Capítulo quarenta e dois.

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Lua: O que tu acha do Leo passar um tempo lá em casa? - Perguntei com medo de sua resposta.

Ele negou, Leo era tudo que polegar ainda tinha.

Lua: Por favor Lucas.- Ele me olhou com um olhar mortal.- Acho que seria bom ele ir sabe?

Polegar: Vai tirar ele de mim não.

Lua: Jamais, vou trazer ele sempre, só por um mês, ou até tudo se ajeitar.- Que homem difícil.

Polegar: Sei não pô.- Revirei os olhos.

Leo: Por favor pai.- Falou.- Ela é minha mãe.

Sorri e logo a porta foi aberta bruscamente, polegar logo apontou a arma e eu olhei assustada.

Naty: VAGABUNDA, FINGIU SER AMIGA O TEMPO TODO SÓ PRA ROUBAR O QUE É MEU! - Gritou colocando o dedo no meu rosto.

Eu me levantei dando tapa no seu dedo.

Lua: Tu fala baixo, tu acha que tá falando com quem? Não preciso roubar o que é teu, apenas vou cuidar do que tu não cuidou.

Naty: Cuidar de que? Desses demônios? - Apontou pros dois, polegar ainda tinha a arma apontada e Leo com um semblante triste.

Meu Deus, quando minha amiga se tornou isso?

Lua: Olha o que tu tá falando caralho, ele é teu filho porra! Tu se dizia tão mulher, batia no peito pra contar tudo o que tu passou pra cuidar do Leozin e agora tá assim? Eu tenho nojo de você! - Eu cuspi no rosto dela.

Ela me olhou com ódio e veio pra cima de mim, segurei seu cabelo e me dei um soco e em seguida ela me deu me deu um tapa.

-NÃO BATE NELA!

Eles falaram em uníssono, ela sorriu satisfeita mas logo seu sorriso foi desfeito com Leo me puxando e polegar apontando a arma na cara dela.

Polegar: Tu tá achando que é quem pra vim com moral pra minha irmã? - Sorri.

Naty: Irmã? Ela é uma puta, se liga.- Ele deu um tapa na cara dela.

Em um movimento rápido ela conseguiu pegar a arma dele apontando pro mesmo, aonde ela aprendeu isso? Meu Deus! Leo se soltou de mim indo até a mesinha pegando uma pistola, pensei que ele ia me dar mas não, ele atirou, Leo atirou em sua própria mãe, ela caiu no chão e polegar e se virou olhando pra nós, olhei pra Leo que deixava algumas lágrimas caírem.

Lua: Meu amor, tu tá bem? - Puxei a pistola travando a mesma.

Leo: Eu... matei..- Ele caiu de joelhos.

Entreguei a arma pra polegar e me ajoelhei em sua frente abraçando ele que chorou em meu ombro.

Lua: Ela ia matar seu pai,meu bem.- Tentei acalmar ele.

Olhei pra polegar e me levantei junto a Leo, deixando os dois se abraçando.

Lua: Tenho que ir, Nicolas tá no hospital, depois eu volto pra te pegar.- Beijei a bochecha de ambos.

Erick entrou e eu sai olhando pro corpo sem vida da minha amiga, sai dali chorando. Cheguei na Rocinha indo direto pro hospital, já estava de noite, não havia parado de chorar um momento, entrei no quarto de Nicolas que dormia e me deitei em seu lado.

Nicolas: Qual foi mulher? - Sua voz grossa surgiu.

Lua: Tu não tá vá dormindo? - Tentei disfarçar minha voz de choro.

Nicolas: Pensando, mas fala aí.- Me sentei na cama contando tudo a ele, chorando mais.- Tudo vai se juntar, relaxa.

Assenti e deitei em seu peito novamente.

Nicolas: Eu só quero saber porque você ta gritando chamando atenção de quem passa me envergonhando.- Cantou com sua boca colada em meu ouvido.- Mulher que não respeita, meu coração não aceita, eu tento te agradar e você só faz desfeita, pra ver se tu indireta, vou te deixar no sereno agora vai ter que provar do seu próprio veneno, teu mundo é pequeno, pra ta dando show de graça me xinga agora, depois não me abraça...

Lua: Quem é você pra falar de respeito se a responsa do bagulho fica toda no meu peito.- Continuei e ele me olhou surpreso.- Pra mim tu não tem jeito, você não me merece me abandona e depois não quer que eu cobre?

Nicolas: Sem stress.

Lua: Eu não consigo, você com sua marrinha de bandido arruma tempo pra tudo menos pra ficar comigo, não ligo, sua hora vai chegar depois que abandonar, não vem me procurar.

Nicolas: Eu não.

Lua: Você no passa de um vacilão...

Nicolas: Quem?

Lua: Eu não sou palhaça de ninguém!

Nicolas: Nem eu. Se for guerra você perdeu, tá afim de acreditar nos outros, problema é seu, suas amigas que ficam me queimando na sua mente ficam cheia de foguinho quando você tá ausente..

Lua: Não queira ser inocente você não é criança, se elas dão continuidade é que você deu confiança.- Cantei seria essa parte.

Nicolas: Lá vem você de novo com esse assunto se isola e não se esforça pra tentar entender meu mundo, meu estilo vagabundo.- Sorri de lado.- Você sempre me sufoca, transforma em confusão o que começa em fofoca.- Revirou os olho.

Lua: O papo foi dado, você ignorou, pra mim acabou cansei de ficar batendo palma pro teu show...- Pulei algumas partes, assim como ele.

Lua: Não vou ficar com um cara que me traí, tipo um covarde! - Finalizei.

Nicolas: Tu leva a sério demais, não quero mais também.-Bufou.

Lua: Sinico,sonso, pensou que eu não sabia...- Debochei cantando.

Ele colocou a mão na minha nuca me trazendo pra si, fazendo nossos lábios se encontrarem.

Ficamos nos beijando até meu celular tocar.

-Oi amiga, você tá viva?

Camila falou.

-Infelizmente sim, algum problema?

- Os meninos vão dormir aqui?

Lembrei deles, coloquei a mão na testa, Nicolas me olhou perguntando o que aconteceu.

- Será que tu pode ficar com eles até amanhã? Vou ficar na boca e não vou ter muito tempo sabe? Eles passam a maioria do tempo na escola e dormindo.

Sorri de lado.

- Posso sim, amo eles, tchau.

-Obrigada, te amo.

Desliguei e me levantei da cama hospitalar calçando minhas havaianas.

Nicolas: Vai não, fica.- Falou manhoso.

Lua: Amanhã antes de ir pra boca eu venho.- Beijei ele.- Beijo, te amo.

Ele me olhou e sorriu de lado.

Nicolas: Te amo neguinha.- Sorri e fui correndo pra fora do hospital.

Vi jacaré fazendo ronda ali e pedi pra ele me levar pra casa, agradeci e entrei em casa, tomando banho caindo morta na cama.

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