Capítulo quarenta e nove.

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Cams 🍧

Voltei pra casa atordoada nas idéias, sabia que Lua tava a ponto de enlouquecer, de querer se livrar de tudo, jogar tudo pro alto, não poda deixa isso acontecer,não posso deixar a família de desfazer mais ainda! Os meninos ficaram com a tia Marie, mãe da Lua, já o Leo quis ir pro alemão, só por hoje, realmente não estou com cabeça pra cuidar de ninguém,nem de mim mesma! Bruno havia dito que iria deixar a Lua em casa mas logo voltaria, me deitei na cama e fiz a única coisa que me relaxa, levantei minha blusa e acariciei minha barriga de 3 meses.

Cams: Oi meu nenê.- Sorri.- Faltam 6 meses pra mim te ter aqui! Eu sei que é muito mas eu prolongaria mais uma pouco só pra você não nascer em meio a esse mundo, esse mundo de guerra.- Falei triste.- Eu amo você, independente de tudo, sempre vou te apoiar, quando você fizer alguma besteira eu vou ri muito de ti.- Lágrimas já tinham se formado, é sempre assim, argh! - Mas vou sempre segurar tua mãozinha e dizer o quanto eu te amo! Se for guri vou te ensinar a não ser um merda com mina de família, se for guria vou te ensinar a passar o rodo nos novinhos...-Fui interrompida.

Bruno: Não mesmo, amor.- Fez careta, seu rosto também tinha lágrimas expostas.

Cams: Tu chegou a muito tempo? - Perguntei envergonhada.

Bruno: Deixa de frescura.- Beijou minha bochecha depois desceu pra barriga.- E aí, suave? Se for guri vou te ensinar a comandar o morro.- Desfiz o sorriso.- E se for guria vou te ensinar que os meninos são nojento!

Cams: Machismo.- Resmunguei.- Não vou prender eles, Bruno, quero que eles sejam livres pra fazer suas próprias escolhas!

Bruno: Só me chama de Bruno quando tá bolada.- Revirou os olhos me beijando.

Cami: Jamais, Bruninho.- Sorri entre o beijo.

Ficamos só nos beijos mesmo, depois ele pediu pizza, comemos em meio a brincadeiras e depois tomamos banho, agarradinhos, eu queria sexo, mas ele só queria conversar com minha barriga, chato! Ele foi buscar água pra mim e eu fiquei deitada, o celular dele vibrou e eu peguei, na curiosidade mesmo, era mensagem de puta.

Quando nós vamos se pegar de novo ?
// Desconhecido.

Soltei o celular de lado e me sentei na cama, começando a chorar, quando tudo tá indo bem, algo sempre estraga, ele chegou no quarto sorrindo com a água, assim que me viu mudou o semblante.

Bruno: O que foi amor? - Falso, sinico.

Apenas joguei o celular nele e sai indo pra varanda, ele veio do meu lado e riu.

Bruno: Tu não tá acreditando não né? - Continuou sorrindo, olhei seria pra ele.- Ah não, qual foi ? Te dou motivo pra desconfiança? Eu tenho motivo pra te trair? Fala aí.

Cams: Mas é que...- Ele interrompeu.

Bruno: Mas nada Camila,porra velho, eu me dedico 24h a ti, tou sempre colodão contigo, te levo pra todo lugar e se tu não quer ir, mesmo eu querendo ir eu fico por tu, tu acha que eu vou ter trair porra? Cadê a confiança? Tu sabe que se tu for acreditar em mimimi da favela a gente nunca vai ter progresso.- Falou sério, eu já chorava.

Cams: Desculpa tá!? Eu sou desconfiada, mas também não precisa jogar na cara tudo que já fez por mim, parece que é uma obrigação.- Falei bolada, mas ele estava certo.

Já perdeu muiti bailes, churrascos, até mesmo aniversários porque eu não tava disposta.

Bruno: Eu não me importo se for uma obrigação, mas aliás, não é, eu quero tudo que venha de você, o seu carinho, seu toque, teu beijo, tua palavras de conforto, o sorriso mais lindo.- Sorri.- O abraço mais gostoso, aconchegante e único, aquela risada gostosa que vai me deixar com um sorriso bobo

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