Poemas Sobre o Tempo e Além -- Métrica do Calendário

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Com o tempo, já se passou.

Não muitas novidades sob o sol,

os amores são pouco porosos, a água

é um tanto morna, o sabor, insípido.


Com o tempo não se pesa. Se está livre

para religar-se com outros mundos

mesmo sendo a poesia cabeça nas nuvens.

Com o tempo a beleza, o que é puro e verdadeiro

enfim se salva.


Com o tempo, aqui ou em Bombaim

é quase o mesmo, a alacridade se

arrefece. O delírio e a febre da juventude

que tanto se consumiam se gastam.


E fica você. Fica você mais pleno, mais calmo,

menos dependente de coisa externa.

E se assume bravamente e aceita, enfim,

a solidão inexorável e natural do ser,

mesmo junto aos outros,

sob as estações do calendário, a chuva, ou o mesmo sol.


Com o tempo as possibilidades são finitas,

mensuráveis, quase palpáveis. Os objetos, as casas,

os corpos, as coisas têm contornos de onde não se passa.

Improvável AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora