Capítulo trinta e oito.

28.4K 2.2K 647
                                    

Olhei assustada pra ele e ele se levantou me puxando pela cintura.

- Nada ruim vai te acontecer, se ficar quietinha.-Assenti.

Fomos andando e ninguém notou algo de estranho, agradecia por ter deixado as crianças com Camila e logo me lembrei de algo, Nicolas nunca deixava a gente sair do morro sem proteção, comecei a olhar por todos os lados a procura de algum vapor até que encontrei, Neguinho, olhei pra ele e disfarçar falei "socorro.", ele provavelmente entendeu e veio até nós, já estavamos no estacionamento.

Neguinho: Solta ela.- Apontou a arma pra ele.

- Baixa essa arma ou ela morre.- Me apertou mais.

Pensei em mil coisas pra sair dali mas nada iria dar certo, logo lembrei que meu gps sempre fica ligado.

Lua: Tudo bem Neguinho, garanto que eu vou ficar bem e logo vocês vão ter minha localização.- Ele me olhou confuso.

Neguinho: Certeza? - Pisquei e assenti.

O cara me conduziu até uma van toda preta e me jogou na parte de trás, amarrando minhas mãos, como era separado,não dava pra mim ver ele nem ele me ver, mesmo com dificuldade peguei meu celular do bolso e comecei a grande missão de mandar minha localização pro Nicolas,  depois de muito tempo consigui, ele rapidamente visualizou e respondeu " Relaxa.", vou relaxar como, filho da mãe.

A van parou e a porta foi aberta, apareceu um homem aparentemente bem mais velho que o outro, ele segurava um pano azul, me afastei me encolhendo no canto, ele riu e me puxou colocando o pano no meu nariz. Acordei zonza, sem saber aonde eu tava, logo escutei tiros e deduzi ser Nicolas, olhei em volta e parecia ser um galpão velho e sujo, logo a porta foi aberta Revelando Bruno.

Bruno:Vamo Luana, bora.- Tentei me levantar mas era basicamente impossível.

Lua: Eu tô amarrado, seu doente.- Ele correu até mim tirando o nó do meu pé e dá minha mão.

Me levantei e começamos a correr, sinto uma angústia, uma dor no peito e senti um impacto, como se fosse de uma bala, cambaleei pra trás e me pegaram no colo, tudo girava e eu não conseguia respirar direito, tentei me acalmar mas era quase impossível, eu precisava dele, ao menos do cheiro dele pra me acalmar, me colocaram no carro e deram partida, pós um tempo pararam o carro.

Bruno: Luana, tu tá bem ? - Olhou pra mim.

Lua: Nicolas... Cheiro.... Ele...- Falei puxando o pouca ar que me resta.

Bruno começou a  revirar o carro todo, ele resmungava coisas que eu não conseguia entender, aos poucos minha visão foi escurecendo e eu apaguei.

Acordei com um teto branco e chuva, chuva no Rio de Janeiro? Hm, minha cabeça doía pra porra, eu respirava com ajuda de alguns aparelhos e coisas assim, eu não precisava disso, só precisava dele.

Marie: Você tá bem? Não posso sair de perto por um minuto! - Ela acariciou meus cabelos.

Lua: Você não tava viajando? - Perguntei com dificuldade.

Marie: Voltei agora pouco, mas não vou ficar por muito tempo. Depois explico.- Assenti procurando em volta.

Lua: Mãe, cadê o Nicolas? - Ela ficou meio perdida.

Parecia que tava procurando palavras certas, uma agonia percorreu meu peito e algumas lágrimas já escaparam.

MaktubOnde histórias criam vida. Descubra agora