te tudo, menos a mim.

Foram 2 anos da minha vida em que me permiti viver desta forma, em 2 anos conseguiste destruir completamente todo o meu psicológico, levaste à ruina a vida de uma menina de 15 anos.
Mas eu estive la, até ao meu ultimo segundo de vida eu estive lá, completamente esgotada e farta de ti, eu estive lá, eu já não te amava, à muito tempo que eu não te amava, mas infelizmente habituei me à rotina que me deste, e infelizmente apercebi me deste amor mortal, quando o mesmo me matou.