Capítulo cinquenta e um.

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Nicolas 🔞

Vi minha mulher com o rosto inchado e os olhos vermelhos, de tanto chorar, dei um beijo na sua testa e peguei minha blusa jogando no ombro e desci com meu celular e carteira na mão, sai de casa falei com os vapores e pá, peguei cb500 e desci pra casa do Bruno, cheguei lá eles já estavam tomando café, me sentei pra comer também.

Cami: Como ela tá? - Perguntou enfiando um pedação de bolo na boca.

Nicolas: Tá suave.- Tomei o suco.

Bruno: Qualquer coisa aciona.- Deu um beijo nela.

Fiz careta e beijei a testa dela e acariciei a barriga também, saímos pra boca a todo vapor.

A manhã foi longa pra caralho, segunda é dia de corre pra porra, tem os bagulhos do baile, as bocas pra abastecer, e uma pá de coisas, pra quem acha que bandido tem vida fácil se enganou.

Bandido né só dinheiro e puta 24h não, é mola demais, quem ver de longe acha que é fácil, é fácil não.

Bruno foi pra casa almoçar e eu fiquei aqui mesmo, a dona saiu de novo e não avisa, fico putão, tava bolado em saber que parte da culpa era minha por ela ficar chorando aí, tava decidido a contar a ela pô, quero recomeçar com ela, fazer diferente.

Fiquei olhando os papéis lá até alguém entrar na sala, olhei e vi Bianca.

Pesadelo: Qual foi? - Perguntei sério.

Ela é uma puta do alemão que eu pegava quando ia cola lá, bonitinha até, mas é puta pra porra.

Bia: Saudades mô, tu nunca mais procurou.

Pesadelo: Se eu não procurei é porque eu não quero mais! Mô é o caralho, rala daqui.- Apontei pra porta.

Bia: Qual foi pesadelo? Foi a corna que descobriu foi? - Virei bixo indo pracima dela.

Pesadelo: Fala da minha mulher de novo.- Apertei o pescoço dela.

Bia: Eu sou o que ela nunca vai ser.- Falou batendo na minha mão, dei um soco nela.

Pesadelo: Sabe o que ela é? - Joguei ela no chão em seguida chutei.- Ela é minha mulher.- Bati no peito.- Minha fiel, a é o que tu e nenhuma outra piranha vai ser, se ligou? - Ela tossiu, chorando.

Bianca: Cuidado. - Saiu de cabeça baixa.

Sorri debochado, cada uma que eu tenho que aturar. Passei a tarde a na boca, já era umas 17h48, tudo suave até Bruno entrar na boca correndo.

Bh: Tão invadindo porra, os preto mermo.- Me alertei na hora.

Os pretos era os verme do BOPE, polícia as vezes até o exército, os caralhos todo.

Nicolas: Cadê os fogueteiro? Caralho irmão!

Fomos pra luta, meus únicos pensamentos era a Lua e as crias, atirava em tudo quando era cara, sabia que dessa ou meu morro ou eu iria rodar, parei no beco cansadão,tinha levado um tiro no braço de raspão, Bruno tava do meu lado o tempo todo.

Bh: Colfoi, rala daqui irmão, tu vai terminar rodar.- Falou olhando pra saída do beco.

Pesadelo: Posso deixar meu morro não.- Rasguei minha blusa colocando no braço.

Bh: Um dos dois vai rodar porra, o morro a gente consegue de novo,  tu só sai de lá morto caraí.- Segurou meu rosto com as duas mãos.

Pesadelo: Nós vai conseguir, sempre conseguimos! - Bati no seu rosto de leve.- Se acontecer cuida da Lua, ajuda ela a comandar aqui, se ligou?

Bh: Nada vai acontecer.- Assenti.

Saímos na luta, vi a arma apontada pra Neguinho, olhei pra Bruno que tava mandando um deles e sai correndo me juntando ao Vitor.

Pesadelo: Soltem ele, tou aqui! -Levantei as mãos em forma de rendição.

Victor me olhou negando, já via lágrimas no rosto dele, eles chegaram do meu lado chutando minhas pernas, fechei os olhos pela dor e ajoelhei com as mãos pra trás.

-Você está preso em nome da lei e tudo que você falar será usado contra você no tribunal.- Cuspiu na minha cara me algemadando.

Olhei no nome dele e li Gonçalves, por um momento perdi a cabeça e me levantei dando um socão nele, filho da puta, pagando de bozo pra minha mulher rapá, tomar no rabo!

Olhei pro Neguinho e sussurrei " Gonçalves " ele assentiu, nós fomos descendo o morro e logo escutei o barulho de tiro, nem olhei pra trás, só vi ele caindo morto, menos um!

1 mês depois.....

Mais um dia nesse inferno, passando fome, sede e ódio! Voltei dá solitária hoje, por ter batido em um policial, ele veio apertar minha mente, mandei logo socão.

Hoje era dia 12 de agosto, o aniversário do meu pivete! A única coisa que eu tinha saudades era do morro e da minha família, Luana só veio aqui uma vez, tava puta comigo, terminou tudo!

Não tirava a razão dela não, mas quando eu saísse iria lutar por ela, até o fim. Hoje é o dia que eu fujo daqui, ta tudo no esquema já, apesar de tá puta comigo Luana ainda tá comandando o morro com Bruno, ligava sempre pra ele pra saber como tudo tava procedendo.

Eram 03h dá manhã, tava ligado pelas trocas do turno, era a hora. Acho que todo mundo tá ligado que com dinheiro tu compra muita gente, e assim aconteceu, o policial do turno de agora era parceiro meu, Bruno já tinha pagado a ele, ele tinha feito as cópias das chaves pra me entregar.

Souza: Tão tudo suave lá.- Me entregou.

Pesadelo: Beleza, valeu.- Me virei pro engenheiro.- Bora irmão.

Engenho: Bora,bora!

Fizemos o toque e abrimos a chave da cela, tinhamos pego uma arma com silenciador também, então matava tudo que não era milícia, saímos dali fácil, Bruno já esperava numa van, exagerado.

Pesadelo: Pra que isso ? - Abracei ele.

Bh: Ih alá,chegou o chatão.- Sorriu de lado.- Fala boy.- Fez toque com Engenho.

Engenho: Suave? - O carro deu partida.

Deixamos o Engenho no morro dele e seguimos pro meu, caralho que saudades do meu povo.

Nicolas: Lua tá como? - Ele desviou o olhar.

Bruno: Aí é com ela.- Deu os ombros.

Tinha algo errado, paramos na minha casa e descemos, Neguinho veio me abraçar.

Neguinho: Desculpas aí porra.- Tava chorando.

Nicolas: Deixa de ser Maria mole Victor, nós sempre! - Abracei ele de lado.

Entramos em casa e não tinha ninguém, deixei lágrimas escaparem e me sentei no sofá.

Neguinho: Tá chorando por que? Tu acha que ninguém vem não? - Sorriu de lado.

Olhei pras escadas vendo Kauã com Analu no colo, sorri e fui até eles abraçando e beijando eles.

Nicolas: Que saudades pivetes, parabéns filhão.- Abracei eles mais ainda.- Amo vocês porra!

Kauã: Também te amamos pai...

MaktubOnde histórias criam vida. Descubra agora