Capítulo vinte quatro.

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Lua: Oi?

Nicolas: Terminar pô, acabou.- Faloi como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Lua: A gente tava indo tão bem...- Falei decepcionada.

Nicolas: Eu prefiro minhas putas, melhor terminar agora do que tu ficar de k.o depois.

Olhei pra ele decepcionada, eu larguei praticamente uma vida que eu tava construindo em São Paulo pra tentar novamente e ele abrir mão de uma hora pra outra?

Lua: Fala o motivo Nicolas, quem quer trair faz e não avisa, vem não.- falei sentindo algumas lágrimas escaparem.

Ele me olhou mas logo desviou o olhar.

Nicolas: É só isso Luana, acabou. Aceita!

Lua: Só saio daqui quando tu desenrolar, tu sabe que dia é hoie?

Nicolas: 22 de maio.- Deu os ombros.

Lua: Hoje é aniversário da sua filha!- Praticamente gritei. - E sabe como ela tá agora?  Ela tá no quarto, trancanda, chorando! - Chorei mais.- O Kauã já sabe que se for necessário a gente ir embora, a gente vai! Ele te ama mas sabe que é melhor assim, pra todos nós!

Ele me olhou surpreso e logo desviou o olhar, neguei com a cabeça e joguei o cigarro no cinzeiro, me levantando.

Lua: Espero que você não se arrependa.- falei me levantando. - Espero mesmo que você não se arrependa dos seus atos.

Fui caminhando até a porta mas ele segurou meu braço.

Nicolas: O polegar tá no hospital, sabe porque?

Lua: EU NÃO TENHO NADA COM ISSO! - Gritei.

Nicolas: PORQUE A NATÁLIA DEU UM TIRO NELE, LUANA.- Olhei assustada pra ele.

Lua: Idai? O que eu tenho a ver com isso? - Ele ficou calado mas logo raciocinei direito.

Lua: Eu não acredito.- Me soltei dele.- Desconfiança Nicolas? De mim? Se ela fez isso foi em legítima defesa, ele passou sete anos abusando dela e tratando ela como lixo.- Neguei com a cabeça.

Nicolas: Porra velho...- Socou a parede.

Lua: É muito bom saber que você tem confiança em mim, é muito bom saber que a confiança não é recíproca, se não confia em mim vai com suas putas que vão te abandonar na primeira ameaça, no primeiro tiro que tu levar. Espero realmente que elas fiquem segurando tua mão quando tu precisar.- Falei por fim.

Nicolas: Não é isso...

Lua: Espero que tu encontre uma piranha de fé, porque mulher como eu tu não encontra.- Bati no peito.- Vou viajar com os meninos e a Isa, pra comemorar o aniversário da Analu, não procura a gente.

Nicolas: Você não vai! - falou firme.

Soltei um riso debochado e sai pela porta do quarto, chorando sem me preocupar com ninguém, bati com Ramon que me viu chorando e me abraçou.

Ramon: Manda parabéns pra bolinha.- Falou quando eu desci da moto.

Ele veio me deixar na casa do Caio, pra pegar a Isa.

Lua: Obrigada, demônio! - Fiz toque com ele.

Ele arrancou dali e eu entrei já abrindo a casa.

Lua: VAMOS SUA VACA SANGRENTA.- Gritei indo pra cozinha pegando uma maçã.

Isa: Sua mãe! - Veio descendo com as malas.

Lua: Falar nela faz tempo que eu não vejo ela.- Lembrei.- Ela foi pro cruzeiro e me abandonou.

Isa: Inteligente é ela.

Lua: Sua vaca, vamos.

Sai puxando ela, pegamos uma carona com Bruno que disse que iria com nós. Ela se despediu de Caio, na frente dela ele agradeceu por eu leva-lá mas assim que ela saiu veio me dar várias coordenadas pra cuidar dela. Entramos no meu carro e fomos escutando funk, fui em direção ao morro do Alemão, no postinho,antes de ir pra casa.

Isa: Tá grávida? - Largou o celular e olhou pra mim quando viu aonde nós paramos.

Lua: Vim visitar um amigo.- Suspirei e puxei ela pra dentro do posto.

Fui na recepção perguntando aonde é o quarto, ela me disse e fomos em direção ao quarto.

Lua: Que pena que não morreu, deixa eu terminar de matar.- Fiz graça e ele sorriu de lado.

Polegar: Tô putão, traição na minha favela é mato.-Falou puto.

Isa: Bem feito, fez pior com ela. - Gargalhamos juntas.

Polegar: Cala a boca, desgraças.- Mandou dedo.

Lua: Só vim ver como tu tava, agora nós vamos pra Disney. - fui até ele beijando a bochecha dele, que me empurrou.

Polegar: Fiquem lá, vocês vão fazer um favor pra nós.- Revirei os olhos.

Olhei pra Isa e fomos pra cima dele, abraçando ele, nós duas.

Erick: Coitado do meu parceiro. - Chegou rindo com Ohanna.

Isa: Oi gatinho. - foi abraçar ele, Ana empurrou ela brincando.

Ohanna: Sai pirra.- Nós rimos.

Lua: Bom galera, vamos indo.

Nos nós despedimos deles e fomos pra casa, que comece a nossa viagem...

MaktubOnde histórias criam vida. Descubra agora