Capítulo quarenta e sete.

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Lua.🌙

Decidimos ir na casa do Samuel primeiro, pegar ele e assim irmos almoçar, cheguei lá e avistei a savero preta do Polegar saindo de lá, balancei a cabeça livrando-me das coisas ruins e segui, o porteiro me olhou meio estranho mas eu ignorei, estacionei no bloco F2 e só eu e a Mila descemos, pegamos o elevador e eu comecei a ficar inquieta.

Cami: Hey meu amor, o que aconteceu? -Me abraçou, eu comecei a chorar.

Lua: Eu tô com um aperto no peito sempre que eu fico assim, alguém morre.- Ele me olhou assustada.

Cami: Vai ficar tudo bem, calma.- Acariciou meus cabelos.

O cubículo de ferro se abriu e nós saltamos pra fora, era somente dois apartamentos da corbetura, o meu e o do Samuca, quando fomos bater a porta já estava aberta, assim que nós encostamos a porta se abriu, comecei a chorar copiosamente enquanto encarava a cena, Camila olhava sem saber o que fazer, corri até ele me ajoelhando.

Lua: Samuel, por favor, fala comigo, por favor.-Implorei chorando.

Cami: Calma, ambulância.- Falou consigo mesmo.

No peito dele tinha um teste de gravidez, não sabia de quem era, continuei alisando seus cabelos chorando, implorando pra que ele voltasse a ficar comigo, voltasse a me perturbar, voltasse pra mim.

Lua: Por favor.... Eu prometo que saio pra todos os lugares que você me chamar.- Minhas lágrimas molhavam ele por inteiro.- Prometo parar de dizer que te amo, porque pra você isso é cliché, prometo qualquer coisa, mas não me deixa meu amor.- Me lamentava de todas as formas.

Cami: Os médicos chegaram,eles precisam tentar.- Tentou me afastar.

Lua: PAREM, ISSO É INÚTIL, NADA VAI ADIANTAR.- Gritava, minha garganta doía.

Eles se afastaram e abaixaram a cabeça, mas uma pessoa que eu perdi, ah meu Deus, aonde isto vai parar? Cami trouxe uma latinha de refri pra mim, eu não queria me acalmar, eu queria ele de volta, eu queria meu companheiro, meu amigo, o meu amor. Ele que me ajudou nos momentos difíceis, ele quem brigava comigo por besteira, ele que roubava selinhos meus, era ele, só ele.

Lua: Faz essa dor parar, por favor, tá doendo muito.- Me encolhia no colo da Camila, tava doendo.

Eu sentia como se alguém estivesse arrancado um pedaço de mim, eu preciso saber que isso é sonho, não é possível! A cada momento a dor ficava mais forte, eu me encolhia mais e mais, Camila já estava sem reação.

Cami: Você não está sozinha, olhe pro céu, agradeça por tudo, Deus quis assim meu amor, Deus escreveu assim, toda dor vai ser recompensada em forma de amor, eu preciso que você se acalme!

Lua: Aos poucos meus amigos estão se perdendo, eu não aguento mais, eu estou me perdendo.-Admiti.

Cami: Eu sempre vou te segurar, sempre serei a tua base, teu encosto, tua amiga, tua irmã.- Ele acariciava meus cabelos.- Eu te amo tanto!

Nós duas já choravam, ainda estava doendo, aos poucos a dor ia parando, mas a dor estava aqui, dentro de mim, eu preciso do meu amor aqui comigo, por favor!

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