Estava escrito, ou melhor, tinha que acontecer.
Depois de um tempo ela decidiu voltar, decidiu enfrentar os problemas, mas agora ela cresceu, ela é uma Mulher, ela já é dona de si, com seus 2 filhos ela retornará ao Morro da Rocinha para enfrentar...
Olhava pra porta toda hora, na esperança dele entrar aqui, mas não, ele havia sido tirado de mim.
Bruno: Ele pediu uma coisa.- Olhei pra ele.- Tu é a patroa do morro..
Lua: Tanto faz, só trás ele de volta, preciso bater nele.-Ele sorriu fraco.
Dois dias se passaram, tudo uma bosta, neguinho vive falando comigo, se desculpando,fico até com raiva dele, sei que não foi culpa dele, neguinho teria feito o mesmo.
Neguinho: Tu não tem raiva de mim não né? - Estávamos tomando soverte e os meninos brincando na praça.
Lua: Tenho Victor, tenho muita! - Ele me olhou assustado.- Tu é muito chato, tu não tem culpa de nada cara! Para com isso, tu faria o mesmo por ele né?
Neguinho: Sim, mas...- Veio com explicações, novamente.
Lua: Então pronto! Para de apertar minha mente! - Taquei um guardanapo nele.
Ele, Bruno e meus filhos são os únicos que conseguem me distrair, queria muito ir ver o Nicolas, mas pra ele só tinha um dia que a visita e liberada, no domingo, hoje é sábado, iriei lá amanhã!
Havia conversado com minha mãe,com Cami, até com Ohanna, elas me aconselharam a fazer o que meu coração mandava, meu coração mandava eu me afastar, eu ainda sentia muito pela morte do Samuel, os pais deles me culpavam sabe? De certa forma eu me doía sim!
Após terminar meu soverte senti uma incontrolável vontade de vomitar, corri para o banheiro vomitando no vaso, merda, odeio vomitar. Voltei com a cara mais plena do mundo e na mesa já estava Cami, Ohanna e Erick.
Cami: Tu tem o que?- Foi logo perguntando.
Lua: Ih nada não.- Revirei os olhos.
Ana: Bucho.- Fingiu uma tosse.- Oi Lua.
Lua: Olá, Ohanna.- Sorri falsamente.
Ficamoa conversando lá e eu só conseguia pensar em como amanhã seria um longo dia...
Após tomar meu café com meus filhos e Camila me despedi deles e fui pro carro do neguinho, ele iria me levar, sei que quando eu voltar não terei condições de dirigir, ele tem sido um ótimo amigo pra mim.
Lua: Bom dia, motorista. - Brinquei.
Victor: Teu cu.- Falou nervoso, gargalhei.
Ele ligou o rádio em um funk, capital das notas, ficamos cantado lá, estava nervosa, confesso. Fiquei mexendo no celular pra me distrair e logo postei a foto que eu tinha tirado.
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